Olá caros leitores, como estão?
Prontos para mais um episódio da Maratona Sonic? Para fechar no ano de 2019 do blog, nada melhor que falar de um dos jogos mais aclamados de toda a série. O capítulo final, pelo menos até o momento, da saga Adventure. O último jogo do Sonic para o finado Dreamcast. Vamos nessa, falar sobre Sonic Adventure 2!
Antes de dar continuidade, quem preferir ouvir a versão em áudio deste post, basta dar play abaixo:
Antes de contar a experiência que tive com o jogo, vou dar alguns detalhes sobre ele.
O jogo foi desenvolvido pelo então chamado Sonic Team USA, que basicamente foi o nome dado à antiga divisão americana do Sonic Team. Foi publicado pela SEGA em 23 de Junho de 2001, comemorando o décimo aniversário do lançamento da franquia Sonic the Hedgehog.
Contanto com um time forte, contando com nomes como o diretor Takashi Iizuka, o produtor (e um dos pais do personagem) Yuji Naka e mais o compositor Jun Senoue (entre outros), o game foi um sucesso de crítica tanto da mídia especializada quanto dos jogadores. As notas variavam de 7 a 9.4 nas principais revistas, um grande fator convidativo para que os fãs do personagem botassem as mãos em um Dreamcast (se ainda não tivessem feito). Ou não, já que o console tinha sido anunciado como descontinuado antes mesmo do lançamento do jogo, no final de Março do mesmo ano. Vai entender as loucuras da SEGA daquela época.
Ele foi o último título que o Dreamcast recebeu. Uma pena que tenha demorado tanto para sair, muito embora eu acredite que isso não mudaria em nada a vida útil do aparelho. Os erros que culminaram no fim prematuro dele estavam muito além de sua biblioteca. No entanto, não pretendo discutir tudo isso neste post.
Para aqueles que queriam jogar Sonic Adventure 2 de qualquer forma surgiram outras opções. No final de 2001 uma nova versão com o título Sonic Adventure 2: Battle foi lançada no Japão para o, pasmem, Game Cube, console da rival Nintendo. Imagino que tenha sido um susto e tanto para muitos fãs. No resto do mundo o jogo foi chegar algum tempo depois, no ano seguinte.
Entre as novidades desta versão estão melhorias gráficas (texturas e mais polígonos), mais opções para multiplayer (embora tenha sido removido a opção de jogar online), entre outras coisas que sinceramente eu acho irrelevantes.
Convenhamos, o Game Cube também não foi uma plataforma que atingiu as maiorias. Então para aqueles que não tiveram nem o console da Nintendo e nem o da SEGA, a opção de jogar Sonic Adventure 2 veio somente em 2012, quando uma versão digital foi lançada para os consoles da época (Playstation 3 e Xbox 360) e para os PCs com Windows. A versão é basicamente a mesma lançada para o Game Cube, só que com gráficos em alta definição (HD). Diga-se de passagem, é a versão que tive a minha primeira e única experiência de fato com o jogo.
Para quem nunca jogou Sonic Adventure 2 e conhece o primeiro jogo, tudo é muito parecido, pelo menos do ponto de vista de mecânicas. Jogo de plataforma 3D com desafios diferentes para cada um dos personagens jogáveis. Só que muda um bocado no que diz respeito à estrutura do jogo em si.
Primeiro que foram removidos os Adventures Fields, para a minha alegria. Agora é fase atrás de fase, no máximo com cutscenes entre elas. Eu vibrei com isso, melhor decisão que o Sonic Team poderia ter tomado. Outra grande diferença é que agora a gente não escolhe mais um único personagem e confere toda a participação dele dentro da história. As fases são alternadas entre cada um dos personagens do time escolhido.
“Espera um pouco, como assim ‘time escolhido’, tio Caduco?”, indagou o perspicaz leitor. Calma lá, jovem amigo(a), eu explico.
Logo após escolhermos o Story Mode do jogo, é apresentado para optarmos entre duas campanhas: a Hero Story e a Dark Story. A primeira é composta pelo trio já mais do que conhecido de heróis da franquia: Sonic, Tails e o bicho rosa Knuckles. Já a Dark é composta pelos recém introduzidos Vegeta Shadow the Hedgehog e Rouge the Bat, além do maléfico Dr. Robotnik Eggman. Um time tentando salvar o mundo e o outro tentando conquistá-lo. Inclusive, este é o primeiro jogo onde controlamos o principal vilão da série.
Tanto a jogabilidade do Sonic quanto do Knuckles permanecem as mesmas do primeiro jogo. O ouriço deve passar por uma fase cheia de obstáculos em alta velocidade e enfrentar algumas batalhas contra chefes. Já o echidna precisa mais uma vez localizar pedaços da Master Emerald, aquelas fases chatas para caramba que eu odeio desde o primeiro jogo. No caso do time Dark a ideia é exatamente a mesma para as fases do Shadow e da Rouge, um corre (ou patina, eu acho, nunca entendi direito a movimentação dele) e a outra procura coisas.
Já em relação ao Tails, não temos mais fases de corrida competindo com seu melhor amigo, mas sim fases de tiro em terceira pessoa. São fases divertidas, com alguns desafios de plataforma também. Mesmo que muitas destas fases sejam resolvidas socando o dedo no botão de tiro alucinadamente, ainda é divertido. As fases do Dr. Eggman possuem a mesma jogabilidade, inclusive os dois chegam a se enfrentar em ambas as campanhas. Isso tudo além de lutas contra chefes também, para todos os personagens.
Na minha humilde opinião, como já adiantei, achei bacana que tiraram o Adventure Field e de certa forma eu gostei que a história é contada de forma linear. Claro, em cada uma das campanhas. A coisa fica menos confusa quando vamos acompanhar o plot. Encaixar não sei quantos personagens numa história só igual acontecia no primeiro Adventure jogando uma de cada vez dá um nó na cabeça. Acompanhar tudo isso de uma vez (em duas etapas, tudo bem) é bem mais interessante. Apesar que não achei que a história do jogo seja grandes coisas, para ser bem sincero.
Já que eu comecei a dar opinião aqui, permitam que eu conte um pouco melhor a minha experiência.
Como disse no post do primeiro Adventure, eu tinha conhecido o jogo lá em meados dos anos 2000 e pouco na casa de um amigo que pegou o Dreamcast emprestado. Não encostei no jogo, deixei pro futuro (inconscientemente, mas deixei). Sendo assim, aproveitei aquela promoção esperta da PSN pra pegar a versão de Playstation 3 do jogo e, em algum momento do passado, tentei jogar ele um pouco depois de experimentar Sonic Adventure DX.
Já contei no blog em outros posts da Maratona: Sonic Adventure 2 atacou minha Motion Sickness com muito mais força que o primeiro. Isso me afastou do jogo por muitos anos. Tentei começá-lo três vezes pelo que me recordo, larguei em todas. Normalmente logo após a primeira fase do Knuckles, que é a terceira do jogo na campanha do time de heróis.
Só que a Maratona foi avançando na linha do tempo da franquia e finalmente chegou nele e no título lançado antes dele (Sonic Shuffle). Vocês viram que eu não tive empolgação nenhuma com o “Sonic Party” no post que fiz sobre o jogo, então em paralelo eu resolvi começar Sonic Adventure 2. Decidi que jogaria um pouco por dia, nem que fosse uma fase por jogatina. Pelo menos era o plano inicial. É claro que eu parei de jogar após a terceira fase e voltei uma semana depois. Pelo menos não larguei, como nas outras vezes.
Preciso ser honesto com vocês: é muito difícil, para mim, avaliar este jogo com os olhos da época. Este texto aqui já é do velho Caduco de 2019, com os vícios e conhecimento de outros jogos da franquia que estão a frente na linha do tempo e outros jogos de plataforma (tanto 2D quanto 3D) e até de outros gêneros.
A resposta curta para a pergunta “Caduco, você gostou ou não do jogo?” é sim! Eu realmente gostei do jogo. Não acho que ele seja uma das maiores maravilhas da indústria dos jogos, mas ele é realmente bom por muitas razões. A resposta longa? Bem, basicamente são todos os parágrafos após este.
Antes eu preciso dizer que este foi o jogo da Maratona Sonic que eu fiz o maior número de anotações pré post até então. Eu praticamente anotava um conjunto de coisas a cada fase vencida. Isso me ajudou a ter um termômetro melhor de como foi a minha experiência de modo geral, diferentemente daquela que é totalmente baseada em memória e só nos faz lembrar das coisas muito boas ou muito ruins que vivenciamos ao longo da jogatina.
Já falei que a história não é lá grandes coisas. A maioria das anotações negativas que fiz a respeito das cutscenes são relacionadas aos diálogos bobos que acontecem entre os personagens, em especial as coisas que são ditas pela Amy. Ou os monólogos esquisitos que acontecem, especialmente o primeiro que o Tails faz. O curioso é que se avaliar por tudo que é dito por cada um deles, o mais centrado ali da galera toda é o Knuckles, que normalmente é sacaneado em outras mídias como o fortão descerebrado. Vai entender.
Se eu acharia estes diálogos bobos na época? Não sei. Sinceramente, não sei. A maioria deles é bastante infantil, então eu imagino que sim.
Não, sério. Imaginem a Amy sabendo de informações que o Sonic a pede para revelar. Ela diz que só revela se o Sonic se casar com ela. Ele nega. Ela conta mesmo assim. Tipo. Sério? Pra quê?
Ou então o primeiro diálogo entre o Sonic e o Shadow, um chamando o outro de fake, o outro respondendo que não existe comparação entre os dois, o outro fala que vai mostrar quem é. Tudo bem que este tipo de diálogo tá presente em diversos animes (se não for em todos), mas é um pouco ridículo.
Pior, tem até monólogos de vilão de novela das oito, tipo “eu vou colocar esta Chaos Emerald nesta máquina e dominarei o mundo”, seguido de risadas malignas e poses questionáveis. Além de, claro, narrar todos os movimentos (“pronto, coloquei a esmeralda, vou puxar esta alavanca e o mundo será meu”, qualquer coisa parecida com isso).
Aliás, os problemas dos diálogos não são apenas de contexto, mas técnicos também. Não sei ao certo se é um problema de versão HD, da versão Battle ou se isso já vem desde o original, mas cutscenes tem problemas sérios com os áudios. Algumas das falas dos personagens acabam sobrepondo outras em diversos momentos. Ainda há um outro problema: a música por muitas vezes fica mais alta que as falas dos personagens. Ou seja, o áudio tá muito mal masterizado de forma geral, o que não estraga a experiência, mas é bastante ridículo e incomoda um pouco sim.
Aproveitando, ainda falando de áudio, me incomoda um pouco a falta de feedback em alguns momentos, como ao atingir chefes e alguns tipos de inimigos. Em relação ao primeiro jogo, o feedback visual é bem melhor, mas ainda não tão bom, especialmente quando comparamos (injustamente, é verdade) com os jogos mais recentes da franquia. Mesmo assim, faltam os feedbacks sonoros. Provavelmente entra aqui o lance da visão do Caduco de 2019 versus a visão de alguém que jogou na época.
Talvez eu esteja resmungando muito e elogiando pouco, não? Permitam que eu vire o disco um pouco por aqui.
Começa que logo quando iniciamos o jogo somos colocados na famosíssima City Escape, com aquela sequência de prancha na descida, seguida de uma fase bem bacana e tudo isso somado àquela música contagiante. Não tem como não ficar empolgado logo de cara. Até quando eu conheci o jogo lá no começo ou metade dos anos 2000 eu fiquei meio boquiaberto.
Assistindo já impressiona, jogando é ainda melhor. As fases do Sonic (e do Shadow) são extremamente divertidas. Uma coisa que eu gosto muito nelas é o fato de não estarmos “presos” a um trilho. Aqui eu estou comparando (erroneamente, eu concordo se estiver pensando isso) com os jogos mais atuais da franquia, onde praticamente não temos como sair desses trilhos e cair nas bordas. Em Sonic Adventure 2, se você perder o controle do personagem e for pro buraco, vida perdida. Sem choro. Sem culpar o controle.
Ah, por falar em controles, eu senti que eles melhoraram muito em relação ao primeiro Sonic Adventure. Engraçado que eu não consigo dizer bem o porque, mas sinto que a física parece melhor e os controles respondem bem. O Homing Attack pelo menos pareceu melhor, embora ainda esteja muito longe dos jogos mais modernos, que implementaram aquela mira e tudo mais. Vocês podem até afirmar que a tal mira dos modernos é quase que pegar o jogador pela mão e ajudar ele a executar coisas dentro do jogo, mas é complicado quando você acha que está “mirando” em um inimigo no ar e ele só dá uma cambalhota a mais e vai parar no buraco. A mira e o som que faz nos jogos modernos são feedbacks que fazem muito a diferença, na minha humilde opinião. Eu sei, de novo estou “roubando” por estar comparando com jogos mais modernos. Vou tentar parar com isso.
Uma coisa específica da versão de Playstation 3 que me incomodou foi não terem alterado o jogo para customização de controles. Eu joguei uma boa parte do tempo com um DualShock 3 com um daqueles problemas bastante conhecidos pelos jogadores: o que ativa mais do que deveria quando pressionamos algo com muita força no controle (inclusive se pressionarmos no meio dele, sem apertar botão nenhum).
Toda vez que eu apertava de forma estabanada ou forte o controle ativava o L3, e este botão ficou mapeado por padrão para executar alguma ação especial, dependendo do personagem. Cansei de perder vidas por culpa do controle, até que resolvi tirar o outro da gaveta e descobrir que ele ainda estava bom. Isso foi acontecer depois de eu fazer algo que eu não fazia desde a adolescência: arremessar o controle no chão. Só que dessa vez eu atirei para quebrar mesmo. Coisas que a gente faz de cabeça quente, faz parte. Ou não. Devo buscar tratamento? Enfim, se pudéssemos desabilitar o L3, nada disso teria acontecido. Algo perdoável, mas precisava ser dito.
Quanto à física, uma coisa que eu percebi e não me lembro de ser tão boa no primeiro Sonic Adventure é quando transformamos o personagem em “bolinha” em uma descida: a velocidade aumenta de forma bem parecida com a que vemos nos jogos de Mega Drive. É como se de fato fosse uma adaptação bem feita do movimento do personagem em um mundo 3D.
A física não é perfeita em todos os momentos, mas eu não vou listar os problemas que eu notei porque acredito que não eram problemas na época. Preciso dizer que fica difícil a gente avaliar qualquer coisa de física depois de ver Breath of the Wild.
Uma coisa que é sim problemática no jogo, já que existiam jogos que não sofriam tanto deste mal (e outros que sofriam bastante também) é a câmera. Senti uma certa evolução em relação ao primeiro jogo sim, só que ela ainda causa muitos problemas. Vira e mexe a gente perde uma vida ou não alcança determinada região da fase porque a câmera resolveu se movimentar sozinha na pior hora possível.
Ainda assim, talvez eu prefira mil vezes passar por isso do que jogos presos à trilhos. Só é complicado porque ativa fortemente a minha Motion Sickness. Imagina ter problema disso e aturar várias viradas bruscas de câmera que você não está esperando. Alguém me traz um balde, por favor!
Gostei, inclusive, de ver uma fase onde temos alguns “mini planetas” no espaço, cada qual com a sua gravidade. Achei que isso tinha sido uma das coisas inovadoras de Super Mario Galaxy, mas não era. Fiquei realmente surpreso. Óbvio que o jogo do encanador trata isso de forma melhor, embora aqui também se aplique aquele lance de jogos mais modernos, melhores técnicas e tudo mais.
Como disse, as fases do Sonic e do Shadow são bastante divertidas, mesmo nos momentos em que parece que o jogo está se jogando sozinho. É uma tendência que ficou mais forte nos jogos 3D mais modernos da franquia, e que aparentemente começaram aqui. São poucos momentos, pelo menos. Porém, os percebemos ao longo da jogatina.
Já as fases do Tails e Robotnik são aquela maluquice de atirar para tudo quanto é lado e torcer pra não cair em buracos. Dificilmente a gente perde vidas de outras maneiras. Inclusive, a maior parte das vidas que perdi foram mudanças abruptas de câmera que me colocaram em apuros. As únicas coisas estranhas que eu achei foram os pulinhos do robô no fim da fase (comemorando) e o fato do Robotnik Eggman salvar bichinhos pra colocar na Chao World. Tudo bem, a gente releva.
Por fim, as fases do Knuckles e da Rouge não consigo entrar elogios, eu definitivamente não gosto delas. E olha que os caras se esforçaram pra colocar coisas além do básico “procure aleatoriamente o que você precisa achar e confie no radar maluco do jogo”. Incluíram alguns quebra-cabeças no meio, tornaram sim a coisa um pouco mais interessante. Ou menos chata. Você escolhe.
Outra coisa que para mim foi incômoda é o fato do jogo parecer dar maior foco nos amiguinhos do Sonic do que no personagem principal. É um tal de alternar fases do Tails e Knuckles (ou Rouge e Dr. Eggman) depois das primeiras quatro fases de cada modo que chega a cansar. Entendo que a ideia do jogo é ser basicamente três jogos em um (em termos de mecânicas e gameplay), mas poderiam balancear isso melhor. A cereja do bolo fica pro fim, quando aparece uma grande sequência de fases (com chefes) do Sonic (ou Shadow). Só que estas são as fases mais divertidas, de longe. Porque não focaram nelas eu não faço ideia.
Apesar que é um lance meio que de impressão, pois se contabilizarmos as fases de cada um, Sonic é o personagem com mais fases no total (seis); Tails, Knuckles, Eggman e Rouge logo em seguida (cinco fases cada); e o coitado do Shadow fica por último na quantidade (apenas quatro). Talvez a forma como a sequência ocorre que acaba dando uma impressão ruim.
Algo que eu não estava esperando e me deixou feliz da vida foi a fase de corrida, onde precisamos perseguir a limousine do presidente. Achei sensacional tudo nesta fase, é super divertida. Poderiam trocar o Knuckles por ela.
Na hora que eu joguei esta fase eu fiquei resmungando o fato de estarmos atrás do presidente. Aquela minha paranoia de interação dos personagens com humanos começou a bater forte de novo, igual aconteceu quando joguei Sonic Adventure DX. Algum tempo depois, uma das plataformas de streaming de vídeos que não patrocina este blog a Netflix disponibilizou a série Sonic X, que eu comecei a assistir cheio de preconceitos e logo eles sumiram. Se quiserem eu falo sobre ela algum dia aqui. Contudo, o ponto é que eu não sabia que esta série estava diretamente relacionada com os dois Sonic Adventure, que nela explica que os personagens foram parar na Terra e tudo mais. Ainda tenho uma série de questionamentos sobre isso, mas a bronca da interação em si começou a diminuir.
Não, calma! Tem uma coisa que me incomoda sim. O Shadow é apaixonado por uma humana (Maria). E vocês aí, fãs de Sonic Adventure, metendo o pau no Sonic 2006! Sintam-se envergonhados! Eu me sinto pelos dois jogos. Vergonha alheia total. Caramba, Sonic Team!
Ah, outra coisa bem legal. Diferentemente do que aconteceu em Sonic Adventure, a presença do Big the Cat em Sonic Adventure 2 é muito bacana. Ele fica escondido nas fases, é basicamente um cameo. E sempre tá mais ou menos bem escondido, então eu sempre abria um sorrisão e falava um “olha ele ali” quando o encontrava. Tipo de coisa boba dentro do jogo que dá um gostinho a mais. E bem diferente do “vou ter que jogar as fases desse gato pescador mesmo pra ver o Super Sonic?”.
Diferente também do que acontece com o tal do Chao World dentro do jogo. Achei este troço totalmente desnecessário, não vi graça nenhuma. E me incomodou bastante o jogo ficar me colocando nele a cada intervalo de fases. Deveriam ter colocado um menu ali “Quer ir para o Chao World?”, com a resposta padrão no “Não”. Pior que depois eu soube que tem a ver com um item que você encontra na fase, mas fazer o quê? Eu queria achar tudo.
Triste era entrar no Chao World com o Dr. Eggman. Em uma das vezes eu resolvi ver o que aconteceria, pra ver se com ele a coisa seria diferente. Mas não, imaginem vocês que ridículo ele fazendo carinho nos bichinhos, alimentando eles, etc. Super fofo para o vilão que só quer dominar a coisa toda.

“Olha lá eu no Chaos World de novo. Sai sai sai sai sai… aí, saiu”. Monólogos similares do velho Caduco aqui ocorreram aos montes.
Pior que isso só a lista de troféus que estão disponíveis nas versões HD do jogo. Sério, é um troféu pior que o outro. Não dá a menor vontade de tentá-los. A maioria está ligada a mini games, como as corridas de carro, as Boss Battles com Time Attack que abrem quando terminamos o jogo, além das tranqueiras dos mini games chatos do Chao World. Eu me recuso a falar deles, na boa. Só digo que a única vez que tentei assistir uma corrida lá até o meu cachorro ficou bravo e começou a rosnar e latir (por causa do barulho chato que faz durante a corrida). Até filmei, mas vou poupar vocês disso. Até porque eu falo alguns palavrões pro meu amiguinho que está perdendo a corrida na tela.
Falando na versão HD, engraçado foi no meio da história do Dark Team receber uma mensagem do jogo dizendo “You have unlocked a new reward, log into PlayStation Home and check your wardrobe to try it out”. Eu não faço a menor ideia do que foi que aconteceu, e nem fiz questão de saber. Ignorei e segui jogando. A tradução eu entendi, não precisam se preocupar.
Quase ia me esquecendo de alguns outros detalhes técnicos. A começar pelos gráficos, que é um aspecto mais uma vez difícil de avaliar, já que joguei a versão HD do jogo, como aconteceu com o primeiro Sonic Adventure. Comparar com jogos de Playstation 3 chega a ser sacanagem, mas novamente fiquei com a sensação que esta versão cumpre bem o papel, não agride os olhos em nenhum momento. Algumas animações bem específicas me incomodam, como o Sonic andando para um lado e para o outro dentro da cadeia meio que se alongando e tudo mais, ficou algo meio artificial. Mas, convenhamos, o jogo é de 2001, estou sendo exigente demais.
Tem também umas batalhas contra chefes que eu não entendi nada, mas passei mesmo assim. Tipo a luta entre o Knuckles e a Rouge. É super confusa. Ou a que acontece entre o Sonic e o Shadow, que do nada as coisas funcionam em um momento e no momento seguinte dão muito errado. Totalmente instável. Não chegaram a me tirar do sério, mas são coisas que eu achei melhor mencionar.
Outra coisinha meio boba que achei legal foi que o jogo meio que mostra uma propaganda da Dark Story quando terminamos a Hero Story. E quando terminamos as duas histórias, também mostra uma propaganda do Last Story, o terceiro modo que é desbloqueado e serve como fechamento da aventura. As fases deste modo são bem bacanas, mistura todos os personagens, mas faz de forma bacana. Nada de procurar coisas com o Knuckles e a Rouge, mas sim resolver quebra-cabeças. Deveria ter sido assim nos outros modos também.

À esquerda a propaganda do Dark Mode; à direita a propaganda do Last Episode. O logo central aparece nas duas.
A última fase mostra os ouriços nas suas formas Super, com os poderes das Chaos Emeralds. Para salvar a Terra da destruição. É uma batalha divertida e toda a cena em volta é bacana também. Momento épico. Fechou com chave de ouro o jogo!
Para finalizar, uma coisa que eu não cheguei a fazer e fiquei sabendo instantes antes de concluir este texto é a existência de uma fase extra no jogo, que é a Green Hill. Sim, é o que estão pensando mesmo, uma versão 3D da clássica fase do primeiro Sonic the Hedgehog de Mega Drive, com o mesmo background, mesmos inimigos e design bem parecido. Vou colocar algumas imagens para vocês entenderem melhor.
Depois de passar por tudo isso, o que eu posso dizer a vocês é que Sonic Adventure 2 está longe de ser um jogo perfeito, e mesmo assim é um ótimo jogo por ser muito divertido. Uma pena que a Cinetose que eu sofro atrapalhou um pouco, mas valeu a pena fazer um esforço para ir até o fim.
Lembram que eu falei no post de Sonic Pocket Adventure que eu preferia um segundo episódio dele ao invés de Sonic Adventure 3? Talvez eu tenha exagerado um pouco. Quero sim um terceiro episódio da série Adventure a partir de agora. Penso que se souberem fazer uma mistura bem feita entre boa parte das características dos Adventure que falei neste post com diversas melhorias técnicas que existem nos jogos atuais, é bem capaz que o jogo seja bem recepcionado por críticos e jogadores, exceto, claro, aqueles que só enxergam os jogos 2D do personagem. Com eles não tem o que fazer, o preconceito já está instalado e pra tirar isso deles vai precisar de mais do que os poderes das Chaos Emeralds.
Com isso, encerro o post! Encerro também os posts de 2019!
Sendo assim, desejo a todos Feliz Natal e Feliz 2020!
Primeiro post do ano que vem eu conto tudo que joguei este ano. Depois dele, confesso que vai demorar um bocado para vir o próximo. Estou direcionando meu tempo para outras prioridades, importantíssimas pra vida pessoal e profissional.
Obrigado a todos pela leitura de mais um texto!
Nos vemos em 2020!
Abraços!
O Adventure 2 eu conheci numa locadora-casa de jogos, e por isso não aguentava as fases do Tails e do Knuckles comendo meu tempo de jogo! Eu nem chegava a testar o modo Dark direito porque já começava com o Eggman, e também incomoda essa mudança que fizeram no radar das fases do Knuckles para ele só detectar os alvos numa ordem só.
Só fui jogar de verdade quando comprei ele uma década depois numa promoção da Steam, e aí pude aproveitar as duas campanhas. O problema é nesse ponto eu também já não tinha interesse no Chao Garden… Quando eu era jovem eu tinha o Sonic Advance 1 e tinha maximizado os atributos do bichinho no jogo. Eu curtia esse bichinho virtual e até imprimia alguns papercrafts do site da série, mas não tinha nenhum dos dois Adventures no meu Game Cube para aproveitar direito o negócio. Irônico, não?
E um feliz fim de ano pra você também!
Nossa, se eu já não gostei do intercalar de fases jogando em casa de boa no meu tempo, imagino vc na época dentro de uma locadora pirando de ódio! haha! Que tenso!
Irônico é pouco pro lance dos Chao Garden. Vai entender pq a gente cresce e fica sem paciência pra ele, aliás. Mas enfim. O que me mata é não poder jogar a Green Hill. Chegou a abrir?
Valeu!
Não joguei o segundo jogo do Sonic para o Dreamcast mas pelo que li aqui do seu post Caduco não perdi muita coisa então quem sabe eu jogue algum dia pra ver as coisas boas que deve ter este jogo. Boas festas pra vc e sua família kra.
Bom, coisas boas ele tem, mas tem que suportar as não tão boas assim. Curiosamente, isso é meio padrão em jogos modernos do Sonic, mas este por alguma razão não sofre as críticas que os outros sofrem. Tô pra entender pq… haha!
Valeu!
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Ahhh! Você gostou do Adventure 2 né! Te falei que ele não era ruim e todos do Retroplayers sempre viraram os olhos quando falava isso. Eu sempre gostei dele mais do que o 1 na verdade, tirando algumas chatices que comentou o jogo em si é muito bom.
A galera não gosta pq esse negócio 3D acabou com o Sega-Sonic-Seguismo dos Sonic anteriores em 2D. Eu joguei na época pegando emprestado um Dreamcast bixado que tinha que jogar com ele aberto para funcionar hahahhaha! Vai imaginando! E o jogo travava direto por causa do leitor e tinha que fazer 1000 coisas para ele rodar direitinho.
Mas joguei ele até o fim e me lembro até hoje que gostei muito.
Bom saber mesmo que você gostou do SONIC R e do Adventure 2.
Tirando o Sonic Mania foram os dois últimos Sonics que joguei de verdade.
Grande Abraço.
Att
Ivo.
Ahhh eu revirei os olhos também, mano. As primeiras experiências que tive com o jogo não foram legais. Agora joguei com a mente mais aberta e ele me divertiu sim, embora ele sim me dê Motion Sickness e tenha umas fases bem chatas. Na maior parte do tempo ele é divertido e eu reconheço isso, não é igual outros jogos que te fazem sofrer muito pra vc ter alguns poucos momentos de prazer (esses vão aparecer na Maratona, aguarde! haha).
Cara, esse jogo é pesado! Em um Dreamcast bixado deve ter sido um puta trauma, mas dá pra entender o quanto vc gosta do jogo se vc se esforçou tanto pra fazer ele funcionar. Eu acho que eu não faria esse esforço todo na época não… rs.
Depois dá uma atenção para outros jogos da franquia que ainda tem coisa que vale a pena. Os Advance, que eu já sei que vc não jogou, por exemplo.
Nenhum deles ganha de Sonic Mania, mas enfim, vc vai se divertir também! rs
Valeu Ivo!
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