Video Games Live – Brasil – 2015 (décima edição)

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Olá meus caros, como estão?

Eu estou ótimo! Finalmente pude conhecer a Video Games Live, algo que estou planejando desde 2011 e nunca conseguia, sempre por uma razão diferente. Felizmente, este ano o tabu foi quebrado.

A VGL Brasil de 2015 foi a décima edição do evento e ocorreu no Teatro Bradesco, que fica no Shopping Bourbon, localizado na Zona Oeste de São Paulo (Capital).

Antes de mais nada peço desculpas pela qualidade das imagens aqui postadas. Eu definitivamente não sei tirar fotos. Pra ajudar, meu celular não anda na melhor fase dele e ainda tem alguns dead pixels. Confesso que fiz alguns vídeos também, mas preferi não publicá-los no momento.

Enfim, vou contar a experiência aqui pra vocês.

Demorei um pouco pra comprar o ingresso e acabei ficando no Balcão Nobre do teatro, pois a maioria dos setores já estavam até esgotados. No mapa, dizia que aquela localização teria visão parcialmente prejudicada. Como não tinha dinheiro para algo mais requintado, foi esse mesmo. Mas querem saber? No máximo deixei de enxergar uns 2% da parte superior do telão que estava no palco, de resto foi tudo muito bem. Áudio chegou bem, dava pra ver o palco todo e de quebra ainda conseguia esticar minhas pernas compridas. Não precisava de mais nada. Ainda assim, fica a dica para vocês: quando decidirem ir, comprem o mais cedo que puderem.

Essa era a minha vista da VGL 2015.

Essa era a minha vista da VGL 2015.

Quero começar falando sobre o showman do evento: Tommy Talarico. Não tem termo melhor pra esse rapaz, ele definitivamente é um showman. Além da competência como compositor que muitos já conhecem, ele toca guitarra muito bem e tem uma presença de palco incrível, faz piadas divertidíssimas e parece ter um carinho muito grande pelo Brasil. Ou pelo menos tem um ótimo papo de vendedor. Na boa? Acredito na primeira hipótese.

O tempo todo ele fala dos brasileiros como “amigos do Brasil” e acabou até sacaneando o valor atual da nossa moeda em relação ao dólar, entre outras piadas bem específicas para brasileiros. Todas sem maldade, claro. Parece que até o bom humor do brasileiro de rir até de si mesmo ele conseguiu absorver.

O show é dedicado para nós brasileiros mesmo, acredito que eles tenham o carinho com todos os países que passam. Ele inclusive fez questão de dizer que algumas músicas eram apenas para a região, que 10 anos era muito tempo, que fica o tempo todo ansioso pelo show em nosso país, além de mencionar que a cidade que a VGL mais visitou foi São Paulo, ficando a frente de outras como Londres e Nova Iorque. Bacana, não?

A orquestra escolhida para o evento mais uma vez foi a Orquestra Sinfônica Villa-Lobos. Os caras são sensacionais, foram incríveis durante todo o espetáculo. Estão de parabéns! Espero que leiam isso, vocês são muito bons mesmo! E se estiverem lendo, vejam se conseguem convencer o Tallarico a tocar músicas do Final Fantasy Tactics em 2016, por favor. O velho Caduco agradece!

Importante mencionar que a orquestra estava em ótimas mãos. Não sei avaliar uma regente de orquestra, mas pelo currículo, podemos dizer que Eimear Noone é uma grande escolhe, já que ela é bastante competente no ramo da música, especialmente direcionada para videogames.

Ela participou da composição de músicas de diversos jogos da Blizzard, como World of Warcraft, Heartstone, sem falar no álbum lançado em homenagem aos 25 anos da franquia The Legend of Zelda. Ela inclusive disse ser apaixonada pelos jogos eletrônicos desde criança. Quando a gente faz algo com paixão, o resultado é mágico. E ela pôde demonstrar essa magia para nós, com seu incrível exército brasileiro já citado.

Heartstone na VGL 2015. Por que não tocar uma música própria, né?

Heartstone na VGL 2015. Por que não tocar uma música própria, né?

Acredito que deve ser dito também que sua batuta tem um nome mais que especial: Wind Waker (pra quem não sabe, batuta é o “bastão” usado por regentes, confesso que não sabia que esta era a tradução correta da palavra até pesquisar o assunto). Noone contou essa história para o público presente com muita emoção em suas palavras. Outra pessoa de muita simpatia no palco, ganhou todo o público com certeza. O velhinho aqui que adora histórias já virou fã da irlandesa.

Além deles também havia uma garota e sua flauta. Laura Intravia, também conhecida como Flute Link, que chamou a atenção dos produtores da VGL com vídeos no Youtube e também teve sua história contada, além de mais uma vez poder mostrar a incrível artista que é. Além de tocar flauta muito bem, ela também mostrou suas habilidades no piano e com sua incrível voz. Eu fiquei boquiaberto, ela conseguiu me fazer gostar até de temas de jogos que não sou tão fã assim. Sensacional!

Também rolou uma parte homenageando amadores que tocaram em suas casas e enviaram vídeos para a regente, compondo uma música inteira que acabou sendo tocada em um evento na Grã Bretanha.

Também rolou uma parte homenageando amadores que tocaram em suas casas e enviaram vídeos para a regente, compondo uma música inteira que acabou sendo tocada em um evento na Grã Bretanha.

Pois é, tudo é tão bem feito que até músicas de jogos que eu não tive nenhum contato foi incrível de acompanhar. Porém, é meio óbvio que são as músicas que acostumamos a ouvir em nossos PCs / consoles ao longo de nossas vidas que são as que realmente mexem com a gente, isto é indiscutível.

Dentre as franquias que tiveram suas músicas orquestradas estavam Castlevania, Mega Man (especialmente II e III), Chrono Trigger, Chrono Cross, Final Fantasy, Street Fighter II, Metal Gear, The Legend of Zelda, Donkey Kong Country, Phoenix Wright (até então inédito no Brasil), Comand & Conquer, entre outros.

A coisa ficou vermelha em Command & Conquer: Red Alert.

A coisa ficou vermelha em Command & Conquer: Red Alert.

Claro que o que mexeu comigo mesmo foi algo que vocês já imaginam: Sonic the Hedgehog. O medley de músicas do primeiro jogo da franquia já foi tocado no mundo inteiro e pode ser visto facilmente na Internet, eu mesmo já tinha visto e escutado inúmeras vezes. Mas ali, ao vivo… galera, escorreu um suor masculino dos meus olhos, tenho que confessar.

Mas não foi o que mais me emocionou ali. A versão cantada e orquestrada de Tetris me arrancou muitas lágrimas. Além de ser uma apresentação muito bonita, ainda me trouxe boas memórias. Só de escrever tudo isso meus olhos se enchem novamente.

O show também teve a presença do Moisés Lima no palco para tocar junto com toda orquestra a primeira das músicas do encore: One Winged Angel, o tema do Zé Pinote Sephiroth tocado em Final Fantasy VII. Foi de arrepiar.

Momento Sephiroth

Momento Sephiroth

Deixa eu contar um segredo pra vocês: o Tommy Tallarico prometeu que no ano que vem ele trará uma versão orquestrada de Top Gear. Ele fez várias piadas de que não entende porque diabos os brasileiros gostam tanto desse jogo que ninguém mais conhece. Eu particularmente prefiro OutRun. E estou falando sério sobre meu gosto pessoal, mas coloquei aqui só pra gerar polêmica mesmo.

O show foi nota 10/10, um verdadeiro espetáculo. Confesso que senti falta de músicas de Super Mario Bros. no show, afinal de contas, em 2015 comemoramos o aniversário de 30 anos do jogo que mudou a indústria dos videogames. Seria justa uma homenagem. Tudo bem, a gente esquece deste detalhe!

Continue? Sim, por favor! Aqui a gente usa infinitos Continues sem nenhuma vergonha!

Continue? Sim, por favor! Aqui a gente usa infinitos Continues sem nenhuma vergonha!

Faltou Final Fantasy Tactics também, mas tudo bem… deixo pra ouvir em 2016.

Também tiveram diversos detalhes bem bacanas durante o show, como a barra de loading no telão durante o intervalo. Ao ficar cheia, apareceu a mensagem para pressionarmos start ou batermos palmas para voltar. O povo na hora riu e começou a aplaudir. Genial!

Isso sem falar nos cômicos vídeos de versus entre franquias que apareciam entre algumas músicas, alguns até já divulgados há um bom tempo na Internet. Mesmo quem conhecia se divertiu com eles, digo por experiência própria.

Gente, se estiverem guardando dinheiro para algum jogo que vai sair em 2016, desistam dele. Sério! Cedo ou tarde você conseguirá comprar o jogo, guarde esta grana para ir à VGL de 2016. Se for metade do que foi em 2015, já vale muito mais a pena. De verdade. É algo que só estando presente mesmo para saber o valor que tem.

Eu voltarei ano que vem, podem ter certeza! Vendo a alma, mas voltarei!

Espero que tenham gostado do post. Vou ficando por aqui.

Grande abraço a todos e até o próximo post!

And Tommy, if you’re reading this, please bring Final Fantasy Tactics songs for us next year. Thank you very much!

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Sobre Gamer Caduco

Apenas mais um cara que nasceu nos anos 80 e que desde que se conhece por gente curte muito videogames, não importa a geração.
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6 respostas a Video Games Live – Brasil – 2015 (décima edição)

  1. Que belo texto Cadu.Não se preocupe com a qualidade das imagens, a emoção que vc transmitiu sobre o evento e tudo que rolou por lá ficou nítida como um cristal.Parabéns mesmo.
    É notável como o Brasil é tratado com respeito e não apenas mais um check point para performar as músicas.Muito legal saber disso.O fenômeno brasileiro Top Gear é inexplicável para um estrangeiro mesmo kkkkkkkkk e o pior é que eu não saberia explicar tbm, a gente simplesmente ama a OST de Top Gear!
    Tetris,DK,Mega Man…tudo jogo que mexe com minha memória auditiva.Deve ter sido um evento sensacional.Valeu por compartilhar!

    • Rapaz, queria poder descrever de verdade as emoções que senti na VGL viu… mas não tem palavras que consigam fazer isso com eficiência!
      Mas vc captou bem o espírito da coisa… com tantas franquias boas sendo lembradas e com tanta maestria (sem trocadilhos), não tem como não se emocionar.
      Se um tive tiver a oportunidade, vá a uma das edições. Sério!
      Valeu Ulisses!

  2. Maneiro que você tenha gostado Cadu! É um show que vale cada centavo! Tive a oportunidade de ir duas vezes e foi maravilhoso! Espero que no próximo ano possamos nos encontrar, faço questão de ir no próximo ano e quem sabe toque música do Sonic Boom…. Ops! Hahahaha!
    Abraços! E excelente texto!

    • O puto do Tchulanguero (espero que ele leia este comentário) ficou lá esperando aparecer Sonic Boom no telão, já que passaram até as “relíquias” lançadas pro Wii (Black Knight e Secret Rings), mas felizmente isso não aconteceu… senão eu daria uma voadora em alguém ali no palco. Onde já se viu, falta de respeito…
      ahuahuahuhauhauhauhuahuaa
      Cara, vc sabe o valor que tem esse show… é caro, mas vale cada centavo. Se tudo der certo, ano que vem estaremos todos lá!
      Valeu Ivo!

  3. Pingback: BGS – Brasil Game Show 2016 | Gamer Caduco

  4. Pingback: Maratona Sonic: Sonic and the Black Knight (Wii) | Gamer Caduco

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