Maratona Sonic: Sonic Jam (Saturn)

Olá caríssimos leitores, todos de boa?

Enfim estamos entrando na Era Moderna da Maratona Sonic, com os jogos que foram lançados do Saturn em diante!

Começando com Sonic Jam, que no fim das contas é apenas uma coletânea de clássicos lançada para o primeiro console de CDs da empresa (lembrando que o SEGA CD é um Add On do Mega Drive e não um console propriamente dito) com direito a um mundo especial.

Antes de dar continuidade, quem preferir ouvir a versão em áudio deste post, basta dar play abaixo:

Sonic Jam foi lançado em Junho de 1997, praticamente comemorando o aniversário de 6 anos da franquia.

Além da versão de Saturn, também foi lançada uma conversão para a plataforma game.com da Tiger. Eu confesso que não sei nada sobre esta plataforma, um portátil monocromático ao qual eu sinceramente não dou a mínima e não vou explorar neste post.

Curioso que até a chegada desta coletânea na Maratona Sonic eu não fazia ideia do que se tratava Sonic Jam. No post de Sonic 3D Blast eu já disse que tive pouquíssimo contato com o Saturn, e a verdade é que eu só fui jogar o console depois da existência deste blog. Sim, acreditem, é verdade. Como diria o Tchulanguero lá do Vão Jogar!, que belo seguista fajuto que eu sou!

Antes de colocar o jogo no console eu parei pra ver do que se tratava e já comecei a baixar as minhas expectativas. Nunca tive experiência de jogatina realmente boa em coletâneas da franquia lançadas para outros consoles, então já previa o pior.

Ao ligar o console, já vi aquele logo todo bonitão do Sonic Team. Que metidos!

Logo em seguida uma abertura toda bacaninha, que logo é estragada por uma voz dizendo Sonic Jam de uma maneira que parece que o cara falou engasgado. Tudo bem, vamos em frente.

Entre as opções, foram apresentados os modos Game e Sonic World. Aí eu lembrei que lá no Vão Jogar! mesmo eu já havia visto um post do Somari falando que gostava de ficar passeando no tal do Sonic World. Não resisti e fui direto nele, ignorando totalmente a emulação dos clássicos presente no modo Game.

Dei um rolê despretensioso no mundo e achei tudo bem bacana, de fato o Somari tinha razão. Só não consegui me imaginar muito tempo nele, ou pelo menos não voltando depois de tempo. Coisa pra uma vez na vida e nunca mais.

Uma coisa me incomodou de cara: a câmera. Não é como se já não tivesse tido problemas com a câmera em jogos 3D do Sonic antes, mas aqui estou falando como a primeira vez que controlaria o ouriço em um mundo 3D de verdade. De verdade, Sonic Isométrico “3D” Blast, de verdade!

Bem, pra um jogo de 1997, a gente perdoa a câmera. Não muito, lembro de um tal de Super Mario 64 que já ditava a indústria de jogos em três dimensões e nem todo mundo se importava em tentar copiar. Com este problema superado mentalmente, vi uma espécie de guarda-chuva no chão girando e resolvi pisar nele. O jogo disse pra mim que eu tinha uma missão pra cumprir.

Dicas dos clássicos podem ser encontradas no Sonic World.

Sem entender muito bem o porque daquilo tudo, resolvi cumprir a missão. Quando menos esperava, já tinha cumprido cinco delas. Passou voando. Aí me dei conta de que aquilo era sim divertido! Um baita de um passatempo legal pra quem tá de boa. Basicamente é um mini mundo aberto 3D com mini games, e eu digo isso no sentido mais positivo possível.

Me dá raiva só passar pelo Tails e ver o jogo chamando ele de Miles. Dá vontade de tirar o CD e esfregar ele na parede até virar pó. Tudo bem, estou exagerando, mas precisava reclamar disso.

Dentro do mundo ainda existem algumas casas espalhadas, que são:

Character House: informações dos jogos e artworks dos protagonistas e vilões dos jogos;
Music Shop: músicas dos jogos presentes no Sonic Jam, exceto as do Sonic World;
Movie Theatre: contém alguns vídeos clássicos, como os presentes no Sonic CD, trailers, animações e comerciais japoneses;
Art Gallery: galeria de artes, como o nome já diz;
Hall of Game: história da franquia, curiosidades, datas de lançamentos, acontecimentos (por exemplo, o balão gigante do Sonic nos dias de Ação de Graças), entre outras coisas.

No mais, é isso. Legal poder ficar passeando por um mundo cumprindo objetivos ou somente vendo como as coisas são.

Reza a lenda que o Sonic World serviu de base para a construção do Sonic Adventure. Faz sentido. Mas ainda assim é melhor este Sonic World do que aquela porcaria de Adventure Field do Sonic Adventure, mas não vou colocar isto no post pois vou reclamar disso no post sobre o jogo, não se preocupem que logo menos isso acontecerá.

E não tem muito mais o que dizer. Acho que posso pular para o modo Game e dizer as impressões pra vocês.

Claro que eu coloquei Sonic 2 de primeira. O meu favorito!

De cara estranhei com as opções mostradas. Normal? Easy? Original? O que isso tudo significa? Sei lá, experimentei Normal e fui até o primeiro chefe, derrotando ele e com direito a coleta de somente duas Chaos Emeralds. Eu tava com pressa, somente testando, não me cobrem por isso. O fato é que eu não notei diferenças no modo, então fui pesquisar a respeito.

Easy transforma todo o jogo, removendo atos considerados difíceis em cada um dos jogos, reduz o número de pancadas que precisamos dar no Seu Barriga toda vez que ele chega na Vila Dr. Robotnik e ajusta a localização de alguns objetos na fase pra ajudar jogadores menos experientes.

Normal é como uma versão com bugs corrigidos do jogo original, além de algumas mudanças leves no layout das fases em relação ao jogo original. Por exemplo, há adição de plataformas na Chemical Plant Zone do Sonic 2 pro jogador não morrer afogado.

Mas esperem aí, isso não seria algo tipo o Easy? Pra mim, sim. Mas pros lugares onde eu li as informações, Normal é um modo intermediário entre o Easy e o Original. Ou seja, não é tão fácil quanto o Easy, menos fácil que o Original. Em outras palavras, é fácil pra caramba, pois o Original também é fácil. Vai entender.

Original é o jogo original, nada mais a acrescentar.

Também tem os modos de Time Trial e mais o Chaos Emerald Mode, que é basicamente jogar todos os Special Stages de cada jogo em sequência tentando obter as Esmeraldas do Caos.

Além de tudo isso, existe a possibilidade de desligar o Time Over que é dado quando o jogador fica mais de 10 minutos dentro de um Ato. Isso sim é uma adição bacana, mesmo que raramente isso aconteça nas jogatinas com os primeiros jogos da franquia.

Deixa eu falar aqui o que realmente dói nessas emulações.

Primeiro de tudo, a parte sonora. Pra começar, as músicas dão “soluços” quando há alguma troca. Por exemplo, ao pegar o power up de invencibilidade, existe uma pausa entre a música da fase e a música da invencibilidade. Aplique o mesmo pra música de chefe, pra quando conseguimos uma Chaos Emerald, etc. Pior, acontece até mesmo quando vai acelerar a música por conta dos speed shoes. Horrível.

É possível fazermos Lock On do Sonic & Knuckles com os outros jogos.

Outra coisa que incomoda é algo comum em lançamentos de outras coletâneas, como o Sonic the Hedgehog Genesis de Game Boy Advance: os efeitos sonoros não são totalmente idênticos aos jogos originais, eles sofrem uma leve distorção. Especialmente o som de obter argolas. Dá uma bela de uma broxada em quem é apaixonado pela franquia no Megão.

Fiquei sabendo através de estudos sobre a coletânea que a música do Super Sonic não está presente nos jogos. O que é um baita de um ponto negativo, na minha humilde opinião.

Isso tudo pode ser considerado frescura por muitos, então vamos atacar o que realmente importa: a jogabilidade. Pra começar, é muito comum dar uns slowdowns pesados nos jogos. É tão frequente que me desanimou de prosseguir, fiquei emburrado rapidinho.

A parte legal? Dá pra ligar o Spin Dash no Sonic 1. Justamente o que falta naquele jogo. Seria ótimo se os slowdowns não atrapalhassem tanto.

Sentiram falta de algo aqui no modo Normal do Sonic 3?

A outra parte legal? Sabem aquele tambor maldito do Sonic 3, na Carnival Night Zone? Ele foi completamente removido das versões Easy e Normal do jogo. Demorou alguns anos pra eles sacarem que a ideia foi péssima. Nem sei o que dizer.

Fico imaginando as pessoas que foram comprar esta coletânea na fúra, pensando em jogar os clássicos do Mega Drive no novíssimo Saturn que adquiriram na época, ainda mais que a SEGA não lançava nada da franquia pro console. Deve ter sido uma decepção tremenda. Ao mesmo tempo, fico imaginando também a diversão que as pessoas tiveram com o Sonic World, que não era nada de mais pra quem não gosta desse tipo de coisa, mas que é divertidíssimo pra quem não tem nenhuma frescura (desculpem aí a sinceridade).

Nada mais a declarar, gente. Acho que já falei o bastante pra uma coletânea.

Valeu a pena conhecer e recomendo que gastem um tempo conhecendo o Sonic World, se nunca tiveram experiência alguma com Sonic Jam. Vale uma tarde de domingo de descanso!

Contem a experiência de vocês com Sonic Jam, se tiveram o jogo na época ou se conheceram depois, como aconteceu comigo.

Agradeço por mais uma leitura e nos vemos no próximo post!

Grande abraço.

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Sobre Gamer Caduco

Apenas mais um cara que nasceu nos anos 80 e que desde que se conhece por gente curte muito videogames, não importa a geração.
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18 respostas a Maratona Sonic: Sonic Jam (Saturn)

  1. Claudio diz:

    Sonic foi o responsável por me fazer escolher o mega drive, achava demais os gráficos dos jogos e a jogabilidade rápida.

  2. Melhor coletânea do Sonic feita até hoje, tenho a versão japonesa deste jogo e sem dúvida é um dos itens da minha pequena coleção que tenho mais orgulho.

    Gostaria muito que a Sega voltasse a criar coletâneas assim, ao invés de apenas enfiar 50 jogos dentro de um disco, peguem uma série (Shining Force por favor !!) e coloquem manuais, comerciais, matérias, entrevistas, tudo que tiverem guardado que seja relacionado ao jogo.

    Obrigado por falar dessa coletânea maravilhosa 🙂

    • Eu não cheguei a ver se muda muita coisa da versão americana da japonesa.
      Mas enfim, não te incomoda as distorções de som que ocorrem nesta coletânea?
      Não que as outras coletâneas sejam melhores, eu sinceramente não experimentei todas ainda.
      Eu gostaria de uma coletânea assim nos dias de hoje também, mas não abriria mão das coletâneas maiores (múltiplas franquias) pra isso. Poderiam coexistir. Mas as específicas seriam interessantes. Todos os pontos que vc falou (e tem toda razão) são pontos fortíssimos para os fãs, e eu acredito que talvez fossem bons chamarizes para novos jogadores. Quando a coletânea é muito abrangente, acredito que as gerações mais novas não joguem pra valer, só ficam “zapeando” entre os jogos até morrerem e não se dedicam mais.
      Valeu Felipe!

      • Alguns efeitos sonoros incomodam, mas eles não são diferentes por erro de emulação e sim por escolha dos desenvolvedores, já que os jogos foram portados para o Saturn, logo consigo escuta-los numa boa.

        A versão japonesa não é diferente da americana, inclusive permite trocar o idioma do jogo nas opções, sendo perfeitamente jogável sem nenhuma dificuldade.

        Sim, concordo que ambos os tipos de coletâneas podem coexistir numa boa, relendo meu comentário dá a entender que não gosto desse tipo de coletânea, mas eu gosto sim, apenas gostaria que a sega voltasse a fazer algo com mais carinho para os fãs, algo que ela até tem feito com a série sega ages para o Switch, mas que inexplicavelmente ela deixa exclusivo lá, como se não houvessem fãs da sega com Xbox e Playstation.

        Valeu pela resposta Caduco ^_^

        • Ah, agora entendi. E, repetindo, eu concordo contigo, deveriam sim dar mais prioridade às coletâneas mais direcionadas e com mais bônus para os fãs. Também acho estranho não aparecerem as coisas nos outros dois consoles, ainda mais que nos anteriores (PS3 e X360) tinham clássicos pra caramba da SEGA. Vai entender.
          Valeu!

  3. aki é rock diz:

    Post bem interessante esse sobre Sonic Jam curti pra caramba algumas comparações feitas por você aqui.

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  9. Faz tempo que namoro esse coletânea e é muito bom saber desses desses detalhes todos que apenas um verdadeiro fã de Sonic conseguiria expor. Excelente como sempre! Boa Cadu!

    • Olha, vou te falar que a fanbase discorda desse “verdadeiro fã de Sonic”, eu sou um herege que não gosta de todos os jogos, mereço morrer queimado na fogueira de cópias de Sonic Forces que os jogadores de bom senso fizeram… kkkkkkkkkk
      Enfim, experimenta sim a coletânea algum dia, mas não use isso para julgar as versões originais dos jogos pq tem os detalhezinhos que comentei que podem ser um pouco decepcionantes, embora tenha algumas coisas bacanas sim.
      Valeu Jorge!

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