Polemicaducas e os Ditadores de Regras

Olá caros leitores! Espero que estejam bem!

Quem nunca se deparou com pessoas que adoram ditar regras para as coisas? “Você tem que trabalhar assim”, “você tem que fazer desse jeito”, “você não pode fazer aquilo”, entre várias outras “imposições” que não estão descritas em lei nenhuma, mas as pessoas se acham no direito de sair inventando e impondo pra todo mundo.

Não se trata de anarquia da minha parte, nem falta de bom senso nem nada assim. Estou falando de situações onde não há um consenso e muito menos uma imposição feita por um grupo, instituição, comunidade ou qualquer coisa similar que de tenha criado e/ou mantém um conjunto de leis ou regras gerais que devem ser seguidas, mas sim coisas inventadas por aqueles que fazem parte de uma “tribo” e falam mais do que deveriam.

Este tipo de coisa na vida já é bem chato de lidar quando estamos tratando de assuntos sérios. Porém, quando o assunto é entretenimento no geral, ao meu ver a coisa é ainda pior. Convenhamos que estes assuntos nunca deveriam gerar nenhum tipo de estresse, cada um deveria consumir da forma como achar melhor o tal entretenimento, seja ele qual for. Sem ficar se importando com a forma que as outras pessoas fazem.

Como este é um blog onde o assunto principal são os jogos eletrônicos, gostaria de escrever algumas palavras sobre aquela galera xarope das ideias que adora criar regras para outros jogadores dentro do mundo dos videogames.

Desde que eu era moleque, ouço (e leio) muito outros jogadores tentando ditar uma porção de regras ligadas aos videogames que muitas vezes não fazem o menor sentido.

O pior é tudo é que o tempo passou e eu continuo vendo este tipo de comportamento. Não só por parte das crianças e adolescentes, que é algo ruim, mas compreensível. O grande problema é que isso é feito por muitos adultos também. Aliás, muito mais por parte deles. Pelo menos é esta impressão que eu tenho, embora eu deva mencionar que eu hoje tenho mais contato com adultos do que crianças, então pode ser que a minha percepção esteja equivocada (como se eu estivesse em uma “bolha de adultos”).

 

Relembrando alguns casos da infância, era comum escutar nos fliperamas coisas do tipo “tem que terminar com uma ficha”, ou então em discussões na escola sobre consoles escutar algo como “não pode usar Continue”, ou então “tem que terminar no Hard”. Os exemplos são inúmeros.

Essas frases “tem que” muitas vezes eram ditas de outra forma, como a variação “até eu”. Por exemplo, “com Continue infinito até eu”, “usando [insira o o nome de um item do jogo aqui] até eu” ou então “com detonado de revista até eu”. Frase que no começo da Internet evoluiu para “com walkthrough até eu” e hoje em dia está mais para “com YouTube até eu”.

Normalmente estas regras são usadas para tentar diminuir uma façanha, para que a pessoa que está ditando a regra se mostre superior de alguma forma: ou por ter conseguido algo mais difícil de se alcançar; ou porque estava com inveja mesmo e inventava história só pra parecer melhor. E pensar que em muitas dessas vezes as histórias eram mentira e eu acreditava inocentemente.

Curioso que os caras que conseguiam as façanhas mais legais eram os que menos ditavam regras para os outros, até onde me lembro. Normalmente eles só contavam o caso, como por exemplo “consigo terminar este jogo sem morrer”. Coisas que eram ditas de uma forma que não soava como se quisesse diminuir a façanha do outro, mas sim compartilhar a própria façanha que normalmente era algo notável e algo da própria pessoa, não impondo que o outro precisa fazer igual.

Eu vou continuar sempre batendo na tecla que videogame em single player não é uma competição entre jogadores. A não ser que tenha sido estabelecido uma, como os campeonatos que as empresas faziam nos anos 90 (especialmente nos outros países). No mais, é entretenimento puro. Ou lazer, ou mesmo diversão, como queiram chamar. Lembrando aqui mais uma vez que entretenimento é algo abrangente, e não é só aquilo que te diverte ou te faz rir/sorrir. Digo isso antes que apareça o tal ditador que fala que só joga coisa que faz ele chorar e que o resto não presta. Caso real, infelizmente.

Gente, pra começo de conversa, a pessoa joga da forma como ela quiser. Se ela quiser jogar no Easy só pra ver a história do jogo, que seja assim. Se ela quer jogar no Hard porque adora um desafio, manda ver também. Sinta-se livre para desfrutar dos jogos da forma como bem entender e pare de achar que porque você prefere isso ou aquilo, os demais jogadores devem seguir pelo mesmo caminho.

Ainda mais nos dias de hoje que existem jogos para todos os públicos, opção para cada perfil é o que não falta. Aliás, ainda neste tópico, também é importante frisar que adaptar um jogo de um nicho para outros não funciona. Não adianta ficar militando que todo jogo deve ter determinada feature. Tem jogos que não foram pensados pra ter certas funcionalidades e cabe à pessoa aceitar e não jogar, se não for da vontade dela. Pode parecer que eu estou fugindo do tópico, mas não estou. Não dá mais pra aceitar as pessoas ditando regras pra jogos só porque elas querem que seja do jeito delas.

Vamos lembrar que quem cria as regras de um determinado jogo é o time responsável pelo jogo: os produtores, designers, programadores, artistas, etc. Então vamos supor aqui. Se eles criam um jogo para ser desafiador, nem sempre faz sentido o jogo ter um modo fácil. Se eles criam um jogo para ser baseado em uma história e sem dificuldade, também não faz sentido cobrar isso do jogo. Mesma coisa para jogos curtos ou longos, realistas ou fantasiosos, entre tantas outras características. O jogador tem que saber do que ele gosta e procurar jogos que se encaixem neste perfil, ao invés de ficar militando que jogos diferentes do gosto dele não deveriam existir. Ninguém é obrigado a atender todos os públicos. Aliás, criar algo pensando em agradar a todos tem grandes chances de virar algo que não agrada a ninguém.

Voltando ao tal comportamento do “tem que” ou “até eu”, é importante ressaltar que isso tem a tendência de afastar os jogadores, não de desafiá-los ou qualquer coisa similar. O afastamento às vezes pode não ser dos jogos em si, mas de você. Quem que vai querer ficar falando com o “fodão dos videogames”, quando só estava afim mesmo era de compartilhar a experiência que teve? Não vejo vantagem nenhuma nisso. É um comportamento tóxico, como tanto outros dentro da comunidade.

Além de tóxico, muitas vezes é também hipócrita. Tem muita gente que usa as regras de forma seletiva: elas funcionam para os outros, mas não para elas mesmas em todos os casos.

Por exemplo: já vi quem diz que não pode usar determinado tipo de coisa num jogo, mas em outros que ela acaba passando por algum tipo de dificuldade e a situação é exatamente igual, ela usa a famosa frase “se tá no jogo, é para usar”.

Ou então ela consegue, por exemplo, terminar um determinado jogo sem usar Continues e o outro não. A regra se aplica ao que ela conseguiu, mas ao outro não e tá tudo bem. Enquanto isso se aplica apenas à própria pessoa, realmente tá tudo bem. Mas quando ela começa a fazer barulho dizendo que os outros também precisam terminar o tal primeiro jogo sem Continues, aí passa a não fazer sentido mais.

Tem também o famoso “tem que terminar em uma sentada só”. Já ouvi isso de pessoas que já admitiram que deixavam o console ligado de madrugada e iam dormir pra continuar jogando no dia seguinte sem ter que passar por tudo de novo. Que raio de sentada só é essa? Não saiu da cama? Dormiu no sofá sentado? Ou foi a regra que mudou quando se aplicou à pessoa? Totalmente suspeito.

Curioso também que existem pessoas que adoram inventar regras para os outros nos dias de hoje que elas não faziam quando eram crianças. Lá em meados dos anos 80 ou 90, faziam um carnaval de coisas que hoje elas chamam de “trapaça” (ou cheat, usando o termo da moda). Acaba virando uma situação de “faça o que eu ordeno, mas não faça o que eu fazia”, pensando aqui em uma adaptação do dito popular (“faça o que digo, mas não faça o que eu faço”).

O mais engraçado é que se elas descobrem que você fez algo que acabe violando as regras delas, você será punido(a) pelos militantes e sua “carteirinha gamer” será cassada (sim, “cassada”, não “caçada”).

Antes que alguém pergunte: não, eu não vou falar de Save States aqui hoje, vou guardar para um post específico. Mesmo assim, permitam que eu entre em outras situações de regras impostas pelos ditadores. Vocês vão identificar um certo padrão.

Para ser “fã de verdade” de uma determinada plataforma, é obrigatório que você tenha jogado (e de preferência terminado) um conjunto de jogos que são essenciais. Se não fez isso, você não é fã de verdade.

Para ser “fã de verdade” de uma plataforma, você deve obrigatoriamente odiar a plataforma rival. Exemplo: odiar Xbox se for fã de PlayStation e vice-versa. Ou odiar consoles se for jogador de PC. Tudo isso já começa errado, por parecer que só existem estas plataformas no mercado. Continua errado porque cada plataforma possui suas vantagens e desvantagens em relação aos concorrentes. Aqui vale uma observação: neste caso eu admito que já fui assim, já que nos anos 90 eu defendia a SEGA em todas as discussões. Mas o curioso é que eu vivia enfiado na casa dos amigos pra jogar Super Nintendo e Nintendo 64. Ou seja, estou falando isso com conhecimento de causa do adolescente hipócrita que fui. Só que aí tem este detalhe, né? Eu fazia isso na adolescência. De novo, é ruim, mas é compreensível. Depois de certa idade passei a fazer isso de zoeira.

Entretanto, o que vejo hoje em dia é uma situação bem diferente, onde você não pode, por exemplo, falar bem de uma determinada plataforma rival em grupo de mensagens por nenhuma razão, com risco de ser banido do grupo. Vi acontecer e não foram poucas vezes. Sem falar que é grupo de gente que tá na casa dos 30 anos ou já passou disso faz tempo, não faz o menor sentido. Chega a ser patético, como se o rival não tivesse nada de bom e, pior, como se concorrência não fosse benéfico até pra tal amada plataforma dos cidadãos do grupo. Lembrando que tá tudo bem ter as suas preferências e não gostar de uma plataforma rival por qualquer razão que seja, mas não dá mais pra aguentar radicalismos, né?

A Guerra dos Consoles "de verdade"

A Guerra dos Consoles “de verdade”

Muitas vezes isso se estende também para jogos rivais, como FIFA e PES, Call of Duty e Battlefield, entre outros. Até Mario e Sonic, mesmo que os jogos sejam tão diferentes entre si e que todo mundo saiba que Sonic é muito melhor.

Por falar nisso, os ditos “gamers de verdade” precisam, acima de tudo, odiar jogos populares. Não pode gostar de FIFA ou PES, ou mesmo Battlefield ou Call of Duty. Free Fire? Nem pensar. Among Us? “Modinha, sai fora, isso é pra gamer casual”.

Aliás, futebol nem é videogame “de verdade”, né? Pelo menos é o que alguns gostam de pregar. É um dos “grandes mandamentos” dos videogames. E pensar que são estes jogos mais populares que aumentam ainda mais as vendas das plataformas que eles jogam e tanto defendem. São estes jogos que fazem a indústria ser mais rentável que a indústria de filmes e ser motivo de orgulho de todos estes mesmos jogadores. Coisas que tornam tudo ainda mais engraçado de se ver. Ou lamentável. Deixo a critério do leitor.

Tudo isso é bem ridículo. Repararam qual é a grande coincidência aí dos casos? Acertou quem respondeu o tal do “de verdade”. “Fã de verdade”, “gamer de verdade”, “videogame de verdade”. Não dá pra entender um negócio desses. É a famosa insegurança que faz as pessoas passarem por este papel ridículo de tentar se diferenciar dos demais de forma artificial e/ou forçada.

Tudo isso me lembrou outra polêmica discutida aqui, a de compra de troféus de platina. Na cabeça de alguns jogadores você só é “gamer de verdade” se tiver uma determinada quantidade de troféus deste tipo, ou então determinado nível (PSN) ou uma quantidade X de pontos (Xbox Live). Mais uma prova de uma comunidade tóxica e elitista, que deveria ser mais receptiva para novas pessoas e fazem exatamente o oposto. Falei no post em questão e repito agora, é por isso que o termo “gamer” virou chacota aqui no Brasil. Talvez em outros lugares também.

Por falar nisso, também tem o lance da regra dos hipsters, que não aceitam ser chamados de “gamers”. Quem não quer ser rotulado, que não utilize o termo para chacotear os outros. O termo vale para todos. Ou seja, quem joga videogame é gamer! Pode ser a vó, a tia, o hipster, o “fera” no Call of Duty, o Pro Gamer, o pai no PC jogando paciência (agora é no celular, né?), o panaca que fica escrevendo um monte de texto sobre Sonic no blog dele, todo mundo. Sabem o que não é gamer? Cadeira, monitor, entre outros acessórios. Mas isso é papo pra um outro post.

Querem mais regras? Eu dito mais regras aqui pra vocês. Quem não seguir tá fora do clubinho.

Não, não estas regras.

Jogo de celular não é videogame “de verdade”. Claro que não, nós precisamos nos diferenciar de nossas tias.

Colecionar jogos? Que absurdo! Aposto que você só coleciona pra deixar parado na prateleira e não jogou nem metade destes jogos aí. Isto é um ultraje! Mas eu posso sim manter a minha biblioteca do Steam recheada de jogos, sendo que eu não joguei nem 10% deles. Claro, afinal de contas, as regras se aplicam a vocês, não a mim.

Se você é brasileiro e gosta da Nintendo, você é trouxa. A Nintendo odeia o Brasil e os brasileiros, então nós temos que odiá-la de volta. Além de odiar a empresa devemos amar a Sony ou a Microsoft, pois isso nos torna gamers descolados e “de verdade”.

E você, que gosta de jogos antigos, é um retrogamer “de verdade”? Então você não pode em hipótese alguma gostar de jogos da geração atual, sejam quais forem. Só pode jogar estes jogos depois de 10 anos ou mais, só assim eles se tornam valiosos para a comunidade (ou melhor, para aquele famoso site de vendas de coisas). Sim, porque jogos são como bebidas alcoólicas, precisam ficar envelhecendo em cases de plástico. Mas não em nossos armários, porque nós não somos aqueles malditos colecionadores.

Retrogamer “de verdade” mesmo é aquele que joga os games mais desafiadores e os termina. Sem gastar Continues.

Sem falar que é obrigatório que os jogos retrô sejam jogados em suas plataformas originais. Nada de emular, hein? Quem faz diferente disso é poser.

Já os geeks apaixonados por tecnologia de forma alguma podem falar bem de jogos antigos. Como assim falar alguma coisa positiva daqueles gráficos zoados? Nem pensar! E aquelas fórmulas de jogos batidas? Péssimo game design, não sei nem como as pessoas jogavam estas porcarias na época.

Se você é um gamer intelectual de verdade, você deve jogar apenas jogos artísticos, recheados de conteúdos obscuros, abstratos, complexos, profundos, e que normalmente te fazem chorar. Isso é arte de verdade. O resto é lixo. Se você não jogar apenas estes jogos que te passam conteúdo artístico, ou político ou que te faz pensar, você nem merece ser ouvido.

É cada uma, viu? Se vocês não sentiram a ironia nas regras acima, vocês precisam rever os conceitos de vocês. Ops, acho que eu ditei uma regra.

Pessoas, mandem esta galera aí para aquele lugar, na boa. Principalmente se o ditador for eu, pois eu realmente detesto soar babaca e evito isso de todas as formas. Porém, como sou humano e também estou sujeito a falhas, pode acontecer. Com certeza acontece. Deve ter acontecido bastante nos últimos anos.

O pior de tudo é que este post é quase uma compilação de pontos que eu adoraria abordar na seção Polemicaducas. Percebi que alguns deles não renderia um post inteiro, então faz mais sentido juntar tudo e afirmar que não dá mais para aceitar regrinha de jogador que está frustrado com a vida por qualquer que seja o motivo e fica descontando nos outros.

Um dos casos que eu mencionei e ainda vou abordar de forma mais específica é a famosa lenda de que a Nintendo odeia o Brasil e que o jogador brasileiro deve odiá-la de volta. Esta é uma das maiores falácias dos tempos atuais dentro do assunto videogame. Tá na ponta da língua de muitos jogadores, até mesmo dos ditos especialistas da Internet.

Outro tipo de caso que ainda não abordei aqui (e talvez ganhe um post separado também) é o famoso “fã de verdade de Sonic”. Pois é, acharam que eu ia deixar Sonic de fora deste post? Claro que não!

Vou pedir a ajuda de vocês com os casos abaixo, quem será está certo?

O “fã de verdade” que “sabe” que os verdadeiros jogos do ouriço são os lançados para Mega Drive, que o resto é lixo e quem gosta deles não é fã;

Ou seriam os “fãs de verdade” que “devem” gostar de todos os jogos do ouriço sem questionamentos, e quem critica os jogos não é verdadeiramente fã.

Que decisão difícil, né? Claro que nenhum dos dois!

Primeiro questionamento que eu faço é: como é que ficam as pessoas que não estão nestes extremos, mas sim no meio do caminho? Tipo eu, diga-se de passagem. Como podemos classificar? Continuaremos sendo odiado pelos dois grupos de “fãs de verdade”? Com certeza! Será que podemos criar um terceiro grupo de “fãs de verdade”, os “fãs de verdade com algum juízo”? Essa eu deixo pros espertões dos dois polos responderem.

Infelizmente, para a minha realidade, este é um dos casos de regras inventadas que mais me deixam incomodado. Somente o fato de existirem os dois tipinhos e eles serem extremamente barulhentos na Internet já me irrita o suficiente. O fato deles ficarem discutindo entre si com as piores desculpinhas esfarrapadas é ainda pior. E quem tá no meio do caminho, tipo eu, é acusado, repudiado e odiado pelos dois públicos. Triste realidade. Não que eu me incomode mais do que deveria, mas é uma triste realidade.

Com isso eu digo que abordei todos os casos que me lembrei e gostaria de fazer algum comentário. Provavelmente me esqueci de vários. Podem me lembrar nos comentários se acharem viável.

Para finalizar, qual é a conclusão deste post? Na minha humilde opinião, são duas.

Primeiro, o “de verdade” é o grande problema. Não existe “de verdade”. Existe gente insegura demais sem ter o que fazer e inventando regras para os outros para usar como muleta.

Segundo e mais importante: vocês que não tem nada a ver com isso, continuem vivendo a vida de vocês e ignorando as regras alheias. Inclusive esta daqui também. Por mais paradoxal que isto possa parecer.

SEJÃO Sejam felizes e dane-se a opinião alheia.

Para os incomodados com os outros que não estão seguindo suas regrinhas: vão arrumar o que fazer.

Com isso, encerro o post, agradecendo a quem leu e aprendeu, e desprezando quem continuar desrespeitando os outros.

É isso! #prontoFalei #ainComoSouRebelde

Abraços.

PS: era para este post ter um monte de palavrões. O rascunho usado como base dele tinha. Foram removidos por razões óbvias. E o termo correto talvez não seja “ditar” regras, mas preferi manter desta forma. Quem já usou o termo, sabe do que estou falando. É ele mesmo que gostaria de ter usado. Porém, preferi manter a linha.

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Sobre Gamer Caduco

Apenas mais um cara que nasceu nos anos 80 e que desde que se conhece por gente curte muito videogames, não importa a geração.
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20 respostas a Polemicaducas e os Ditadores de Regras

  1. Luís Fajardo diz:

    Muito bom teu texto/desabafo. Assino embaixo na decisão que devemos curtir games na forma que achar melhor, inclusive, discordando de você, penso que até mesmo podemos alterar regras definidas pelos produtores de um jogo, se o título for difícil e não há um modo easy, recorro a cheats não-oficiais, hacks, mod ou o que for possível em busca de agradar a minha jogatina. Assim como há aqueles que preferem um hack com dificuldade infernal em jogos mais fâceis..
    Querer jogar à sua maneira não é anarquismo, e sim apenas reinvidicar seu direito.

    • Fala Luís, beleza?
      Cara, então… eu concordo com vc discordando de mim, olha só que doidera! hahaha
      Mas deixa eu explicar…
      Vc não curte dificuldade excessiva e tenta modificar o jogo a sua maneira, mas não fica impondo que os jogos DEVEM ter um modo easy. Pra mim soa muito diferente, já que tem jogos que foram feitos para não ter esse tal modo easy mesmo. Se vc quer modificar e quer jogar a sua maneira, eu que não vou ficar te enchendo o saco pra não fazer isso, vc joga como quer, vc mesmo sabe o que te diverte. Eu faria isso? De jeito nenhum! hahahaha! Mas não te condeno.
      Entende onde quero chegar? Eu discordo de vc do ponto de vista do meu mundo, mas apoio que vc faça o que te faz feliz, então no fim também concordo com vc… rs.
      A não ser que essas alterações de regras de jogo te faça depois criar uma crítica negativa justamente por ter alterado algo que não deveria ser dessa forma. Aí complica, né? E eu vejo muita gente fazendo isso, daí dá um pouco de “gastura”… rs.
      Valeu Luís!

      • Luís Fajardo diz:

        Sim, você interpretou bem o que eu quis dizer e entramos num bom consenso. De forma inversa, sempre há um jogo que eu poderia achar fácil demais e me torturar colocando no hard ou baixando hack para tal..

  2. kanonclint diz:

    Saudações Caduco.

    Realmente o que não falta no mundo hoje são cagadores de regras. E o mundo dos games sempre sofreu com isso.
    Eu me recordo uma vez de ter visto um vídeo do canal MiniCastle, no qual o debate girava em torno do game Sekiro – Shadows Die Twice ( na minha opinião o melhor game da From Software, e uma das platinas mais difíceis ) . O video fazia uma reflexão sobre um artigo publicado na revista Forbes , no qual o autor EXIGIA que Sekiro tivesse um modo facil, para que ELE pudesse terminar o jogo. Partindo de uma premissa ( esdruxula ) de que se ele pagou pelo jogo, ele tem o DIREITO de termina-lo. Já que não tinha habilidade pra terminar o jogo, que aliás, não tem seleção de dificuldades.
    É aquela coisa, ” o mundo precisa se adaptar à minha vontade ” . Se eu não consigo jogar tal game, logo ele não presta. É uma visão totalmente deturpada da realidade.

    • Esse autor aí elevou o conceito de “criança mimada” em outro nível. E pior. Foi publicado na Forbes? Vou tentar achar isso aí para rir um pouco.

    • Caçarola, olha quem tá aqui!
      Como está, Kanon? Faz tempo que não dá as caras, hein?
      Putz mano, nem me fale em Sekiro, eu tô doido pra jogar, até já peguei o jogo. Só preciso estar mais “preparado” (leia-se com maior certeza de tempo pra concentrar nele). Agora exigência de modo easy? Ah para né? Vc faz um negócio desses e quebra o cerne do jogo, não faz sentido.
      Eu passei por algo parecido em um podcast, onde um cara (que, diga-se de passagem, é game designer) também exigia um modo easy em Cuphead. Ele fez críticas duras ao jogo pela falta disso. Pra mim é um absurdo alguém falar algo do tipo, tão absurdo quanto alguém pedir modo resumido em The Witcher ou modo sem chororô em The Last of Us (desculpa, não resisti… kkkk).
      Se o fulano aí pagou pelo jogo, ele tem todo direito de trocar ele onde, quando e com quem ele quiser. Opções não faltam. Agora modo pra terminar o jogo? Aí não faz o menor sentido.
      Daí um cara desses depois vira e fala que “o jogo não é nada de mais”, que “tal jogo é melhor”, pq tem melhores gráficos, melhor história, melhores personagens, etc… e o foco de Sekiro, EU ACHO (ainda não joguei), nunca foi isso. Definitivamente as pessoas não param pra entender a proposta de um jogo de videogame, só pode ser isso.
      Enfim, deixa eu parar de resmungar, senão fico até amanhã.
      Vc deu um baita exemplo mesmo de egocentrismo da galera que adora inventar uma regra! Valioso demais pro tema!
      Valeu Kanon!

      • kanonclint diz:

        Pois é Cadu,eu acho que a ultima vez que eu deixei um comentário aqui no blog meu filho nem tinha nascido ainda. E olha que ele já tem 3 anos …….. rapaz o tempo passa rápido!
        Agora tenho 2 filhos, o menino , e uma menina de 9 anos.
        Minha filha é um orgulho em se tratando de games pra mim ( olha o pai coruja ai ) . Tanto que ano passado me vi forçado a comprar um PS4 só pra ela, já que o meu estava dominado.
        Cara é a coisa mais legal do mundo quando se tem uma relação também de amizade e cumplicidade com seu filho.
        Me vendo jogar desde pequenina, ela acabou criando gosto por jogos como The Messenger, a série Bloodstained, e Monster Boy. Atualmente ela ta jogando o Ni no Kuni 2.
        Ouvir a sua filha lhe perguntando sobre o passado dos videogames, e querendo saber mais sobre os jogos do passado,….. Cara isso não tem preço.

        Mudando um pouco de assunto, eu andava muito viciado em politica acredita cara ??? Pois é , só que de uns tempos pra cá me dei conta que isso tava me deixando cada vez mais estressado, e me fazendo até mau. Daí resolvi procurar pelos sites , e blogs que eu acompanhava antes. Fiquei feliz de saber que o Gamer Caduco , apesar de cada mais caduco ( 40 primaveras heim ??? , eu vou fazer 43 ) ainda esta firme e forte na ativa rsrsrsrsrsrs.

        Mas falando agora sobre o Sekiro. Vai fundo, acho que vai gostar. Pra mim é o jogo mais desafiante que eu joguei na geração, e o melhor game da From Software. Mas precisa estar no tempo certo pra jogar, pois o game é exigente.

        Spoilerzinho inofensivo, o Coruja Pai é um desgraçado rsrsrsrsrsrs. Você vai ver !!!

        • Caramba, 3 anos já então! Tempo passa rápido demais mesmo, a gente não se dá conta disso.
          Pois é, o blog continua vivo e ativo, até o fim da Maratona Sonic vai continuar desse jeito. E olha que falta jogo pra caramba! haha
          Eu achei curioso o caso do PS4 da filha e o do pai… hahaha! Eu espero que aqui não seja assim, se for eu vou ter que deixar ele jogando o PS6 (acho que vai estar na época já) e eu encaro as coisas de Mega Drive direto no console mesmo… kkkk
          Mas brincadeiras a parte, muito legal o relato. De verdade. Ainda mais vendo que as crianças podem se interessar por jogos que possuem cara de jogos e não de filmes só pq “nossa uau que gráficos realistas”. Nada contra, só percebendo que o mundo tem esperança ainda de pessoas novas capturando a essência dos jogos.
          Sobre o Sekiro, eu tô atrasando ele o máximo que posso, pois ainda tô naquela rotina maluca de acordar a cada 3 horas e fazer várias patetadas (não só nos games) por não estar dormindo direito. Quando estiver mais disposto eu vou jogar, o que joguei da From eu gostei até hj (Demon’s e Bloodborne pelo menos eu acho fantásticos).
          E eu não vou discutir política com vc, pode ficar tranquilo… kkkk
          Valeu Kanon!

  3. Acho que em todo grupo de pessoas, uma parcela menor vai gerar comportamentos estranhos assim, Cadu. Mas como a parcela menor é irritante, ela parece maior.
    Estamos em uma era que temos acesso muito mais fácil aos jogos. Inclusive pelos emuladores para conhecer grandes jogos do passado. Essa mania de impor regras ou ditar como fazer as coisas é um problema. Pessoas assim estão perdendo o melhor de tudo. Os jogos! Já fico no aguardo do seu texto sobre Save States! Abração!

    • Ó lá vc querendo texto sobre save states pra me julgar, tô vendo… hahahahaha!
      Zoeira, pode deixar que um dia eu escrevo sim, só tá faltando tempo e paciência.
      Vc falou uma verdade sobre a parcela menor ser barulhenta em um caso desses, é bem parecido com o que vejo da comunidade de Sonic (sempre puxo pra esse lado). Só dar uma olhadinha nos comentários de posts do Twitter do personagem e vc vai entender o que estou falando, parece que tem zilhões de fãs desmiolados da franquia, e na real são sempre os mesmos postando comentários “duvidosos”.
      Mas de fato a maior verdade no seu comentário é o fato da galera estar perdendo o que mais importa que são os jogos. Ao invés de focarem no que gostam, eles preferem é ficar reclamando.
      (Se bem que eu ando fazendo isso na Maratona Sonic, mas aí o intuito é outro… kkkkk).
      Valeu Giovani!

  4. Ivo Ornelas diz:

    Concordo contigo Cadu!

    Como citado nos comentários acima. Eu sou muito de conhecer o jogo “inteiro” e nos casos dos retros mesmo, mas certos jogos são absurdamente QUEBRADOS e simplesmente joga-los é uma tortura, mas minha vontade de ir até o final é maior e uso cheats e não estou nem aê. Entenda, é bem diferente de jogo difícil a situação – exemplo: pegar Battletoads e colocar cheats não faz jus ao que penso. Ele é um jogo NÃO QUEBRADO onde a dificuldade faz parte dele por natureza e não por motivos do jogo ser mal feito. Mas esse é meu universo, se o cara colocar cheats em Battletoads e se diverti assim mesmo, quem sou eu para dizer ao contrário? Antes de mais nada videogames é diversão.

    Bom a gente tem o clássico caso de Megaman e terminar só na Buster. E isso já deu muito assunto nas conversas lá do pessoal. Mas não concordo em colocar o grau de dificuldade no jogo por algo que não é natural dele (só jogar na Buster não natural do jogo, senão não teriam feito as armas dos chefes). Isso ao meu ver é impor regras…. MASSS se a pessoa se diverti jogando assim eu dou o MAIOR APOIO.

    Bom é isso Cadu.
    Abração.
    Ivo.

    • Ah eu te entendo quanto ao uso de cheats, eu posso citar um caso da Maratona Sonic que eu recorri a algo “pior” que são save states. Queria ver o jogo até o fim, mas ele é infernal de difícil muito por ser quebrado e depender de sorte. Aí eu usei mesmo, queria ter certeza de que eu não deixaria nenhum detalhe passar no texto sobre ele. Então entendo muito bem que um jogo quebrado merece ter regra quebrada quando a gente quer ir além e ele não deixa pelos motivos mais errados possíveis. Apesar que muitas vezes eu perco a paciência e largo o jogo.
      Sobre o que disse da pessoa jogar como ela quiser, eu concordo plenamente. Se ela se diverte com cheats, save states e seja lá mais o que ela quiser, ela que se divirta dessa forma. O que me dói é quando a pessoa usa todos os artifícios e depois diz que o jogo não é nada de mais. Ela não vivenciou o jogo de verdade. Agora se a pessoa tem consciência disso, aí tudo bem. Normalmente ela não vai sair por aí xingando na Internet de forma injusta, saca?
      O do Mega Man na Buster é só um “a mais”. É uma forma de vc se desafiar, de vc buscar uma dificuldade mais elevada sem ter que subir o nível do jogo. Não é bem uma imposição, é um auto desafio. O design do jogo é tão bem feito que vc consegue jogar das duas formas, com armas especiais e sem. Fica a critério do jogador usar ou não. Eu acho isso fantástico. Poucos jogos conseguem entregar isso nos dias de hj. Aumento de dificuldade nos jogos atuais é algo muito mais, como posso dizer, “não criativo”. Aumento de inimigos, aumento de atributos dos inimigos, diminuição de espaço, IA mais desafiadora, etc. Nada contra, mas é uma saída mais preguiçosa que esta do Mega Man e outros poucos que conseguem fazer isso sem vc definir de fato o nível do jogo em um menu ou algo assim.
      Importante é a pessoa escolher o que a diverte e seguir por este caminho, de preferência sem dor na consciência e sem tentar ficar fazendo apologia às decisões dela, seja o “não uso nada e ninguém pode usar também” ou o “tá tudo liberado galera, usem save state e debulhem tudo sem dó pq só assim vc se diverte”… isso é tenso! huahuahua
      Valeu Ivo!

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