Maratona Sonic: Sonic Drift 2 (Game Gear / Master System)

Olá caros leitores, como estão?

Outro post da Maratona Sonic surge no blog, com a continuação de um Spin Off da série Sonic que teve sua estreia no Game Gear. Mais um jogo de corrida que a princípio foi lançado para o portátil, só que posteriormente este foi portado para o Master System aqui no Brasil pela TecToy. Chegou a hora de falar de Sonic Drift 2.

Antes de dar continuidade, quem preferir ouvir a versão em áudio deste post, basta dar play abaixo:

O jogo foi lançado em Março de 1995 no Japão e na Europa, aparecendo na América do Norte somente 8 meses depois. Posteriormente, como mencionado, a TecToy portou a versão para o Master System e lançou junto com o Master System 3 Collection, como um dos 120 jogos colocados na memória do console.

Vale mencionar aqui que eu não testei a versão de Master System, ou seja, o post todo é focado na versão original de Game Gear. Sei lá, não tive a curiosidade.

No post do primeiro Sonic Drift eu já falei que apoio sim a existência um jogo de corridas de carro da série Sonic the Hedgehog. Seria lógico se eu apoiasse uma continuação, correto? Seria, se eu ao menos tivesse gostado dela.

A primeira impressão que fiquei de Sonic Drift 2 é que ele acabou piorando em relação ao primeiro quando o assunto é jogabilidade. Eu já tinha achado a física sofrida no primeiro, a coisa parece ter ficado no mesmo nível no segundo, só que ao mesmo tempo a impressão que fiquei é que as pistas ficaram mais estreitas e/ou os personagens passaram a ocupar mais espaço nelas. Pode ser só impressão, pode não ser.

Aí pra fazer uma ultrapassagem o jogador acaba sofrendo às vezes. É muito comum bater em um adversário e rodar. A CPU “sabe” disso e dá umas fechadas surreais no jogador. Achei um pouco frustrante, ainda mais que o corredor que bate na traseira acaba sofrendo uma desvantagem enorme em relação ao que sofreu a pancada e os demais corredores que não estavam envolvidos no acidente. Em outros jogos de corridas similares, a coisa não costuma ser tão dramática assim.

Fora isso, muitas vezes é um parto fazer curvas sem sair derrapando muito, desde o começo da curva. Parece que é de propósito pra você se lascar. Tem horas que vale mais a pena correr olhando o mapinha na parte superior da tela do que olhando pra pista em si. É estranho, mas funciona. Exceto em ultrapassagens. Aí caímos na reclamação anterior.

Pra manter a tradição, joguei todos os campeonatos usando o Sonic. Não quis escolher outros personagens, apenas fiz testes rápidos com eles. Além do ouriço, estão disponíveis os três personagens presentes no antecessor (Tails, Amy e Dr. Robotnik) e mais três personagens presentes em Sonic Triple Trouble: Metal Sonic, Knuckles e Fang.

Como é de se esperar, cada personagem tem características dentro das corridas e movimentos especiais específicos. Aí depende muito da forma como você joga para escolher seu personagem.

Se você gosta de velocidade e não liga pra estabilidade, pode optar pelo Sonic ou pelo Metal Sonic. Se for trombador e quer levar vantagem nas batidas, fique com o Knuckles. Se quer atrapalhar a vida dos outros com os especiais, Robotnik e Amy são boas pedidas. Talvez o Fang também seja, eu sinceramente não consegui sacar qual é a dele. Provavelmente ele tem o segundo carro mais estável do jogo, perdendo apenas para o Tails.

Quanto aos movimentos especiais, Sonic e Metal Sonic usam uma espécie de turbo (nitro, se você for do Top Gear) para aumentar a velocidade momentaneamente. Tails e Knuckles saltam ao ativarem os especiais. Fang atira pedras na pista, enquanto Amy atira corações e Robotnik atira bombas.

Não bateu na mola? Já era, vai pro buraco!

Os movimentos especiais são ativados com argolas obtidas nas pistas. Quase todos precisam de 2 argolas para executar o movimento especial, com exceção do Metal Sonic que usa 3.

A minha bronca começa quando é nítido como alguns personagens controlados pela CPU ficam com desempenhos absurdos. O Dr. Robotnik, por exemplo, não erra um tiro. Ele te acerta no meio da curva no ponto onde você vai chegar enquanto está derrapando, é quase certo que você vai rodar. O Knuckles parece que está com o especial carregado toda vez que você chega perto dele. A Amy espalha corações (que fazem rodar) pela pista inteira e parece que os outros personagens controlados pela IA do jogo nunca caem neles.

E ainda assim o jogo acaba facilitando muito no fim das contas, pelo menos na pontuação do campeonato. É comum em outros jogos do gênero manter uma sequência parecida da ordem de personagens que cruzam a linha de chegada. Já em Sonic Drift 2 a coisa é mais equilibrada, cada hora um personagem vence uma corrida e é comum ganhar campeonatos chegando em primeiro em poucas corridas. Aconteceu comigo duas vezes na copa mais fácil.

Fica a impressão que o jogo “sabe” que ele não é tão bom e nem tão fácil de ser dominado, que a física é sofrida e ultrapassagens não garantidas, então resolveram aliviar pro jogador ficar contente ao vencer o campeonato e não largar o jogo irritado com algumas injustiças.

Ao todo são três campeonatos: Purple, White e Blue. As três, respectivamente, representam a dificuldade do campeonato e suas pistas. As duas primeiras são tão fáceis que eu consegui conquistar de primeira, mesmo não obtendo resultados bons resultados em todas as corridas.

Se isso é bom ou se é ruim, não sei dizer. Eu sinceramente gostei. Pelo fato que o jogo foi feito para portáteis, ainda mais um que engole pilhas. Acaba se tornando algo positivo.

Cada campeonato possui seis pistas, que não se repetem, embora existam versões 1 e 2 de cada “zona”. Algumas são inspiradas em Sonic 2 e Sonic 3, outras possuem nomes inéditos.

Algumas pistas não possuem voltas, apenas checkpoints que indicam como se fossem cada uma das voltas. Aumenta o desafio, torna as coisas mais interessantes.

Reparem no mapa acima, a pista não “fecha”. Um dos exemplos de pista “sem voltas”.

No último dos campeonatos, o Blue, ainda existe uma pista extra que é desbloqueada quando o jogador consegue vencer todas as outras corridas do campeonato. Se estiver jogando com um dos quatro personagens que são considerados heróis, o adversário será o Dr. Robotnik. Caso contrário, se estiver enfrentando o próprio cientista, Fang ou o Metal Sonic, o adversário será o ouriço azul.

Eu nem cheguei a ver essa corrida nas poucas vezes que tentei o campeonato, mas reza a lenda que se você vencer esta corrida, pode ver os créditos do jogo. Posso tentar fazer isso, considerar o jogo como “terminável” e colocar na minha lista de jogos terminados? Estou considerando a possibilidade.

E a música da corrida é a de chefe do Sonic 3 & Knuckles.

A quantidade de itens aumentou em relação ao primeiro jogo. Se nele podíamos contar com apenas três (vermelho, amarelo e azul), agora temos à nossa disposição sete, sendo os mesmos três do anterior e mais a bomba, a estrela, a mola e o “R”.

A bomba eu nem preciso dizer o que faz, a estrela serve para paralisar os oponentes e a mola tem o mesmo efeito do item amarelo (salto). Por fim, o “R” (reverse) serve para inverter os comandos do jogador, fazendo com que o direcional para esquerda movimente o personagem atingido para a direita e vice-versa.

Se o jogo peca em quantidade de campeonatos, considerando o aspecto de variedades, sem falar na física sofrida, ele manda bem no quesito técnico em outros dois pontos: gráficos e trilha sonora. Ambos quesitos aparentemente evoluíram em relação ao primeiro jogo.

Os gráficos são bem detalhados, tudo fica bonito em um portátil na resolução que o Game Gear oferece, backgrounds trabalhados e pistas com detalhezinhos que fazem a diferença pra um jogo de 8 bits (não desmerecendo). Só tenho problemas em distinguir a Amy do Knuckles durante as corridas, mas isso é coisa minha, não dá pra culpar o jogo.

Essa corrida aqui de certa forma me lembrou muito as Rainbow Roads da série Mario Kart. Até na música!

A trilha sonora, como falei, é bem bacaninha. Ela foi feita pelos mesmos compositores do Sonic Triple Trouble, um jogo que eu falei em outro post da Maratona que possui uma trilha sonora super genérica. Vai entender. Pelo menos nesse acertaram.

Só me irrita profundamente a música que toca no fim do campeonato, quando surge o pódio. Mas as demais músicas são interessantes e de certa forma combinam com as corridas.

A abertura de cada corrida ao meu ver ficou mais bacana, mantendo o padrão de outros jogos quando estamos para começar uma fase. Aquele padrão que surgiu em Sonic 2 e até hoje é utilizado.

Fui buscar os manuais japonês e americano em busca de um plot, mas nenhum deles conta algo relevante que dê pra chamar de história. O americano vem com um texto super genérico que mais parece campanha de marketing ou escrito de revistas antigas. Já o japonês tem um certo diálogo como se tivesse um narrador apresentando os competidores, cada um dizendo alguma coisa (exceto o Metal Sonic), todas elas totalmente clichês (inclusive o silêncio do Sonic metálico). Não vale a pena descrever aqui.

Outra coisa que eu não lembro de ter visto no primeiro Sonic Drift é o esquema de boost na largada. Como acontece em diversos jogos de corrida, por exemplo os da série Mario Kart, é possível começar mais rápido quando pressionamos o botão de acelerar pouco antes do sinal ficar azul.

A plaquinha de fim de fase está presente aqui também!

Como mencionei anteriormente, não joguei a versão de Master. Pelo que vi em vídeos, praticamente nada muda nesta versão portada para o console de mesa. Existe uma outra versão sendo desenvolvida por fãs (ROM hack mesmo), mas acabei não vendo muito sobre ela. Fica só a menção.

E pra você que continua tentando entender porque diabos o Sonic precisa participar de uma corrida de carros, talvez eu tenha uma resposta: pra ele e outros personagens terem alguma chance de alcançar o Robotnik em uma corrida. A pé ninguém consegue.

Com essa observação super útil eu encerro o post. Espero que tenham curtido, que ele tenha sido bem mais divertido do que o jogo em si, porque eu que não quero voltar a jogar ele tão cedo. Genérico demais.

Obrigado a todos pela leitura, até o próximo post!

Abração!

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Sobre Gamer Caduco

Apenas mais um cara que nasceu nos anos 80 e que desde que se conhece por gente curte muito videogames, não importa a geração.
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12 respostas a Maratona Sonic: Sonic Drift 2 (Game Gear / Master System)

  1. Grande Cadu! Primeiro comentário meu no teu blog, e já pra dizer que valeu a pena entrar aqui. Conheci esse game obscuro ao qual nunca tinha ouvido falar até hoje haha.

    Senti pouca animação no teu relato, parece realmente ser bomba esse game e o antecessor.

    Então esse eu passo, haha

    Abraço!

    • Ô loko, olha só quem tá por aqui! Grande Colonel!
      Rapaz, eu não diria que o jogo é uma bomba, mas tá perto de um estalinho/traque/biribinha (nunca sei como cada pessoa chama esse troço)… rs
      Vale vc jogar tipo uns 15 minutos pra ver como é e depois voltar aqui pra me mandar ir pastar por ter dado essa recomendação zoada! ahuahuuhahuahuahuahua
      Valeu Colonel!

  2. helinux diz:

    Bons tempos de master system e seus clássicos 8 bits da vida!!!! valeu

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  7. Não é genérico é ótimo….você tem mal gosto eu amo esse jogo

    • Cara, não me leve a mal, mas Argumentum ad hominem (https://pt.wikipedia.org/wiki/Argumentum_ad_hominem) não, pô! kkkkkkk
      Ainda mais apoiado em algo que não se discute, como gosto pessoal.
      Independentemente se o jogo é bom ou não, tudo bem gostar dele se ele fosse ruim. Entretenimento não precisa ser perfeito pra ser divertido.
      Quando eu falei “genérico” eu quis dizer que ele não tem nada de especial em relação a outros jogos de corrida de 8 Bits. É como se ele fosse somente mais um.
      Enfim, valeu pela leitura e comentário.

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