Olá caros leitores, como estão?
A franquia Sonic the Hedgehog é cheia de Spin-Offs de diferentes tipos. Já passaram aqui pelo blog um jogo de pinball, um de quebra-cabeças “Tetris like”, dois de corrida de kart, um artístico envolvendo o personagem e até um isométrico completamente insano com controle diferenciado. Além dos jogos envolvendo outros personagens da franquia.
E se eu dissesse que além de tudo isso também existe um jogo de luta com estes e outros personagens? Hora de retomar a Maratona Sonic com essa maluquice criada pela SEGA!
Pois é, de fato existe um jogo de luta da franquia! Sonic the Fighters foi lançado para Arcades em Junho de 1996 e coloca mano a mano personagens da franquia pra sair na porrada, algo que na minha concepção parecia inimaginável nos anos 90.
Antes de dar continuidade, quem preferir ouvir a versão em áudio deste post, basta dar play abaixo:
Eu falo sério. Tanto é que eu tenho vaga lembrança de quando vi uma máquina rodando o jogo pela primeira vez. De fato não lembro o ano, nem direito o local. Foi em algum espaço de Arcades de algum Shopping Center, provavelmente em São Paulo, já numa época em que os espaços eram dominados por brinquedos, caça níqueis e outras coisas bem diferentes do que estávamos acostumados a ver na época em que a febre dos fliperamas explodiu.
A única coisa que eu me recordo é que eu olhei pra máquina e achei que fosse algum tipo de jogo pirata, ROM Hack ou qualquer coisa assim. Convenhamos, jogo de luta do Sonic? Ainda mais um que tinha a maior cara de Virtua Fighter? Tive a certeza de que era uma ROM Hack. Mas não, era um jogo oficial.
Pior que ninguém encostou lá pra jogar, então fiquei do lado vendo um pouco como o jogo funcionava. Também não tive coragem de testar. Na verdade, eu nunca fui de jogar muito em Arcades, é o tipo de coisa que eu não sei explicar o motivo até hoje.
Um pouco da história que eu li sobre o desenvolvimento do jogo conta que o time responsável pelo desenvolvimento de jogos da série Virtua Fighter estava brincando com a engine do Fighting Vipers e usando um modelo do Sonic no jogo. Foi aí que o lendário Yu Suzuki viu e achou que seria uma boa ideia lançar um jogo de luta baseado nos personagens da franquia.
Preocupado com a resposta, Suzuki foi levar a ideia até Yuji Naka, que teve uma reação muito positiva com a animação do personagem dentro da engine. Não só ele, Naoto Ohshima também ficou animado com a ideia. Sendo assim, com os criadores e responsáveis pelo personagem dando sinal verde, a produção do jogo começou.
Seria uma versão simplificada do Virtua Fighter, para conseguir atingir também um público mais casual. O que acabou desapontando um bocado o público mais fanático por jogos de luta e acabou resultando em reviews com diferentes notas (algumas positivas, outras nem tanto).
Reza a lenda que foi iniciado o desenvolvimento de uma versão para o Saturn, mas que acabou sendo cancelada. O motivo? Não conseguiram chegar uma versão que reproduzisse a mesma experiência do Arcade ou similar.
Mais pra frente o jogo foi incluído na coletânea Sonic Gems Collection (2005), lançada para Game Cube e Playstation 2. E alguns anos mais tarde uma nova versão foi lançada para Playstation 3 e Xbox 360. Esta versão inclui um modo versus online e permite a seleção de personagens que não eram jogáveis no Arcade. Vale dizer que estes personagens não são selecionáveis no modo Arcade, apenas no versus local e online.
Em Novembro de 2014 eu botei as mãos nesta versão. Quer dizer, não botei, porque ela é digital. Vocês entenderam. Eu lembro bem que paguei 1 dólar nele, foi alguma promoção maluca da PSN. E assim foi a primeira vez que eu de fato encostei neste jogo. Eu sei, eu sei, não dá pra encostar em jogo digital, vocês entenderam, parem de me sacanear mentalmente!
Minha meta foi fazer o final com o Sonic mesmo e aproveitar pra coletar todos os troféus do jogo. Sucesso! O que eu lembro da experiência? Que ela foi bem curta. Foi bem… arcade!
Agora, em pleno 2019, peguei pra jogar a versão novamente, relembrar o jogo e contar como foi a experiência.
Bem, são basicamente oito lutas antes de chegar nos dois chefes do game, que são o Metal Sonic e o Dr. Robotnik. Cada personagem derrotado te dá uma Chaos Emerald. Ou seja, são oito no total. Oito? Tem certeza que este jogo não é pirata mesmo?
Sonic the Fighters, apesar de qualquer coisa, é bastante divertido. Em muitos momentos eu me senti meio que em um button masher da vida (aperta qualquer coisa que acaba dando certo). E eu acho que é mesmo, mas tem alguns personagens que tem esqueminha pra derrotar. Ou seja, a máquina não é lá muito inteligente, muito embora ela dê umas apeladas nervosas em alguns momentos. Típico de jogo de luta de Arcade.
Na essência não dá pra dizer muito mais do que o jogo realmente é: um game de luta 3D com a mesma engine do Virtua Fighter e comandos simplificados. Qualquer pessoa que conheça a franquia já entendeu do que estou falando. Quem não conhece eu não sei se vou saber explicar o que é.
Graficamente não dá para exigir muito dos games da época, ainda mais comparados ao que temos hoje em dia. Ainda assim, os modelos dos personagens são bonitinhos no geral, os cenários são bem feitinhos. Dá pra sentir um capricho por parte dos produtores.
A movimentação e os golpes são meio esquisitos, mas a gente meio que releva. Existem diversos momentos bem humorados também, no estilo cartoon. Por exemplo, uma pancada com as duas mãos nas orelhas do oponente, meio que esmagando a cabeça, geram um efeito estilo animado da cabeça achatar lateralmente e crescer pra cima e rapidamente voltar.
Sem falar em golpes exagerados, caretas dos personagens que estão apanhando, etc. Aumentam um bocado a diversão de modo geral.
No quesito sonoro eu não sei bem o que dizer. O jogo é um pouco escandaloso em efeitos sonoros, já que cada pancada que os personagens levam fazem com que eles derrubem argolas. Então imaginem vocês a quantidade de barulhos de argolas sendo derrubadas ao longo de uma luta. No meio de todo lance frenético e barulhento, fica difícil prestar atenção nas músicas.
Com tudo isso, é bastante perceptível que não é um jogo pra se levar a sério. E isso é ótimo! Entre tantas opções de jogos de luta que vivem tentando se levar a sério, com comandos complicados, gráficos ultra mirabolantes, histórias absurdas que na maior parte das vezes só gera vergonha alheia, surge um jogo que está mais preocupado em entregar diversão no estado mais puro possível e não ligando pra nada.
A única coisa que me deixa um pouco assim é que, mesmo que os comandos sejam descomplicados, às vezes fico com a sensação que eles não respondem direito, que eu tento fazer comandos pra baixo e botão e ele faz como se fosse apenas botão em diversos momentos.
Pode ser ruindade minha, algo que ocorre por conta da movimentação do personagem, pra onde ele está olhando em relação ao oponente (de costas, por exemplo), e eu não estou sabendo lidar com isso. De verdade, não sei. Mas fiquei sim com um pouco de sensação que algo ali não estava muito certo.
Na versão original, os personagens selecionáveis são os três patetas personagens principais (Sonic, Tails e Knuckles), além da Amy, da volta do Espio (presente no Knuckles’ Chaotix), Fang (de Triple Trouble) e dois estreantes: Bean the Dynamite e Bark the Polar Bear. A versão de 2012 possui todos eles e mais três que podem ser utilizados pelo jogador: Honey the Cat (que também pode ser usada no modo Arcade); e os dois chefes, Metal Sonic e Dr. Robotnik.
É curioso como o jogo meio que se comporta sempre da mesma forma. A primeira luta é moleza, a segunda tenta te ensinar a quebrar defesa do oponente e as demais vão aumentando progressivamente o desafio. O oitavo é sempre o Sonic.
Em seguida vem o Metal Sonic, que sempre apela um bocado e costuma dar muito dano em poucos ataques. Dá um certo trabalho, mas é possível pegar o esquema para derrotá-lo em pouco tempo. Sem gastar com fichas e com Continues ilimitados fica fácil, né?
Por fim, o Dr. Robotnik a gente tem que vencer em apenas um Round de 15 segundos (tempo pra Death Egg II explodir).
Curioso que contra o Metal Sonic aparece como Final Stage e contra o Dr. Robotnik aparece Bonus Stage. Eu não tive a curiosidade de perder de propósito esta luta ou mesmo deixar o tempo acabar pra ver o que acontece. Teve luta até que eu acabei vencendo faltando apenas um segundo, enquanto ainda queria terminar com todos os personagens (em algum tempo desisti disso, pior que faltava pouco).
Não sei se ficou claro ao longo do texto, mas me diverti um bocado com Sonic the Fighters. Não é o tipo de jogo que eu vou revisitar todo ano pra jogar um pouco, mas provavelmente é o tipo de jogo que eu vou acabar colocando pra jogar e dar umas risadas (no melhor sentido possível) quando lembrar que ele existe.
Vi que é possível jogar também com o Super Sonic, mas pra isso precisa estar com o ouriço e vencer os 16 primeiros rounds (as oito lutas antes dos chefes). Na boa, nem tentei. Acho que exageraram um pouco aqui, não é pra minha paciência e habilidade.
Donos de PS3 e X360, fiquem de olho. Se pintar outra promoção, vale a pena pegar ele pra pelo menos experimentar. E se forem donos de PS3 e quiserem me chamar pro contra, sintam-se a vontade! Eu sou uma droga nele da mesma forma que sou em qualquer jogo de luta, mas acho que consigo me divertir até perdendo nele.
Gente, é isso! Contem as histórias de vocês com Sonic the Fighters. Chegaram a ver na máquina? Chegaram a jogar? O que lembram?
Obrigado mais uma vez a todos pela leitura!
Nos vemos no próximo post!
Abraços
Esse jogo é muito zuado nunca joguei mas vi os gameplay da galera jogando.
HAHAHAHA Pô Rock, não é tão ruim assim este jogo, vai?
Ele só é… digamos… peculiar! kkkk
Valeu Rock!
Cadu esse game tinha no shopping perto de casa até os meados de 2010. E ele é originalzão mesmo! Cabine da SEGa e tudo mais! Ficou vários e vários lá em um canto! Acho que o único se interessava em olhar ele as vezes era euz hahahahaha!
Era um jogo muitooooo, mas muito estranho! Eu nunca conseguia visualizar o SONIC em um jogo de luta hahahahaha! Mas quando olha ele nesse game ficava com a cara assim O_O. Nunca joguei ele! Admito, mas sempre era curioso para ficar olhando ele e demo rodando lá no fliper.
Praticamente a mesma coisa que aconteceu comigo! hahahaahaha
Mas da hora, máquina original???? Da hora! Até o pior jogo do mundo deve ser legal de ver em Arcade original. Ah não, esquece, o pior jogo do mundo já tá numa geração que não tem Arcade! rs
E bota estranho nisso! Deveriam é pegar este jogo e hackear pra botar os personagens do Mario também. Aí que vai ficar mais estranho, mas pelo menos seria engraçado ver a galera se estapeando jogando ele pq é fã azul ou vermelho! kkkkk
Valeu Ivo!
Infelizmente ainda não cheguei a jogar esse jogo mas acho as músicas dele sensacionais.
O irônico foi a Sega americana desgostar desse jogo incrivelmente colorido e cartunesco por receio de associar violência ao personagem pra depois a série passar pelo Sonic Battle e o Shadow The Hedgehog.
Tá explicado pq vc gosta das músicas, vc não jogou! haha
Durante o gameplay é quase impossível prestar atenção.
Vou dar uma chance e escutar aleatoriamente a trilha sonora dele, valeu pela dica!
Agora, sim, não tinha parado pra pensar, mas quanta ironia. Isso, claro, se Shadow the Hedgehog existisse… não sei pq as pessoas insistem em dizer que este jogo existe, ele é só uma alucinação mundial… kkk
Valeu Emerson!
Pingback: Resultado da Enquete: Sonic favorito da Era Clássica | Gamer Caduco
Pingback: Meme – O Que Você Jogou em 2019? #OQVJ2019 | Gamer Caduco
Pingback: Resultado do Gamer Caduco Awards 2019 | Gamer Caduco
Pingback: Maratona Sonic: Sonic Battle (Game Boy Advance) | Gamer Caduco
Pingback: Maratona Sonic: Sonic Rivals (PSP) | Gamer Caduco
Pingback: Dez Anos de Maratona Sonic | Gamer Caduco