Review: Black Belt (Master System)

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Olá caríssimos leitores, tudo bem com vocês?

Podem reparar, por mais que a gente sempre tenha uma lista infinita de jogos para conhecer/experimentar/finalizar, existem títulos que nós somos tão apaixonados que sempre revisitamos, mesmo já tendo passado por eles inúmeras vezes.

E o game que é assunto do post de hoje se enquadra perfeitamente nesta categoria. Trata-se de Black Belt, um dos clássicos jogos de pancadaria do eternamente injustiçado Master System.

Desenvolvido e publicado pela própria SEGA em 1986, Black Belt é “o jogo de caratê mais real que você já viu em uma tela de TV”. Ou pelo menos é o que dizia a caixa do jogo, na versão traduzida pela TecToy aqui em terras brasileiras.

Na verdade, trata-se de um jogo de ação no melhor estilo beat’em up, porém sem duas das grandes inovações trazidas por Double Dragon. Diferentemente do título da Technos, aqui não existe a possibilidade de dois jogadores na tela ao mesmo tempo e nem a movimentação em profundidade (eixo Z), mas sim apenas movimentações para os lados.

Os inimigos comuns são derrotados com apenas um golpe, sempre despedaçados ao serem atingidos. Algo que eu sempre achei divertido, ainda mais por ser algo totalmente sem sentido. Tem tudo a ver com videogames.

Servidos de uma fatia de ninja mal passado?

Servidos de uma fatia de ninja mal passado?

Ou seja, a estrutura básica do jogo é totalmente baseada em um grande clássico dos Arcades, NES e outras plataformas: Kung Fu Master (de 1984). Mas Black Belt não se limita a ser apenas um clone, ele tem suas características marcantes em relação ao game da Irem. A começar que a ação é muito mais frenética no Master System. O restante vou detalhando ao longo do post.

Antes vou começar do começo aqui e falar sobre o plot que nos leva a encher os inimigos de porrada.

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Segundo a caixa do jogo no Brasil, “a história se passa após uma guerra nuclear, e os bandidos e suas gangs estão levando a melhor” (sic). Só que esta história está mais ligada à versão oriental do jogo do que à versão ocidental.

No Japão o game é conhecido como Hokuto no Ken e é justamente sobre o anime/mangá de mesmo nome. Confesso que não conheço quase nada sobre o personagem ou a série, mas sei que a história dela gira em torno do mundo devastado após uma guerra nuclear.

Como a licença de utilização da franquia só valia para o país, a SEGA se viu obrigada a remover todas as referências ao mangá/anime. Na internacionalização, apenas as mecânicas foram mantidas, todo resto acabou sofrendo algum tipo de modificação, mesmo que mínimas.

Na história da versão ocidental, pelo menos segundo o manual americano, assumimos o controle de Riki, um carateca que precisa salvar sua noiva Kyoko de uma confusão na qual ela se meteu (sim, é basicamente isso). Mas para chegar até ele, Riki precisará mostrar toda sua técnica contra diversos oponentes que cruzarão seu caminho durante a jornada. O manual meio que fala rapidamente sobre os chefes do jogo, mas cita algumas coisas que você não vê durante o gameplay e que ficam até meio sem sentido.

Um dos subchefes do jogo. Ele sempre me lembrou o Dudu do Popeye não sei porque. Em Hokuto no Ken, é necessário um certo macete para derrotá-lo.

Um dos subchefes do jogo. Ele sempre me lembrou o Dudu do Popeye não sei porque. Em Hokuto no Ken, é necessário um certo macete para derrotá-lo.

No meio das fases enfrentamos alguns subchefes, que possuem características específicas que fazem com que cada um tenha de ser derrotado de certa maneira. Alguns aparecem sozinhos, outros em dupla. Estas lutas trazem um grande diferencial em relação à Kung Fu Master e também um pouco de desafio e dinâmica ao game, já que não ficamos o tempo todo apenas despedaçando inimigos comuns. Se fosse só isso, seria apenas maçante.

Entretanto, um dos pontos mais interessantes de Black Belt e Hokuto no Ken são os combates contra os chefes das fases. Ao invés de manter o side scrolling, o jogo passa a apresentar uma tela estática com o personagem principal e seu oponente em tamanho maior, em um combate mano a mano, como se fosse um jogo de luta. Pode parecer algo simples nos dias de hoje, mas em meados dos anos 80 isso era sensacional, impressionava muito.

Riki versus Rita. Um dos chefes que mais dá trabalho no jogo.

Riki versus Rita. Um dos chefes que mais dá trabalho no jogo.

Quanto à parte técnica, Black Belt não deixa nada a desejar. Mesmo sendo um dos primeiros jogos da plataforma e, consequentemente, ser mais simples em relação aos títulos lançados posteriormente, o jogo tem um visual bem clássico de 8 bits e agrada aos olhos de quem curte.

A parte sonora também é competente. O game conta basicamente com oito músicas: a da tela de título, de introdução das fases (com score, número de vidas, fase que será jogada e etc), durante as fases, invencibilidade, enfrentando chefes, quando o personagem é derrotado, final do jogo e tela de Game Over). Algumas dessas músicas são diferentes em Hokuto no Ken (provavelmente problemas de licença também). Todas elas também bastante agradáveis, embora a de derrota dá aquela vontade de gritar de ódio por ter perdido uma vida.

O time de programadores do jogo tinha ninguém mais, ninguém menos que Yuji Naka. Conhecem este nome? Eu conheço bem. Ele foi o líder da programação de Sonic the Hedgehog e esteve envolvido em outros títulos grandiosos. Podemos afirmar que Naka e o restante do time fizeram um bom trabalho em Hokuto no Ken / Black Belt.

Os controles são básicos e em questão de minutos o jogador pega o jeito. Um botão para soco, outro pra chute. Apertando para cima no d-pad o personagem pula. Para quem nunca jogou isso pode soar estranho, mas funciona muito bem dentro deste game, muito melhor que pressionar os dois botões ou qualquer outra combinação estranha. Se pressionar pra baixo e logo em seguida para cima, Riki pula bem mais alto e pode alcançar alguns itens de cura ou invencibilidade que surgem na parte de cima da tela durante as fases.

Verdadeiros mestres das artes marciais se enfrentando na luta final.

Verdadeiros mestres das artes marciais se enfrentando na luta final.

O que pesa negativamente aqui nem é culpa do jogo, mas sim do próprio console. O d-pad do controle do Master System é um dos mais imprecisos da história dos videogames (se não o mais), então vira e mexe acaba saindo um pulo antes do tempo ou o pulo não sai como deveria, entre outras coisas frustrantes. Não consigo explicar como na época eu jogava sem problemas e ainda por cima terminava o jogo. Pra quem joga em emulador a vida fica um pouco mais fácil, só arranjar um controle decente. A dica pra quem joga no console é ligar o controle do Mega Drive, que funciona direitinho e tem um direcional mais preciso.

Já mencionei os itens de cura e invencibilidade nos parágrafos anteriores, mas vou explicá-los um pouco melhor aqui. Os de cura (basicamente comidas) aparecem aleatoriamente ou após derrotarmos um subchefe na fase. Eles restauram uma pequena porcentagem da barra de vida de Riki. Já os itens de invencibilidade são representados por um caractere japonês que representa a palavra força. Isto aparece passando pelo ar sempre depois de um certo tempo, algo que a gente acaba decorando prestando atenção na música.

Dificuldades para passar a fase? Seus problemas terminaram! Pegue o item de invencibilidade e arrebente com seus adversários!

Dificuldades para passar a fase? Seus problemas terminaram! Pegue o item de invencibilidade e arrebente com seus adversários!

Este item permite ao personagem levar nove golpes sem descer a barra de vida. Isto facilita um bocado a jornada, aí cabe ao jogador decidir se deve pegar ou não ao longo da jogatina. É quase um seletor de dificuldade dinâmico. Como já dito, é necessário o pulo mais alto para pegar os itens.

Como acontecia nos melhores jogos da geração 8 bits, o desafio é progressivo. Fases, subchefes e chefes vão ficando mais difíceis de serem vencidos conforme o jogador avança. Também existem macetes para superar alguns desafios, tipo de coisa ao qual nós gamers das antigas estamos acostumados desde aquela época.

Após atingir o golpe final no chefe de fase, algo sempre ocorre, como uma sequência de socos ou chutes até derrubar o oponente. Cada chefe tem uma "animação" particular.

Após atingir o golpe final no chefe de fase, algo sempre ocorre, como uma sequência de socos ou chutes até derrubar o oponente. Cada chefe tem uma “animação” particular.

Todo santo ano eu me vejo obrigado a terminar Black Belt pelo menos uma vez. Seja em emuladores, seja no console. Claro que no console eu apanho mais, aquele controle do Master me atrapalha um bocado. Terminar sem invencibilidade no console só na infância/adolescência, hoje não tenho mais a mesma técnica para dominar aquele d-pad esquisito. Ou talvez seja apenas resmungos de um velho que tá ficando cada vez mais cínico, como a maior parte dos jogadores antigos.

Enfim, eu recomendo muito este game. Toda simplicidade e o desafio puro faz de Black Belt um dos títulos mais gostosos de se jogar na geração 8 bits. Uma pena que boa parte do mundo acabou deixando passar batido por conta do sucesso estrondoso (e merecido) do NES. Felizmente, aqui no Brasil soubemos aproveitar e bem.

Tenho certeza que se você pensar em um Top 10 do Master System, você lembrará deste jogo. No meu, ele está em terceiro e não acho nenhum exagero. Publiquei um ranking no post sobre o console, caso não se recordem.

O post ficou um pouco longo, eu sei. Espero que tenham gostado mesmo assim. Eu me despeço por esta semana. Obrigado a todos pela leitura!

Gostaria de informar que este review também foi postado no Portal QuadNation, com algumas diferenças no texto e outras imagens. Confiram neste link.

Grande abraço e até o próximo post!

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Sobre Gamer Caduco

Apenas mais um cara que nasceu nos anos 80 e que desde que se conhece por gente curte muito videogames, não importa a geração.
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19 respostas a Review: Black Belt (Master System)

  1. Marvox diz:

    Eaê Cadu, beleza? Muito legal o review!
    Black Belt marcou o início das minhas jogatinas no Master System, ainda tenho o cartucho e acho o máximo o quanto ele é divertido, as músicas também considero muito marcantes.

    • Jura que Black Belt iniciou as jogatinas no Master? Entendi bem, foi o primeiro jogo que jogou? Caraca, se for isso, vc começou com o punho e o pé direito!
      As músicas são bem marcantes mesmo, diversão também, vc falou tudo! É um clássico absoluto e inquestionável, pra mim pode colocar pra competir com muitos jogos de NES, sem exagero.
      Valeu Marvox!

  2. Excelente Review, amigo! Não tive a oportunidade de jogá-lo no console quando era criança. Mais tarde, via emuladores, o joguei sem exatamente saber que se tratava de uma “adaptação” do Hokuto que eu conhecia no Nes. É notável como, em uma perspectiva comparada, o jogo do SMS é superior à versão de seu rival.

    • Opa, beleza João?
      Rapaz, não cheguei a jogar a versão do NES de HnK, mas pelo que vi de imagens (péssimo julgar assim, eu sei), a versão do Master parece mais interessante mesmo.
      Valeu pelo elogio e pelo comentário!

  3. Fala Cadu, que belo texto do Black Bel, hein? Adorei saber sobre o “Hokuto No Ken” e sobre a letra que quer dizer “Força”. Não sabia mesmo que esse jogo na verdade era baseado no anime e vi muito episódio de Hokuto no Ken, mas nem imaginava isso. Eu gostava muito de Black Belt e cheguei alugar, mas eu era muito ruim e não conseguia passar nem do primeiro chefe. Adorava a temática, mas a dificuldade me afastava. E depois de muitossssss anossss eu vi saber da tradução ” Faixa Preta” hahahahahaha XD Meu inglês é horrível.
    Ah sim! Adorava a música da primeira fase também =)

    Excelente review Cadu! Grande Abraço!

    • Jura que é fã de HnK? Tenta jogar a versão japa do jogo, provavelmente vc vai curtir as referências. Inclusive tem subchefe que eu não sabia passar quando joguei e no fim quem conhece o anime sabe bem o que precisa fazer pra vencer. Eu acho isso bem legal (tem quem não goste).
      O dia que eu soube da tradução eu achei o máximo. Hj penso que o nome do jogo não é lá tão criativo, mas na época tinha tanto nome “genérico”: Decathlon, Karateka, etc… kkkkk
      Valeu Ivo!

  4. Eu sentia dificuldades com o d-pad do Master já naqueles tempos, sempre joguei em Phantom e Turbo Game e era uma delícia variar de sistema, mas se o jogo exigisse uma definição clara de up down left right, aí complicava um pouquinho.

    Com o passar do tempo fui gostando mais do Hakuto do que do Belt, gosto muito dos dois mas, hoje, com acesso a tudo que é jogo e com a mentalidade mais adulta, eu acabei ficando um pouquinho mais atraído pelas versões originais, mesmo que o idioma seja uma barreira.

    Eu arrisco a dizer que esta tela de abertura é uma das mais icônicas do Master System. Ótimo texto Cadu!

    • Olha, eu concordo que o d-pad do Master era ruim comparado ao do Phantom, mas jogar com botões invertidos pra vc devia ser outro parto, não? kkkkkkk
      Só terminei a versão original uma única vez, foi uma experiência muito boa. Eu não sei o que acontece, Black Belt eu termino numa boa, mas o HnK me dá um certo trabalho. O que me faz ter uma queda enorme pelo original, só que o saudosismo me faz puxar sardinha da versão ocidental… rs
      Siiiim, bem lembrado, a tela de abertura de ambas versões são muito fodas. Quem dera as caixinhas seguissem esse padrão, né? Mas infelizmente são aquelas aberrações, em sua maioria! kkkkkk
      Valeu Ulisses!

  5. A versão japa é bem mais roubada, principalmente no Mr. Heart, o subchefe gordo da primeira fase. Recomendo que assista Hokuto no Ken, a história e design dos personagens foram plagiados até o talo pelas grandes desenvolvedoras de jogos, sem qualquer decência em esconder melhor a picaretagem.

    • Caaaara, a primeira vez que cheguei no Mr. Heart (valeu pela info, não sabia o nome dele) eu fiquei completamente abismado que não conseguia vencê-lo de jeito nenhum… até que… bem, a Internet me contou o que eu precisava fazer. Se bem entendi, quem conhece o anime/mangá sabe bem o que fazer para derrotá-lo. Vc que manja da história confirma?
      Um dia eu vou tentar assistir sim, faz muito tempo que não paro para assistir alguma coisa oriental… hehe!
      Valeu Doc!

  6. aki é rock diz:

    Joguei muito esse jogo no meu Master System curtia muito a sua trilha sonora mas nunca zerei por causa de sua grande dificuldade mas mesmo assim gostava de jogar esse grande game viu.

    • Fala Rock, blz?
      Rapaz, quando puder, dedica uns minutos pro Black Belt que vale muito a pena encarar todos os desafios do jogo. Depois pega o Hokuto no Ken também, pra ver as diferenças. Vale muito a pena também!
      Esse é o tipo de jogo que com um pouco de dedicação vc pega os esquemas e zera, depois acaba ficando até fácil!
      Valeu Rock!

  7. Cherry Pie diz:

    O começo do seu post retrata uma realidade absoluta no meu progresso com os games…
    Acho que este é o fato pelo qual entra ano e sai ano minha lista de jogos nunca evolui muito…
    Eu tenho o grande costume de rejogar muita coisa. Não sei se no fim isso é bom ou mau, mas é o que acontece… Não consigo me desapegar de certos títulos, por mais que eu já os tenha jogado. Mesmo que não termine os jogos. Alguns chegam a virar um eterno recomeço… mas enfim…
    Tenho duas teorias pra apresentar por aqui:
    A primeira é sobre o controle do Master System. Creio que o fato de ter conseguido jogar com uma maior precisão na infância e não conseguir repetir o desempenho com o d-pad nos dias atuais pode ser justificado por um fato natural: Suas mãos cresceram nobre rapaz!! Presumo que seja isso, pois também tenho a mesma impressão; pressinto que os controles de Master System definitivamente não foram projetados para serem manipulados por mãos adultas. Lembro que na infância ainda conseguia encontrar um encaixe relativamente bom com ele nas mãos, mesmo ele sendo quadradão daquele jeito. Hoje em dia, mal consigo pegar nele direito sem me machucar, especialmente no polegar esquerdo. Como tenho dedos grossinhos, acho que acabo apertando mais de um direcional ao mesmo tempo, o que acredito que faz com que a resposta não seja bem interpretada e, consequentemente, o movimento não saia com a execução a contento… (sem falar que aqueles ‘relevos’ que ele tem no d-pad são um veneno danado pra deixar a gente com bolhas e calosidades no final da jogatina – enfim, ossos do ofício…)
    A segunda teoria envolve o meu conceito de física nuclear que tenta explicar a razão pela qual os inimigos comuns são desintegrados ao serem atingidos pelos golpes do nosso honorável artista marcial:
    ‘Se “a história se passa após uma guerra nuclear, e os bandidos e suas gangs estão levando a melhor”, logo, seria inevitável que os personagens da história passassem incólumes aos efeitos bélico-radioativos da batalha anteriormente enfrentada. Assim sendo, se as gangs estavam no comando da situação, era preciso erguer um justiceiro à altura, devidamente preparado e treinado nas artes de combate orientais, com uma estrutura molecular resistente e ademais capaz de desencadear uma reação em cadeia consistente em desestruturar e separar as partículas orgânicas dos átomos compositores das moléculas dos lutadores inimigos, convertendo-os – com apenas um golpe – em poeira orgânica que, por sua vez, se consuma dissipada pelo ar, liquidando os inimigos um a um de uma vez por todas.’
    Muito complexo?? (kkk)
    E, independente disso tudo, o que importa é que mais uma vez o herói precisa mover céus e terra pra salvar a “mocinha em perigo” (Êta conceitinho que o povo não se cansa de explorar…rsrs)
    Mas enfim, quer seja pra salvar a doidinha, quer seja pra limpar a cidade da tirania de uma organização louca, o que importa é que Black Belt é um game de porradaria bom pra caramba e conceitos, teorias e conjecturas são o que menos importam nele, pois descer a porrada em todo mundo é o que há!! E de quebra, alivia o stress que é uma beleza!
    Bom, é isso.
    Um post Master Clássico e um excelente review!
    Fico por aqui…
    Parabéns e um grande abraço!! =D
    n_n

    • Eu também vivo revisitando um monte de jogos, especialmente quando é difícil manter uma sequência de dias de jogatina. As vezes é mais tranquilo pegar algo já conhecido e se divertir do que começar algo do zero. Tem a questão de receio de se decepcionar e perder o pouco tempo que tem de jogo, etc e tal. Revisitar parece mais cômodo, a gente já sabe da qualidade e sabe que vai adorar passar uns minutos naquele mundo novamente. Não sei, é uma teoria.
      Aliás, por falar em teorias. Eu suspeito que meu problema com o controle do Master não seja só o tamanho das mãos, embora concorde que pode sim ter algum impacto. Talvez na época eu me embananava todo jogando também e não me recordo, ou aprendi a controlar bem por ter saído do joystick do Atari 2600 que era ainda mais ridículo, enquanto hj já tenho noção de d-pads melhores (na época ainda não tinha jogado NES).
      Sobre a segunda teoria, fiquei só com um questionamento: pq quando os oponentes batem no herói, eles não explodem? kkkkkkkkk
      Fora isso, tudo faz sentido! Malditos problemas nucleares, onde é que esse mundo vai parar?
      Moça em perigo é clássico de filmes, na época era mais do que comum esse tipo de coisa, o mundo era ainda mais machista do que é hj. Aliás, para os games, na época eles não estavam muito preocupados em plot e tal, negócio era ter desculpa pra sair socando a cara de todo mundo, atirando sem perguntar, etc. Então eram sempre as mesmas coisas: “o presidente foi sequestrado”, “o mundo está em perigo”, “a namorada/esposa/prima/irmã/mãe do protagonista foi raptada”, “o mundo está sob o domínio de entidades malígnas”, etc etc etc. Felizmente hj melhoraram essa parte. Infelizmente as melhores histórias estão em jogos com a mecânica menos atraente pra jogadores mais antigos.
      Ahn… acho que é isso!
      Valeu Cherry!

      • cherrypie0087 diz:

        Excelente questionamento sobre a segunda teoria meu caro!
        Creio que tudo se trata de uma questão de inércia, perspectiva, causa e efeito…
        Até mesmo porque se analizarmos em maior proprofundidade, percebemos que o Rick realmente não se desintegra ao ser atingido por um golpe…
        Eu diria que, ao ser atingido, Rick se encontra no estado paciente da ação, o que não desloca a reação em razão da maior resistência que ele dispõe diante dos golpes, somado ao fato que ele está, neste caso, sofrendo o impacto e não causando-o. Entretanto, ao ser posto como sujeito agente, ele desencadeia a mesma pois os quilos de força por ele aplicados, em conjunto com toda a lógica física apresentada nos dá como resultado a consumação da teoria. O único modo existente para a reversão da tese seria deixar os inimigos manterem uma constante de golpes que por fim acabariam por drenar de nosso herói toda sua energia vital…
        Claro que tomo isso por base apenas para os “peixes pequenos” porque quando o negócio entra no Mano a Mano com os mestres….. vira briga de foice!!! Kkk
        E é uma grande pena mesmo essa questão de embate entre enredo/female power/mecânica gamistica, até porque sempre que faço essas citações sobre desigialdade de gêneros, nunca é em prol da dominação de um sobre o outro, mas sempre defendendo o trabalho de homens e mulheres em equipe… (a mulherada também curte sentar a porrada poh!!!)
        Acho que é por isso que eu gosto tanto de Streets of Rage, por exemplo… cada personagem lá com suas habilidades especiais, mas todos unidos a fim de enfrentarem juntos uma batalha comum, sem preconceitos…
        Pouco importa se vai com o Axel ou a Blaze. O importante é dar com o cano na cabeça dos punks!! Tem espaço pra todos!! Pros Mano e pras Mina!! 😉
        Todos podem ser heróis…
        Garanto que até o Rick ficaria mais contente se pudesse lutar ao lado da mina dele em vez de ter que salvá-la, não é? Afinal, se sentar a porrada geral ja é um barato loco, fazer isso com uma boa companhia deve ser duas vezes melhor!!! Hahaha!!!
        É isso.
        😀

        • Aaaaahhh, agora que eu… não entendi nada de vez! kkkk
          Só não confunda Riki com Rick, ou na versão multiplayer pode ser que vire dupla sertaneja.
          Aliás, a versão multiplayer estilo Streets of Rage (com o eixo Z valendo) seria bem interessante. Mas no esquema do jogo mesmo eu acho que ficaria ruim. Alliás [2], vc já viu a menina resgatada na versão japonesa? Acabei não encontrando aqui de novo, mas a menina tem toda pose de lutadora, não sei pq diabos foi raptada.
          E eu só jogo SoR com a Blaze, diga-se de passagem! rs
          Nunca tive problemas quanto a isso… engraçado era ouvir os outros perguntando se eu era mulher, por acaso, por ter escolhido uma personagem feminina. Cada uma…

          • cherrypie0087 diz:

            Esse corretor ortográfico dos infernos… Me põe numas altas frias de vez em quando… Como é que um celular não consegue interpretar o nome Riki meu Deus?? Ele acabou “corrigindo” pro apelido
            referente ao nome do meu irmão mais velho… (O consanguineo). Ele se chama Ricardo. Ri alto aqui do lance da dupla sertaneja, ainda mais se a situacao resolver se aproveitar do tal “modismo” atual… rsrs
            Sobre a teoria, eu sei… é polêmico e confuso… mas fazer o quê?? É física… (e pior: física gamistica, o que torna tudo mais complexo ainda…) Poxa, fiquei feliz e ao mesmo tempo preocupada em saber que vc joga SoR com a Blaze!! Uma das minhas maiores lombrigas gamisticas é compartilhar uma sessão de jogatina desse clássico contigo!! Mas se nós dois so jogamos com ela, como vamos fazer??? Kkk
            Gosto do equilíbrio dela. Ela tem bom pulo, boa voadora e o “back attack” dela também é o de melhor alcance…
            Vamos ter que decidir no par ou ímpar…kkk
            Vc me fez lembrar de uma vez que meu irmão do meio criou um avatar feminino pra jogar online no GTA…
            Pior que ficou bem com aquela apresentação de menina normal… sem excessos… (depois ele disse que fez baseado em mim…kkk)
            E o povo matando ele a pau nos comentários so por causa do avatar… curioso é que todo mundo queria matar ele primeiro!! Tremenda superficialidade não??
            É, e acho que tenho de ser racional dessa vez…
            Até garotas que lutam podem se meter em enrascadas de vez em quando… tipo que nem a Yuri em Art of Fighting, né? O que eu condeno é o excesso de dependência e fragilidade que impunham as personagens, tipo, daqueles que acham que a única força que as meninas possuem é pra lavar a louça, entende?? Mas enfim, faz parte. Algum dia isso deixa de ser tabu, sabe como é, né? Não se larga traumas de criação da noite pro dia, mas vamos trabalhando isso, um passinho de cada vez!! Compreensão, respeito e trabalho em equipe. Isso é oq importa!!
            E quem sabe não fazem uma versão do game com uma Rika né?? Rsrs
            Valeu!!
            🙂

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