Olá meus caros, como estão?
Estou de volta para contar uma das experiências mais marcantes que tive no mundo dos videogames em toda a minha vida, que foi a experiência de jogar de cabo a rabo um jogo que é considerado como um dos mais difíceis de todos os tempos: Battletoads do NES.
Quem segue as redes sociais do Gamer Caduco, em especial o Instagram e o Twitter, provavelmente acompanhou um pouco dessa jornada, algumas das inúmeras dificuldades que tive ao longo do caminho e quando consegui superar cada uma delas.
Antes gostaria de lembrar a vocês que os posts da série Desafio não são reviews, mas sim textos mais no estilo “diário de bordo” que contam de forma resumida (ou não) tudo o que aconteceu durante a minha jogatina até o fim de determinado jogo. Querem ver mais da categoria? Bem, existe uma página fixa dedicada a ela, muito embora até o momento só descrevi minha experiência com a série Mega Man no NES e também The Revenge of Shinobi de Mega Drive.
Tem mais um detalhe: eu pretendia que todos os posts da seção Desafio Algozes fossem feitos depois que os algozes de determinada plataforma fossem anunciados. Mas eu nunca fiz isso com o NES. Ao mesmo tempo, é quase que óbvio Battletoads estar nessa lista, já que o jogo é ou foi o algoz de todos jogadores de videogame em algum momento da vida, não é mesmo? Então acho que posso quebrar meu protocolo aqui e seguir em frente.

O primeiro FPS a gente nunca esquece… não, pera…
Não é incomum as pessoas relatarem que não passaram da Turbo Tunnel (ou a “fase do Jet Ski”), da “fase das cobras” (Snake Pit) ou mesmo a “fase do monociclo” / “fase da bola” (Clinger Winger). Pelo menos foi o que mais vi durante conversas por aí, tanto no mundo virtual quanto no real.
Talvez alguns de vocês tenham se perguntado: como foi que surgiu a ideia de encarar Battletoads de uma vez por todas? A verdade é que, depois de terminar alguns jogos bem pedreiras do Nintendinho, entre eles Contra, Ninja Gaiden 2, Castlevania e Castlevania 3, achei que era hora de encarar o meu maior algoz gamístico de todos os tempos.
Talvez tenha sido algo meio maluco. No final das contas eu fiquei quase três meses completos jogando, sendo que na maioria esmagadora das vezes eu joguei durante as idas e vindas do trabalho, no metrô de São Paulo. O que nem sempre era possível, já que as vezes pegava metrô cheio demais pra encostar em algum canto e jogar, ou estava acompanhado, ou simplesmente não queria jogar e preferia ler alguma coisa. Entre outras razões que não me lembro. Ah sim, essas jogatinas em transporte público foram feitas no PSP.

Fábrica de vidas!
Em casa mesmo eu quase não joguei, de verdade. Foram poucas vezes que liguei o PSP pra isso. Outras duas ou três vezes eu tentei jogar no Raspberry Pi. Ao longo do post eu vou mencionar essas jogatinas e vocês entenderão porque eu acabei desistindo da ideia depois de algum tempo.
Outro motivador (leve, pra dizer a verdade) pra que eu começasse Battletoads foi eu querer dar uma pausa na Maratona Sonic, já que estava chegando a vez de jogar um título que eu detestava. Ele vai estar no ar em breve e vocês saberão qual é, não vou dar spoiler pra não desviar o assunto.
Bem, tudo começou no dia 28/12/2018, um dia após terminar Ninja Gaiden 2. Obviamente, na primeira tentativa eu acabei ficando no ponto onde fica a grande maioria das pessoas que se aventuram um pouco no título: Turbo Tunnel.
Isso aconteceu numa sexta-feira. Para contrariar um pouco o que eu disse anteriormente, eu tentei jogar um pouco no final de semana. Em casa, no próprio PSP! Eu realmente queria completar este nível, então me empenhei um pouco em casa mesmo pra que isso acontecesse e fosse o bastante pra me motivar a seguir em frente. Deu certo!
Demorei pra pegar as manhas da fase. Chegar nos dois primeiros checkpoints era tranquilo depois de um tempo, no terceiro se tornou também em menos de um dia. Mas aí vem aquela parte em que temos que pular no momento certo para cair na plataforma seguinte. Eu demorei muito, muito mesmo pra entender como aquilo funcionava.
Foi Game Over atrás de Game Over, até que eu finalmente passei e dei de cara com uma parte ainda mais difícil: a das plataformas alternadas (cima/baixo) que não avisa antes de aparecer. Até pegar o tempo certo e a pressão que tinha que colocar em cada direcional pra desviar as plataformas, demorou um tempo.
Foi então que dois dias depois eu conseguiria passar a Turbo Tunnel pela primeira vez na vida.
No primeiro dia de 2019 eu chegaria novamente na Artic Caverns, a quarta fase do jogo. A famosa “fase do gelo”. Eu ainda não tinha proficiência o bastante pra passar a Turbo Tunnel sem morrer, ainda me atrapalhava em algumas partes. Então eram poucas vidas que eu tinha pra treinar na tal fase.
Ela parece fácil, mas não é. Levei algum tempo pra entender a hora certa de desviar das coisas, pular nas plataformas, bater nos bonecos de neve e passar por baixo das barreiras que esmagam, tudo isso tomando todo cuidado do mundo pra não escorregar pra morte. Em outras palavras, é uma fase que parece inofensiva, mas na verdade é bem sacana. Inclusive até em momentos em que estava totalmente acostumado a ela, acabei deixando uma ou outra vida nela por desatenção.
Dois dias depois, 03/01/2019, enfim eu passava a fase pela primeira vez e chegava na fase mais chata do jogo: Surf City.
Eu detesto esta fase! Até nos momentos em que eu estava totalmente treinado pra passar quase todas as fases (leia-se: sempre chegava na penúltima fase) eu ainda perdia vidas aqui. Por quê? Por causa da aleatoriedade das minas, especialmente quando aparecem com velocidades suficiente para que você não consiga desviar a tempo ou situações onde não tem espaço pra desviar.
Sério, chegou ao ponto de eu resetar o jogo duas ou três vezes nela, só por causa das vidas perdidas a toa. Pelo menos nas que foram perdidas antes de pegar a vida que tem no meio do caminho, que parece ter sido colocada lá de propósito pra compensar a sacanagem que é a fase.
Não me lembro se tive grandes dificuldades pra passar o chefe desta fase, o rato que aparece antes mesmo da parte das minas. No começo eu era muito mais cauteloso ao enfrentá-lo, sempre dava uma “bastãozada” nele e já saía de perto pra dar a próxima após o pulo dele. Depois de tantas e tantas tentativas a minha estratégia mudou, baseado na falta de paciência. Eu já tentava encostar ele no canto o mais rápido que pudesse e começava a dar “bastãozada” igual louco, sendo que algumas acertava ele, outras passavam batido. Mas no fim sempre o derrotava.

Tipo jogo de luta, encostou no canto, lascou pro adversário.
Lembro de duas vezes que eu perdi o bastão. Tive que aprender a derrotar ele na cabeçada. Não foi traumático, eu consegui de boa.
No fim das contas, essa fase não deu tanto trabalho pra passar a primeira vez, mesmo com toda essa aleatoriedade. Só que o curioso é que eu só tenho uma foto registrando a chegada na fase seguinte uma semana depois. Acho que não foi tão marcante passá-la, então não registrei.
Engraçado que eu também não fiz nenhum registro da Karnath’s Lair, também conhecida como “fase das cobras”. Eu não sei dizer bem o porque, ainda mais que sofri um pouco pra entender como passar por ela inteira.

Leve corte de caminho pra facilitar as coisas.
Aliás, inteira não é bem a palavra. Até hoje eu corto caminho na última tela. Só depois de terminar o jogo eu parei pra ver como que é pra passar a tela completamente. Definitivamente não quero tentar isso! Não pesa em nada na minha consciência ter passado desta forma.
Quem não sabe o que estou falando, a terceira cobra que aparece na última tela da fase se aproxima bastante da saída e é tranquilo de esperar o ponto certo pra pular de uma ponta para outra da cobra e cair certinho dentro do buraco que leva à fase seguinte.
O que eu achei mais incrível é que vi outras pessoas jogando e cada uma passa as telas dessa fase de um jeito. Não que isso não aconteça em outros pontos do jogo, mas nesta fase parece que a coisa fica ainda mais evidente!
Ainda acontece de eu perder vidas vez ou outra de bobeira, mas no geral agora eu passo a fase sem morrer. E na sequência vem outro pesadelo.
A foto acima é de 11/01/2019. Reparem que ela já mostra a parte da navinha da fase Volkmire’s Inferno. Antes disso eu sofri um bocado com os troncos de madeira, pegar o esquema pra passar pelos três sem ficar perdendo vidas a toa. Hoje já é mais natural, mas aconteceu de eu dar um pulo errado justamente no dia em que terminei o jogo, então todo cuidado é pouco aqui.
Vocês perceberam, né? Não existe “clima de ‘já ganhou'” em nenhuma fase do game. Se entrar na fase achando que vai passar de boa, vai perder uma vida e ser lembrado do que você está jogando.
Bem, a parte da nave foi um bocado mais traumática. Antes do primeiro checkpoint eu já levei um Game Over definitivo na primeira vez que cheguei. Isso porque a parte é relativamente fácil. Claro, pra primeira vez que a gente chega, nada é fácil em Battletoads (talvez só a primeira fase).
Depois do checkpoint damos de cara com a “chuva horizontal” de bolas de fogo aleatórias. Ela é um saco! Completamente passável, mas uma piscada na hora errada e a gente morre. Vira e mexe deixo uma vida ali, mas sempre coleto a que tem no meio do caminho. Então acaba dando na mesma.
Duro mesmo é a parte seguinte, dos mísseis. Depois de terminar o jogo eu soube que não precisamos desviar dos mísseis enquanto eles estão subindo. Basta ficar na parte de baixo da tela e eles passam batido. Só que isso eu nunca fiz, eu sempre desviei da subida e da descida, tanto que achava essa parte um pouco chata por ser aleatória também. Em compensação, sempre pegava a vida que fica imediatamente antes do próximo checkpoint.

Parte irritante…
E após ele vem a parte decoreba. Puramente decoreba! Morri nas primeiras vezes que joguei e quase nunca mais depois disso. Passa três pelo meio da tela (vertical), faz o “N”, volta pro meio da tela (vertical), passa três no lado esquerdo, três no direito, uma no esquerdo, uma no direito. Anotaram? Super fácil! Após decorar, claro.
Depois vem a parte que deixa muita gente de cabelos em pé (os sem nenhum): a parte das barreiras que piscam antes de chegar, estilo meio parecido com a Turbo Tunnel. Demorei muito, muito mesmo pra aprender a passar. E mesmo hoje eu ainda enrosco no último dos obstáculos, que você não pode perder meio segundo ou morre nele.
Passando por esta maluquice a gente finalmente cai na Intruder Excluder, que tem mais de uma alcunha por parte dos jogadores. Eu gosto de chamar ela de a “fase do choque”. Isso porque eu vivia levando choques nela, sempre alguma das sentinelas robóticas me atingia e eu ficava um bocado irritado. Chega a desestabilizar. Curioso que os danos de choque não matam instantaneamente como os venenos e buracos, ou seja, nada grave. Mas incomodam.

Olha o choque gratuito!
Esta é uma das fases que eu mais gosto, acho a trilha sonora dela bem bacana. Parece que é uma fase pra te dar um certo respiro, mas sem deixar a coisa monótona. Há algum desafio e, como de praxe, qualquer tipo de cochilo aqui rende vida perdida.
Precisei de algumas tentativas pra conseguir passar, o nervoso da fase anterior influenciava bastante. Lembro bem de quando cheguei no chefe pela primeira vez, o Robo-Manus (um dos poucos que sei o nome) simplesmente me pisoteou assim que eu subi na plataforma e lá se foi uma de minhas preciosas poucas vidas.
É claro que não entendi o que tinha que fazer e tomei Game Over definitivo. Aconteceu mais uma vez, até que aos poucos fui entendendo os padrões de ataque e os tempos certos pra contra-atacar o chefe da fase. Levou um tempinho. E o interessante é que depois de terminar o game eu vi pessoas derrotando este chefe de formas totalmente diferentes da minha.
Pra ser preciso, demorei quase uma semana pra passar dele a primeira vez! As fotos abaixo são de 19/01/2019, um sábado. Foi a primeira vez que eu cheguei na Terra Tubes, a “fase da água”.
Foi a primeira vez que eu joguei Battletoads no Raspberry Pi. Fiz isso usando o controle SF30 da 8bitdo. Esse carinha aqui, que está sempre plugado no aparelhinho:
O direcional dele é bem gostoso pra passar a última parte da sétima fase. Mas no chefe da oitava fase eu senti que havia algo estranho, já que vira e mexe eu apertava pra baixo e ele andava de forma não muito precisa. Fui me dar conta desse problema mais pra frente, eu logo mais chego lá.
Enfim, dez dias depois eu ainda estava enroscado na “fase da água”. Foi a época em que resolvi narrar um pouco disso no Instagram (e importar os posts pra Twitter e, às vezes, Facebook).
Estava completando um mês de jogatina. Era 29/01/2019 e eu ainda não havia vencido esta fase. É bom dizer que fiquei uns dias sem jogar, pra quem não sabe, dia 25/01 é feriado em São Paulo (aniversário da cidade). Foi uma fase que deixei o jogo parado por algum tempo, tanto que tiveram situações em que nem consegui chegar na “fase do choque” por falta de treino.
Sobre a “fase da água”, ela é cheia de diferentes obstáculos que você precisa morrer algumas vezes pra entender como passar. O curioso é que esta fase era uma das poucas que eu me lembrava de ter assistido no post “Retroplayers Tube: Battletoads De Cabo a Rabo” que o Retroplayers postou há 8 anos. Gente, 8 anos! É óbvio que eu não lembraria de muita coisa. Mas eu lembrava das engrenagens perseguindo o sapo meio que vagamente e achava que eu nunca iria passar aquilo.
Vale mencionar que eu assisti este vídeo novamente depois de terminar o jogo e um pouco antes de escrever este texto. É incrível como em diversas situações eu usei estratégias bem diferentes das do TH, amigo de longa data e o cara que terminou o jogo no vídeo. Inclusive, ele acompanhou a minha jornada toda via mensagens de WhatsApp. A ponto de cobrar quando eu não dava notícias. Valeu TH e foi mal a encheção de sapo saco! Fica aqui o agradecimento público!
Voltando. De cara passar os robôs parece tarefa fácil, mas andar um pouco a mais e esbarrar neles custa uma vida. Sacanagem! Pior que aconteceu algumas vezes. As partes com “pirocóptero” foram feitas pra te ferrar uma única vez e nunca mais. Em todas as três da fase eu morri na primeira tentativa e depois não morri mais.

Momento Indiana Jones!
As engrenagens são mais fáceis do que parece. A primeira parte dá um suadouro, mas depois que você sabe o que precisa fazer pra passar, fica fácil.
Aí você cai na água e fica louco de raiva das enguias elétricas e outros seres aquáticos desgraçados que estão ali só pra te ferrar. Como eu demorei pra passar essa fase. Parece que o fato de ter jogado Sonic demais me deixou meio apreensivo em fases debaixo d’água em qualquer game. Mal entrava na água e ficava desesperado, a ponto de errar coisas que sabia fazer.
Com o tempo a gente fica bom o bastante pra passar tudo sem deixar vidas de graça. Se bem que vira e mexe um tubarão ou peixe vem e te empurra pra um espinho só pra roubar uma vida na maldade. Ou a segunda parte das engrenagens, onde dá pra errar o tempo de pressionar o botão e acabar esmagado por uma delas ou espetado por um dos espinhos estrategicamente posicionados na fase. Os level designers deste jogo são sádicos, na boa! Abraços a todos eles!
Sem falar nos lindos patinhos de borracha. A primeira vez que dei de cara com um deles, tive uma surpresa bem desagradável. Inclusive ela aconteceu no momento do post acima, até falei deste momento.
Dois dias depois deste post eu chegaria na décima fase, a Rat Race. A fase que eu dou diversos nomes diferentes, mas na maioria das vezes chamo pelo nome original.
As duas primeiras corridas são fáceis. Claro que a segunda eu não passei logo de cara, precisei morrer uma vez pra passar. Mas depois disso ficou bem fácil. Só que aí vem a terceira parte e você descobre que o terceiro rato tem algum parentesco com o Sonic, o bicho corre que nem um louco. Quem deu uma injeção de Blast Processing nesse corno?
Eu morri, morri e morri. Não sei quantas vezes. A ponto de ficar bom o bastante nas fases anteriores, até na parte da navinha da fase do inferno.
Na boa, eu gosto da música dessa fase, mas ela foi colocada ali pra tirar uma com a nossa cara, não é possível. A gente já está naquela tensão de vencer os obstáculos o mais depressa possível pra não ser deixado pra trás pelo “Ratonic” e vem aquela melodia desesperadora com velocidade aumentada na terceira corrida. Sério gente, pra quê? Por quê? Que sadismo sonoro dos infernos! O coração quase sai pela boca.
O “engraçado” (agora, porque na hora tava mais pra “trágico”) é que eu passei a corrida pela primeira vez com uma energia baixa e apenas uma vida extra. Logo depois vem o chefe da fase, que me matou, é claro.
No Continue (era o último) eu consegui passar de novo e até cheguei na fase seguinte, mas ainda não era garantia que eu passaria sempre. Postei o momento no Instagram…
Foto de 04/02, um dia depois do meu aniversário, dado curioso inútil. Ou não, vocês podem comprar presentes pra mim no ano que vem, eu deixo!
Enfim, a verdade é que depois de um tempo a corrida ficaria tranquila, meu dedão pararia de doer absurdamente a cada tentativa e eu passaria em quase todas as vezes. De vez em quando eu ainda errava uma coisinha ou outra, tentava algo novo só de sacanagem e acabava morrendo.
O chefe então ficou super fácil. É raríssimo eu levar dano dele. Depois que a gente aprende a estratégia, parece que ele nunca foi difícil. Mas talvez ele nunca tenha sido mesmo.
Eu mencionei dor no dedão, isso me faz pensar na fase seguinte, a Clinger Winger! Famosa “fase do monociclo”, “fase da bola”, entre outras alcunhas.
Anotem esta data: 08/02/2019. Foi quando eu de fato aprendi a chegar nela, a décima primeira fase e penúltima fase de Battletoads. Logo vocês verão o quanto eu demorei pra passá-la. Olha aí o momento de chegada oficial no Instagram também.
Sim, eu fiquei feliz da vida por fazer score máximo no jogo. Não, eu não consegui finalizar com este score (os Continues zeram a pontuação). Mas calma que eu ainda não cheguei na última fase! Vou contar isso mais pra frente.
Demorei um bocado pra entender como a fase funciona. E mesmo entendendo, era mais do que normal errar uma vez ou outra e não ir longe na fase. Como se não pegasse o ponto exato para pressionar a direção correta.
Para quem não sabe, a fase funciona mais ou menos assim: você precisa segurar o direcional na direção que o monociclo (ou seja lá o que for isso) está se movendo. Seja pra cima, pra baixo, pra esquerda ou para a direita. E em hipótese alguma devemos pressionar alguma diagonal. A bola se movimenta mais rápido que o sapo nas retas, mas perde velocidade ao passar pelas “curvas” (são quadradas, não me matem, ‘matem’áticos). Então, quanto mais depressa a gente conseguir trocar de direção, mais pra trás a gente deixa a bola de energia.
Esse “timing” de movimentar e a precisão pra não pressionar diagonais em nenhum momento é algo um pouco complicado de conseguir pegar o jeito. Ou foi o que eu achei pelo menos.
Esta foi de longe a fase que mais exigiu precisão em D-pad considerando todos os jogos que já joguei na vida. Não me lembro de nada tão rigoroso. Talvez pra executar golpes especiais no primeiro Street Fighter (não confundam com o 2) chegue próximo, mas nele a coisa parece meio quebrada. Em Battletoads só parece rigoroso mesmo, pois o jogo responde muito bem se a gente faz a coisa do jeito certo.
O Ivo lá da Locadora Resident Ivo havia me dito que esta fase precisaria de muita paciência. Eu achei que ele estava exagerando na quantidade, embora tenha acreditado que precisava de alguma paciência (o jogo todo precisa). Mas ele tava até pegando leve, na real acho que aqui é que o jogo aperta o calo de muitos jogadores. Calos que ele mesmo gera, principalmente no dedão da mão esquerda. Tá louco!
Dia 11/02/2019 eu consegui ir um pouco mais longe, mas ainda estava muito longe mesmo de finalizar a fase. Ainda não estava me acostumando ao timing.
Aí no dia 14/02/2019 eu quis mostrar um vídeo e tentei gravar segurando o celular no peito enquanto jogava. O resultado ficou uma droga, mas eu vou compartilhar aqui assim mesmo. Não tem áudio, eu estava jogando de fone de ouvido.
Eu fiquei preso nesta fase por muito tempo. Logo digo a quantidade. O fato é que no final de semana seguinte (dia 23/02/2019) algo bastante inusitado aconteceu: eu consegui bugar o jogo! Fui na casa de um amigo e joguei com controle melhor (Dualshock 4) em emulador numa máquina de alta performance (sem slowdowns), além de monitor (sem input lag). Ou seja, cenário ideal pra que eu vencesse a fase do monociclo.
O problema é que eu nem cheguei nela. O bug aconteceu na Rat Race. Do nada o terceiro rato, lá pro finalzinho da corrida, atravessou a parede e saiu da tela. Até aí parecia que tudo bem. Só que eu fui lá, chutei a bomba e fiquei esperando o rato. E cadê ele? Não veio! Vejam só.
Com isso, “travou” o jogo. Não tinha mais o que fazer ali pra continuar, já que precisa do rato descer pra “quebrar” o chão e o sapo chegar no boss. Sendo assim, tive que desistir.
Em 25/02/2019 eu estava próximo de completar dois meses de jogatina e tinha chegado até um ponto novo da fase. Olha o post aqui:
Aí mais uma semana se passou e somente dia 06/03/2019 eu chegaria no chefe da fase pela primeira vez. Definitivamente não me sabia ou lembrava que no fim da corrida a gente tinha que enfrentar na porrada a bola de energia que nos perseguiu a fase toda. O que foi que aconteceu? Morri, é claro! Eu tinha uma vida só, não iria passar de primeira. Sempre tem aquele período de descoberta do que temos que fazer pra derrotar o chefe.
Postei a respeito, a sequência de fotos mostra o que aconteceu:
Lembram que eu falei pra vocês anotarem a data em que cheguei na décima primeira fase pela primeira vez? Eu recordo vocês: 08/02/2019. Ou seja, quase um mês inteiro depois eu fui chegar no chefe dela. Ou seja, eu entendo perfeitamente todos os jogadores que chegaram até ela e ficaram frustrados o suficiente pra desistir. Eu também quase fiz isso. Entretanto, eu queria muito terminar Battletoads e tentei persistir por mais tempo.
Dois dias depois eu chegaria no chefe novamente. Lembro que foi até depois de um Happy Hour, parecia que eu estava jogando mais solto por causa da cerveja consumida. Foi pouco, gente, parem de me julgar. Eu acredito que foi neste dia que eu perceberia o timing e a forma como eu deveria mudar de direção na fase, como fugir dos malditos diagonais durante a troca.
Daí que eu achava que tinha conseguido pegar o jeito, resolvi tentar algo diferente. No dia seguinte, em 09/03/2019, tentei novamente jogar no Raspberry Pi. Não lembrava a data, mas o site Retroachievements (link para o meu perfil lá) acabou me lembrando. E aí que veio a minha lamentação em relação a algo que eu achei que seria a solução para os meus problemas.
Se naquele dia na casa do amigo eu tinha sido frustrado pelo bug que rolou na Rat Race, e no dia anterior eu achava que teria pegado o jeito de como passar a fase, então era hora de desenterrar o Raspberry Pi e usar o controle SN30 da 8bitdo para finalmente vencer a corrida com a bola e chegar no chefe com mais vidas. Poxa, é um controle de SNES, a TV tem baixíssimo input lag, tem tudo pra dar certo. Pois é, não deu.
Antes de chegar lá passei algumas vergonhas ao longo do jogo, pois perdi algumas vidas de forma besta. Relevei e fui em frente até chegar mais uma vez na Clinger Winger. Foi daí que a minha decepção se concretizou.
Mal começou a fase e eu vi que mesmo pressionando pra direita a bola não estava indo na velocidade esperada. Algumas vidas depois eu percebi que o controle era o culpado. Calma, não é desculpa de mal perdedor, eu vou explicar. Se eu pressionasse com todo cuidado do mundo na direção, conseguia atingir a velocidade normal. O menor deslize na direção das diagonais e o monociclo perdia a velocidade.
Pausei e fui fazer algumas pesquisas na Internet. Foi quando vi algumas pessoas reclamando que o controle possui diagonais super sensíveis, e que isso era uma falha bem grave do controle, embora ele responda super rápido (entre outras coisas boas). Inclusive vi pessoas reclamando justamente de ter tentado a fase com este controle e que não conseguia nada com ele.
O pior é que depois que eu li isso tudo fez sentido. Algumas das vidas que tinham sido perdidas em outras fases também eram culpa do controle. De novo, não é papo de mal perdedor, eu posso citar um deles, que é a própria Rat Race. Em diversos momentos eu estava tentando correr pra chegar antes dos ratos e o sapo do nada se abaixava sozinho, sendo que eu nem estava apertando pra baixo. O mesmo aconteceu na fase do gelo. Fora que eu percebi umas idas pra frente e pra trás sozinho na Turbo Tunnel enquanto ia para cima ou para baixo. Mas eu só fui me dar conta de tudo isso depois de passar a experiência.
Que decepção! Quando comprei o controle achei que tinha sido um ótimo negócio. Aí me deparo com uma coisa dessas. Bem, infelizmente fica aqui a dica pra vocês: não tentem jogar Battletoads com este controle. Para outros ele pode até servir, mas para um jogo como este não.
Me restou dar Rage Quit e ir fazer outra coisa da minha vida naquele resto de sábado. Frustrante!
Lembro que na semana seguinte eu não consegui jogar muito, foi uma semana corrida. Ainda assim, no dia 14/03/2019, uma quinta-feira, eu conseguiria finalmente vencer a penúltima fase do jogo. Olha o post aí:
Inacreditável! Eu realmente tinha aprendido como passar a corrida naquele outro dia e já logo percebi como enfrentar o chefe também. Então finalmente eu chegaria na última fase, parecia ser hora de terminar o jogo.
Repararam numa coisa? Foi mais de um mês pra passar a penúltima fase. Então se é que tenho algum direito de fazer uma coisa dessas, fica aqui o meu apoio pra quem enroscou na Clinger Winger. Com muita paciência e prática vocês também chegam lá! Não desistam! Credo, que frase motivacional enlatada do caramba!
Fiquei o final de semana sem jogar e na segunda seguinte (18/03/2019) eu registrei o fato de que cheguei na fase mais uma vez, numa foto incrivelmente mal tirada:
Era fato que eu já tinha vencido a desgraça da fase do monociclo. Então é hora de parar de lamentar essa fase e começar a falar da última.
The Revolution merece ser a última fase de um dos jogos mais desafiadores de todos os tempos. Ela é cheia de surpresas, ela te dá todas as chances do mundo para aprender com os erros. Ela não deixa você passar ela de primeira. De jeito nenhum! É a última fase de Battletoads, vocês esperavam o quê?
Dia 21/03/2019 eu estava nela de novo, vejam só:
A premissa da fase é subir uma torre até chegar no lugar onde está a Dark Queen. Só que tem aquela sacanagem suprema de jogos antigos em fases de progressão vertical: subiu um pouco e caiu pra baixo da tela, morreu. E a fase é cheia de pequenas plataformas e outras sacanagens que vão te fazer cair e perder uma vida. E se sentir estúpido no processo, é claro.
Ou seja, é um desafio clássico de plataforma. Mas também tem combates contra alguns inimigos mais chatinhos, que se você dá uma cochilada, eles roubam vidas de vocês tranquilamente. Ou seja, tem que jogar totalmente ligado.
Eu lembro que fiquei transtornado com as nuvens que assopram. E a saída destas partes também. Isso porque nós temos que ficar pendurados pra não ser assoprados pra fora do cenário e logo em seguida, em determinados trechos, temos que soltar dela e cair certinho em cima de uma plataforma móvel que está girando em volta da torre.
Quando o sapo se solta, ele tira o ferro em que estava se segurando do lugar e dá aquele ataque quando estamos segurando uma barra de ferro. Ou seja, o sapo não cai direto. Então temos que sincronizar essa sarrada “paulada” no ar com o momento certo que a plataforma vai passar embaixo do sapo quando este começar a cair após a “paulada”. Não curti isso, foi uma das poucas coisas que eu confesso ter achado desnecessário no jogo, mas entendo a jogada dos desenvolvedores. Eu acho. Então bola pra frente, sem mimimi.
O trecho final da fase é bem sacana. Bem sacana mesmo. Uma nuvem amarela começa a perseguir assoprando tentando derrubar o sapo de uma sequência de plataformas curtas que dá pra errar facilmente o pulo. E não dá tempo de pensar, tem que sair correndo e pulando sem saber direito se vai acertar o pulo ou não e continuar atravessando o cenário. Se vacilar meio segundo, a nuvem vai te jogar pra fora e tchau pra mais uma vida.

Não pode parar, nem por um segundo!
Lembro que morri bastante nesta parte, mas no dia seguinte eu finalmente passaria ela. Fui no modo “vaca-louca”, correndo e pulando sem medo de ser feliz. Eis que a torre dá uma explosão e de repente aparece ela, a única e inigualável Dark Queen.
Engraçado como as coisas acontecem na vida da gente, né? No exato momento em que eu começaria a luta contra a Dark Queen, a linha amarela do metrô de São Paulo deu problema. Justo na linha amarela, onde eu nunca tinha vivenciado um problema antes. Coisas do destino. Ou uma baita coincidência, acredite no que quiser.
Sei que no meio de toda aquela galera apreensiva, o vagão enchendo, eu encostado no canto ali sendo espremido, tava concentrado tentando entender como funcionaria a luta contra a última chefa chefe do jogo. Cheguei com uma vida extra, é claro que ela logo seria consumida e eu tomaria um Game Over.
Eu bufei, achava que não tinha mais Continues disponíveis, mas aparentemente tinha sim. Resmunguei ter que jogar toda a fase de novo, mas estava preparado para aquilo e pouco me importando com as caras feias em volta, da população de Sampa pê da vida que o metrô não se mexia. Eis que eu tive o que parecia a melhor notícia daquela tarde de sexta: o Continue me jogou de volta na luta contra a Dark Queen.
Rapaz, eu cheguei a pausar o jogo pra dar uma vibrada de leve. Discreta, não queria passar vergonha.

DIVA! ❤
Então a luta recomeçou, eu lutei da forma mais covarde possível, só atacava quando tinha certeza absoluta de que eu acertaria ela e fiquei fugindo de todas as formas possíveis e imagináveis. Em alguns momentos meus ataques entravam, em outros eu era contra-atacado e perdia energia ou vida.
Duas vidas foram perdidas e começou o meu desespero. Um desespero bem diferente dos demais passageiros, incomodados com o transporte ainda parado. Não entendia porque em alguns momentos as cabeçadas do sapo funcionavam e em outras eu levava porrada.
Até que cedo ou tarde eu acabei vencendo a luta. É difícil de explicar o que eu senti naquele momento, eu queria muito gritar. Por uma coincidência maluca do destino, a vitória aconteceu poucos segundos depois do metrô fechar a porta e voltar a se mover. Então se eu gritasse pra comemorar, talvez as pessoas não achariam tão estranho. Mas eu me contive. Gritei mentalmente, se é que isso existe. Além disso, puxei o celular e mandei umas 292 mensagens pro TH dizendo que consegui.
Ainda com o celular na mão, comecei a tirar fotos. Pausava e tirava fotos. Esperei a animação da Dark Queen resmungando a derrota e tirei fotos. Aí voltou pra tela de jogo e eu percebi que ainda tinha controle sobre o sapo. E a Dark Queen subiu. Meu desespero chegou num nível estratosférico: ainda teria mais combate?
Do nada ela desce, eu quase me escondo debaixo da pessoa que tava do meu lado no metrô, movi o sapo rapidamente para o canto da tela e a vilã passou batido, iniciando a sequência de fim de jogo. Era isso, eu enfim terminava o meu maior algoz!
Vamos lá, eu tenho que mostrar o post do momento:
Eu adorei a repercussão do post e as respostas de outros amigos que receberam uma mensagem minha dizendo que terminei o jogo. Algumas destas pessoas começaram a dizer que a partir de agora eu faço parte de algum tipo de grupo seleto, clube ou qualquer outra coisa similar. E querem saber? Sinto isso daí mesmo! Tenho que comemorar a façanha, né? Fiquei orgulhoso de mim mesmo!
Mas não faço isso com arrogância, juro que não. Pelo contrário, ainda acho que sou um jogador de videogame bem meia boca, do tipo que apenas tem paciência. Mas tenho que reconhecer: eu me dediquei muito pra conseguir chegar neste resultado.
Na verdade eu quero chegar é em outra coisa, que é a mensagem de que se eu consigo, você também consegue. Não é falsa modéstia, não é conversa pra boi dormir. Se você realmente quer terminar Battletoads (sem artifícios), você vai ter que se dedicar. Jogar pelo menos umas três vezes por semana, se conformar e não se frustrar, saber que vai ficar um mês enroscado em uma fase. Mas seguir tentando, uma hora você vai conseguir. Não é impossível.
Sério, eu queria muito que todos tivessem a mesma sensação que eu tive naquela tarde dentro de um metrô cheio de gente enfurecida querendo chegar em casa ou em algum compromisso. Aquilo foi mágico pra mim (não, não a parte das pessoas enfurecidas, a de ter terminado, caramba). Quase rolou um suor masculino saindo dos olhos. Felizmente o celular me ajudou a extravasar. A caminhada da estação até em casa também.
Sobre a Dark Queen, depois eu descobri que ela precisa ser atacada pelas costas. Ou pelo menos foi o que a galera disse no Retroplayers Tube #3: Battletoads de Cabo a Rabo que eu faço questão de linkar de novo. Até o Sabat já tá careca de saber que dá pra terminar este jogo, se a pessoa se empenhar.
No mais, Battletoads entrou no meu top 10. Eu ainda não sei direito a posição, pois é difícil brigar com a nostalgia proporcionada por alguns jogos que também estão nesse Top 10.
De qualquer maneira, é um dos melhores jogos que joguei na vida. Dá pra sentir todo capricho dos desenvolvedores em proporcionar uma experiência única, com 12 diferentes fases para que jogadores de videogame que são impulsionados por desafios não tenham defeito nenhum pra colocar. E quando eu digo “diferentes”, é que são realmente diferentes. Criatividade aqui é forte!
Quem não gosta de um bom desafio pode continuar jogando o que gosta de jogar sem tentar botar defeito em uma das obras primas dos 8 bits. Até mesmo porque se há algum, ele é facilmente suprimido por todas as grandes qualidades nele existentes.
O legal é que está muito além do desafio. Mecanicamente o jogo é fantástico, graficamente é ótimo, trilha sonora então tem uma qualidade muito acima da média. Não tinha como não amar.
Valeu Rare! Vocês são incríveis!
Valeu leitores! Vocês também são!
Eu me despeço, o post já está grande demais.
A única coisa que peço a vocês é que compartilhem a experiência de vocês com o jogo também, digam até onde foram, porque pararam de jogar, etc. Espaço dos comentários é sempre de vocês. Tomara que este post e as minhas respostas sejam suficientes para estimulá-los a tentar mais uma vez!
Eu voltarei em algum momento, prometo!
Abraços a todos e até o próximo post!
Parabéns! Eu travei no maldito rato, até apelei para save state, mas salvei numa hora ruim, daí fu*** e desisti. Um dia crio coragem e encaro todo ele!
Chegar até o rato já é um baita avanço. Tenta sim ir até o fim, vai te custar alguns meses de treino, mas é totalmente possível. Só não apele para os save states, estraga o treino. Sério.
Valeu Luís!
Esse jogo é maneiro mas sua dificuldade mata a pau nunca consegui passar da fase da motinha kra rs.
Cara, tenta um pouco mais que vc passa da Turbo Tunnel, não precisa de mais que uma tentativa por dia. Eu fiz isso e em três dias já tinha passado ela. O duro é que ela é só o começo do desespero, mas é viável terminar! rs
Valeu Rock!
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Acredito que esse game foi o jogo mais difícil que eu zerei do nintendo 8 bits!!!! A maioria das pessoas sempre chegavam na fase da motinha, como diziam antigamente…e, lembro de ter visto em uma ação games que o piloto da revistas desmontou o controle do Phantom system para jogar utilizando apenas as borrachinhas dentro do controle, era mais sensível e dificilmente vc pegava nas diagonais, bons tempos!!!!! Se existi-se o controle do PS1 para o nintendo 8 bits, acredito que teria sido mais fácil a jogabilidade naquela época!!!! Um amigo meu quase jogou o cartucho de batletoads na parede uma vez…era e ainda é um jogo com excelente jogabilidade, bons gráficos e músicas dukralho, mas…muitas pessoas passavam raiva com esse jogo!!!! Em termos de dificuldade zerei Batletoads, Wolverine e Predator…passei muita raiva com esses jogos!!!! Saudades de antigamente!!!! valeu
Olha, se vc não terminou Ghosts’n Goblins do NES, tenho certeza que Battletoads deve ter sido o mais difícil que vc já terminou. O GnG é o único que eu conheço que ultrapassa o jogo dos sapos, mas eu posso estar equivocado.
Não sabia do lance das borrachinhas do controle, mas faz muito sentido. Ainda mais que o controle do Phantom System é bastante questionável… kkkk
A única coisa que eu talvez discorde é o lance do controle de PS1. Sei que ele é bem preciso, encaixa bem na mão, responde bem e tudo mais. Mas o de NES consegue ter um direcional ainda melhor. O original, claro. Os dos Famiclones sempre tem alguma coisa pra gente reclamar… haha.
Wolverine e Predador eu nunca joguei, vou anotar como dicas pra quando eu quiser passar um nervoso. Sem tacar o cartucho na parede, claro. Apesar que eu já fiz isso com controle… daí a gente cresce e percebe o valor das coisas, para de fazer isso na hora, né? rs
Valeu Helison!
Não, ainda não zerei Ghosts’n Goblins, tá anotado!!!! Muito jogo antigo ainda é novidade para mim!!!! Wolverine e a familia mega man é o bicho, acredito!!!! Feliz ano novo para todos e mais um ano enchendo o saco de vcs!!!! valeu!!!!
huhuahuahuahua
Relaxa que aqui vc não enche o saco, é sempre um prazer responder comentários!
A hora que resolver encarar Ghosts and Goblins vai precisar de paciência.
Um dia que quero tentar também, mas vai demorar um pouco ainda… rs!
Valeu
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Caramba, curti demais esse post! Engraçado como esse jogo mexeu com o psicológico da galera no início dos anos 90…você pode procurar no youtube, posts, etc, pessoal dos EUA, Brasil, vários países, todos relatam como esse jogo impactou sua infância, o sentimento de frustração, pânico ao escutar a música da motinho, do rato (aff…).
Joguei demais no início dos anos 90. Virou uma verdadeira obsessão…com 11 anos de idade, conseguia chegar até o 3º rato com todas as vidas e continues e…acabava com tudo naquele mald… rato.
31 anos mais tarde…nunca mais joguei video game…resolvi comprar um game stick, por um único motivo: resolver minha pendência com battletoads! Não consigo descrever a sensação, mas parece que há 30 anos tenho um caroço entalado na garganta, kkk.
Tudo que você descreveu, tudo mesmo, acredite, entendo perfeitamente.
Desde que comprei o game stick, venho “aquecendo” os dedos com vários jogos, sempre sabendo que não importa o que eu fizesse ou quantos jogos eu zerasse, battletoads estaria me esperando…
Zerei contra, megaman 1, 2 (NES), mickey fantasia, kid chameleon (megadrive), vários deles sem perder uma vida sequer.
Mas battletoads é outra conversa…outro mundo…
Comecei minha jornada há 15 dias….e adivinhe…estou parado no mesmo rato (3º) que me aterrorizou há 31 anos atrás.
Meu controle é desses genéricos, tipo playstation (com direcional analógico) e li que ele não tem a mesma velocidade que o controle NES original. Dá pra perceber que não consigo fazer alguns movimentos importantes (como o zigue-zague no ar entre as plataformas curtas da corrida no 3º rato)…várias vezes o sapo abaixa…enfim..
Estou tentando zerar usando os warps, nesse primeiro momento.
Se conseguir, tenho certeza que ficarei menos tenso (vou tentar tua dica de umas cervejas, kkk) para tentar encarar as 12 fases na sequência, pois se conseguia chegar na 10ª fase sem warps quando tinha 11 anos, tenho certeza que consigo agora.
Obrigado pelo post animador e por compartilhar essa história com quem ainda não chegou lá!
Forte abraço
Rapaz, que comentário sensacional!
Já começo te agradecendo não só pela leitura, mas por compartilhar sua história.
Eu demorei um pouco pra responder, espero que tenha sido tempo suficiente pra vc conseguir evoluir no jogo até chegar ao fim. Ou pelo menos ter deixado pra trás todos os “Ratonics” da fase em que enroscou.
Ao contrário do que aconteceu com vc, eu não joguei tanto assim nos anos 90. Mal encostei no NES nesta época, fui pro lado “azul” da força e nem a versão de Mega Drive me chamou a atenção.
Mas naquela época em que surgiram os primeiros emuladores eu já tinha conhecimento do jogo e fui atrás pra ver, fiquei muito intrigado com ele, da mesma forma que todo mundo que curte um bom desafio.
Sobre o controle, eu não vou conseguir prever, mas meu “pessimismo natural” me diz que pode ser que vc enfrente dificuldades na Clinger Winger (penúltima fase), igual aconteceu comigo. Espero que eu esteja bastante errado e que ele tenha um desempenho parecido com o direcional do PSP, que também não entrega a experiência do controle do NES. Pra mim foi suficiente pra chegar no fim, como vc já leu aí no texto. Talvez seja o lance de se adaptar e entender como funciona. Cerveja pode ajudar sim, mas não exagera senão vc não passa nem da Turbo Tunnel! ahuuhahuahuahua
Bruno, valeu mesmo pelo teu comentário e espero que volte aqui para contar como foi a experiência de chegar até o final, quando isso acontecer. Porque pra mim não é questão de “se”, mas sim “quando”.
Boa sorte aí e sucesso na jornada!
Valeu Bruno!
Obrigado pela resposta! Evoluí um pouco desde a última postagem: agora consigo pegar algumas vidas na segunda fase (percebi que nas 3 vezes que aparece aquele choque que cruza de um lado para o outro da tela, sempre aparece um corvo antes, aí você pode continuar batendo no corvo enquanto passa pelos choques, é só seguir descendo exatamente no meio da tela). Consigo passar a turbo channel de “olhos fechados”, surf city, etc. Geralmente tento chegar na fase 9 sem perder vidas, aí acabo perdendo uma ou outra vida (principalmente na última engrenagem), mas sempre consigo pegar as duas vidas que a fase dá, então fica tudo certo. O desafio de verdade começa no 3º rato, pois não consigo fazer o zigue-zague nas plataformas curtas, percebi que isso é essencial para vencê-lo (além das cabeçadas, que ajudam muito). Inclusive vou investir em um controle NES original com fio, pois no que estou usando não consigo fazer esse movimento. Só pra ver se o problema é a “peça atrás do controle”, kkk. De qualquer forma, estou conseguindo passar por ele, mas perco muitas vidas. Clinger winger só consigo pauseando nas viradas…por enquanto…
Atualmente estou focado na última fase: chego nela sem usar continues, mas não consigo passar de jeito nenhum. Esse fim de semana deixei um jogo salvo nessa fase, aí estou jogando só ela, para tentar pegar o jeito.
Estava emperrado naquela sequência de 4 plataformas verdes que desaparecem e você tem que pular muito rápido…não conseguia passar. Até que descobri, sem querer, um pequeno segredo: você sobe as 3 primeiras e na terceira, fica esperando até ela começar a falhar. Se pular a 3ª no tempo certo, a 4ª plataforma aparece no meio do pulo…moleza.
Fase sinistra…perfeita para um jogo como esse!
Espero que na próxima postagem já possa dizer que zerei battletoads (com warps)!
Abraço
Boas notícias: missão cumprida!! Battletoads zerado, da 1 à 12 (dia 03/03/23)!
Sem palavras…após 31 anos…que sensação única!
Jogo insano…a última fase se tornou mecânica, tamanha a quantidade de vezes que tive que jogá-la!
Essa versão americana é tão difícil que, só por experiência, para comparação, resolvi jogar na sequência a versão japonesa…zerei perdendo 2 vidas…
Battletoads te deixa com um nível de habilidade tão grande (uma vez que cada fase desenvolve uma habilidade completamente diferente da outra e, somadas, te deixam em um nível surreal de velocidade/coordenação/raciocínio) que no dia seguinte resolvi jogar outro jogo que não conseguia zerar quando criança: o do tico e teco (NES). Zerei jogando todas as fases (de A a G), sobrando 23 vidas, kkkk.
Graças a battletoads!
Falando em mega desafios: ontem zerei ninja gaiden 1 do NES. Na minha humilde opinião, quase tão difícil quanto battletoads, mas com a (enorme) vantagem de continues infinitos…o que acaba equilibrando a equação.
O bom é que você não fica com aquela sensação desesperadora do battletoads, o tempo todo tenso, sabendo que pode executar o jogo inteiro perfeitamente e, basta alguns poucos erros e tudo estará perdido e terá que voltar à estaca zero. Punitivo ao extremo. Simplesmente não há perdão ou margem para erros.
Ninja gaiden 1 também é desafiador ao extremo, mas de forma mais equilibrada e justa, ao meu ver.
Então, se estiver (novamente) à procura de um desafio daqueles de arrancar os cabelos, fica a dica do ninja gaiden 1.
Forte abraço!
Caramba, demorei quase 1 mês pra responder, desculpe por isso.
Eu cheguei a ler no dia que vc comentou, mas não consegui me organizar pra responder com calma.
Sabe que eu tive uma ideia parecida com a sua? Ao invés de jogar a japonesa na sequência, pensei em jogar a versão de Mega Drive (que é inspirada pela japonesa, caso não saiba), mas por alguma razão estranha eu não consegui engrenar no jogo. Talvez devesse fazer igual a vc pra já sacar quais são as diferenças. Nunca fiz isso, mas dois amigos sempre me falaram que não tem comparação. Agora, terminar morrendo 2 vezes só dá pra ver que é gritante mesmo, vc tava completamente treinado… kkkk
Tico e Teco é muito bom, foi um dos primeiros da minha jornada no NES (já que cresci jogando Master System). Muita gente diz que é fácil, na época eu tive uma certa dificuldade, mas terminei. Não tentei experimentar logo após Battletoads, definitivamente deve facilitar mesmo as coisas… rs
Ninja Gaiden 1 eu fujo por um detalhe: me disseram que o último chefe é absurdamente difícil, e precisamos de uma paciência gigantesca pra terminar. Vai demorar pra eu recuperar o ritmo de jogos desafiadores demais, ainda tô na fase do pai de criança pequena demais que exige muito trabalho (vc sabe como é, dado o comentário em outro post). Porém, devo jogar. Quero jogar o 3 primeiro, já terminei o 2 (comentei no post) e achei ele desafiador na medida. O 1 me assusta, ainda vindo de um amigo apaixonado por jogos desafiadores e que tem um amigo que é a pessoa mais paciente do mundo… os dois não terminaram… então eu fico com aquele receio se eu, mero mortal, conseguiria! huahuahuahuahua
Curti demais ver todo seu relato e acompanhar de alguma forma a sua jornada, inclusive vendo que ela acabou te levando até a outros desafios tão grandes quanto. Se passar por outras coisas vai me falando aqui, sempre bom pegar umas dicas.
Valeu Bruno!