Meu Primeiro PC com MS-DOS

Olá meus caros, tudo bem com vocês?

Quem acompanha o blog desde os primórdios (ou seja, zero pessoas) sabe que ele começou com histórias que eu quis contar sobre cada um dos consoles que eu tive na vida.

A intenção era contar de forma resumida a minha história com os games, como ela começou e como ela tinha seguido até a chegada do agora longínquo ano de 2011.

Por alguma razão eu acabei pulando um importante capítulo nesta história toda, apesar que vira e mexe eu conte um pouco dele em posts que não são exatamente sobre plataformas de jogos.

Este capítulo é sobre jogos antigos de PC, como o próprio título do post já entrega. Mais precisamente os lançados para o MS-DOS, sistema operacional da Microsoft baseado em linhas de comandos.

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Sim, este post confirma o que todo mundo já sabe: eu estou velho pra caramba. Aposto que muitos de vocês que vieram aqui visitar também estão, porque jovem mesmo não vai vir aqui matar a curiosidade de como era essa época onde tudo era mato. Ou linhas de comando, no caso.

Por falar em idade, quando estava planejando este post eu não sabia, mas este ano o sistema operacional também completa 40 anos desde o seu lançamento, ocorrido em 12 de Agosto de 1981. Ou seja, o aniversário é amanhã, pra quem estiver lendo o texto no dia do lançamento. Feliz aniversário, MS-DOS!

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Embora não seja um console em si, meu primeiro PC foi também uma plataforma de jogos. Por isso o post está na seção de Consoles, por mais estranho que possa parecer para muitos. Ainda mais para os jogadores de hoje que utilizam computador para jogar, os auto denominados “Master Race”, que gostam de expressar o quanto os PCs são melhores que as plataformas dedicadas e tudo mais. Nem vou entrar neste mérito pra não dar briga. Não que eu me importe, particularmente continuo preferindo jogar nos consoles por uma série de motivos.

Porém, no ano de 1994 eu pensava diferente. Muito embora fosse uma época onde eu me divertia um bocado com o Mega Drive, meu console favorito de todos os tempos, aquele foi o ano em que pela primeira vez um computador pessoal entrou na vida da minha família.

O computador foi montado por um amigo do meu pai, que trabalhava no mesmo lugar que ele. O cara conhecia bastante do assunto. Lembro que eu fui na casa dele algumas vezes, tanto para buscar o primeiro PC quanto em todas as primeiras atualizações pelas quais ele passou. Eu sempre perguntava uma porrada de coisas e ele sempre respondia numa boa. Engraçado que hoje mesmo eu não lembro que tipo de pergunta eu fazia, mas enfim. Pra mim o cara era o gênio da informática de qualquer forma.

Certo dia meu pai comentou comigo que um dos fatos que motivaram a compra foi que ele viu a minha empolgação quando eu fui visitar o emprego dele em algum Dia das Crianças. Suspeito que tenha sido no ano anterior, mas infelizmente não vou me lembrar com exatidão. Porém, lembro bem que enquanto as outras crianças ficavam junto com uma equipe de monitores fazendo gincanas, assistindo filmes e tudo mais, eu fiquei lá no meio dos profissionais trabalhando e mexendo em um computador que por qualquer motivo estava disponível pra isso. Lembro de ficar fuçando em um programa de edição de imagens que rodava no próprio DOS e hoje eu não faço a menor ideia de qual poderia ser.

Ainda fiquei lá embasbacado vendo os caras mexendo nos computadores fazendo várias coisas, aquele negócio era mágico. Enquanto isso a molecada assistindo Star Wars. Lembro que eu saí da sala dos filmes justamente quando estava passando algum deles. Heresia? De jeito nenhum, não gosto de Star Wars. Nem de Star Trek. AAAAIN PAREI NO NUM GÓSTU DI ISTAR UÓRS NEM ISTARTRÉQUI!

Tenho algumas memórias relativamente vívidas daquele dia, por incrível que pareça. Não que eu lembre da cara de qualquer uma daquelas pessoas, no máximo o amigo do meu pai que montava os PCs que eu vi mais vezes. Consigo me lembrar de estar desenhando formas geométricas, tentando entender como funcionava aquele negócio chamado mouse, largando e fazendo tudo nas setinhas do teclado, depois alguém me falando que poderia colocar aquele desenho geométrico ridículo em um papel e eis que me mostraram aquela maravilhosa impressora matricial lenta e barulhenta dos anos 90. Lembro de voltar pra casa com o papel na mão feliz da vida, me sentindo um artista. Criança tem cada uma, né?

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Impressora matricial, papel com furinhos para encaixar e tudo mais. Quem lembra delas?

Esta experiência foi a porta de entrada para o pequeno Cadu no universo dos computadores. Só depois disso vieram os jogos. Bem, eu já gostava de videogames, já tinha em casa um Mega Drive que estava em plena atividade. Quando o PC chegou eu comecei a descobrir como fazia para rodar cada um daqueles jogos que tinha naquele negócio estranho chamado C:\> que eu nem sabia o que era. Foi suficiente para abandonar até o meu console favorito.

A primeira versão do computador comprado foi um 486 DX, posteriormente atualizado para DX-2, depois o tal do 586 da AMD e depois já nem me lembro mais, acho que virou Celeron ou algo assim.

Foram muitas mudanças em um mesmo gabinete, o que para mim era um negócio completamente mágico. Como assim o mesmo computador de repente ficava mais poderoso? O que era memória RAM? Pra que serve o tal do processador? Estas e muitas outras perguntas hoje em dia eu sei responder (ou pelo menos acho que sei), ainda mais depois de uma formação acadêmica na área de Tecnologia da Informação. Esta foi impulsionada por todas experiências com este PC em todas as suas versões, além de todos aqueles maravilhosos softwares que eu queria muito saber um dia como eram feitos. Hoje eu sei.

Falando sobre os jogos, para quem não sabe os lançados para PCs naquela época eram completamente diferentes dos existentes nos consoles. Muita coisa era criada por empresas focadas apenas nesta plataforma ou mesmo por desenvolvedores independentes que se arriscavam neste mercado por poder já testar na própria máquina sem precisar investir em um kit de desenvolvimento de console, algo que era inviável para a maioria dos mortais. Entre outros motivadores, algo que eu não pretendo explorar neste texto.

A estrutura dos jogos por si só já era diferente. Muitos jogos que existiam nos consoles não fazia muito sentido nos PCs, da mesma forma que alguns jogos de PC também não faziam sentido nos consoles. Eram experiências realmente diferentes. Algo difícil de explicar sem dar exemplos, então quando for falar dos jogos diretamente vocês vão perceber algumas destas diferenças.

Vou fugir aqui de clichês como “jogos mais maduros” ou “para um público mais adulto”, pois também havia um leque grande de opções para todos os tipos de público, tal como acontecia com os consoles. Sem falar que não dava pra pagar boletos ou lavar louça infinitamente naqueles jogos.

Estou contando tudo isso para quem não viveu ter um pouco de noção de como a coisa funcionava. Hoje em dia os mesmos jogos que são lançados para os principais consoles do mercado também são portados para o PC e vice-versa, então no fim das contas ambos proporcionam praticamente a mesma experiência, guardadas aí as devidas proporções.

O pequeno Cadu se encantou com este universo, começou a fuçar não só nos jogos, mas também no funcionamento do PC. Fucei muito, naquela época não tinha internet (não aberta ao público pelo menos) e eu vivia tentando fazer um monte de coisas, totalmente curioso. O que eventualmente levou a alguns problemas, claro.

Com o tempo fui me acostumando à plataforma até que me tornei a pessoa que mais conhecia ela em casa, até resolvendo alguns problemas que outras pessoas da família causavam. Claro que era um conhecimento totalmente limitado, mas que provou para mim (e para os meus pais) que eu levava jeito com aquela máquina. Mal sabia eu que ali eu estava definindo a minha carreira profissional, já que, como falei anteriormente, alguns anos mais tarde eu entraria em um curso de Ciências da Computação e me tornaria um desenvolvedor (e posteriormente algumas outras posições da área).

Por falar nisso, na época até tentar programar um jogo seguindo passos de uma revista que fornecia todo o código, mas no fim deu algum problema no tal “jogo da aranha”. Pelo que me recordo ele não executava direito, ficava em loop aumentando score sem dar a possibilidade de controlar alguma coisa na tela. Provavelmente eu devo ter feito alguma besteira e adoraria resgatar este código para tentar arrumar nos dias de hoje até mesmo sem olhar a revista, mas infelizmente isto foi mais uma daquelas coisas que se perderam com o tempo.

Estou me esforçando para não falar tudo isso com aquele tom de “na minha época” (com a bengala apontando na cara do jovem). Minha ideia é contar que os universos eram mesmo apartados naquele tempo. Tanto que é comum muita gente desconhecer uma porção destes jogos e até outras pessoas se impressionarem quando descobrem que uma franquia que reapareceu nos dias atuais é na verdade uma sequência ou uma remasterização de algo de PC daquela época. É muito comum os jogadores explorarem games retrô de consoles, mas não de PCs.

Nem de longe eu lembro de tudo que joguei durante aqueles dias. Os jogos simplesmente “vinham” com o PC, colocados pelo amigo do meu pai. A esmagadora maioria era composta por jogos completos e funcionais, mas sempre tinha um ou outro que era uma demo (lembro, por exemplo, de Warcraft I e II assim). Tinha outros que eram completos mas não funcionavam, ou porque não foram instalados completamente, ou porque o computador não aguentava ou mesmo porque eu simplesmente não sabia fazê-los funcionar. Tinha sim este último caso, inclusive alguns eu aprendi com o tempo.

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Sem falar que passei longe de conhecer um bom percentual de jogos da época e de épocas e gerações anteriores para os computadores pessoais. Não sou nenhum especialista, não tenho moral nenhuma para fazer um texto analítico do assunto. Aliás, nem é a minha intenção. Eu quero mesmo é relembrar algumas coisas que joguei e trocar experiências com vocês leitores que também vivenciaram esta época ou mesmo jogaram estes mesmos jogos em um outro momento, mesmo emulando em outro sistema operacional mais recente.

Claro, adoraria que falassem de jogos de fora da lista também, já que provavelmente pode ser que eu os conheça ou não esteja lembrando. Podem se tornar ótimas referências para conhecer no futuro, se o backlog infinito assim permitir. Indicações são sempre bem-vindas neste espaço, vocês sabem disso.

As minhas memórias, inclusive, são bem misturadas. Eu não sei ao certo quando foi que joguei este ou aquele jogo, em qual versão de máquina ele rodou, qual era o processador, quanto tinha de RAM, se tinha placa de vídeo, etc. Adoraria lembrar de tudo isso, mas já faz um tempão e eu não tinha conhecimento suficiente, ainda estava descobrindo as coisas.

É, eu sei, estou aqui todo empolgado contando a minha história e ainda não falei dos jogos em si. Vou tentar relembrar alguns jogos que me marcaram.

A primeira versão do PC não tinha o tal do Kit Multimídia, ou seja, não rodava CDs, não tinha placa de som, nem nada assim. Os sons dos jogos eram todos do speaker interno do gabinete, praticamente “blips e blops”. Encarei muito jogo assim e depois minha cabeça explodiu ao ver os mesmos jogos com sons.

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Acho que o caso mais memorável foi com Wolfenstein 3-D, que é uma espécie de avô dos FPS para quem não sabe (a grosso modo). Ele foi a base para a criação de DOOM e DOOM II, estes sim pais do gênero. Lembro que na época a gente nem chamava outros jogos do gênero de First Person Shooter, era mais comum a gente dizer que o jogo era “tipo DOOM”.

Wolf3D foi um jogo que eu fiz todo tipo de maracutaia possível para terminar. Um jogo naquela perspectiva em primeira pessoa era bastante desafiador na época, mas aquele jogo me intrigava tanto que eu não conseguia largar e sempre queria chegar mais adiante. No começo jogava ele com o speaker do PC fazendo os sons, engraçado que eu lembro de quase todos estes sons perfeitamente. Depois com caixinhas de som eu joguei ele de cabo a rabo sem cheats, foi outra experiência mágica. Ver os guardas gritando, cachorro latindo, etc.

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Mais para frente conheci DOOM II. Pulei direto para ele por não ter o primeiro DOOM no PC. O segundo para mim foi um marco, eu simplesmente parei de olhar para o Mega Drive quando o conheci e só queria saber de jogar ele. Eu entrando na adolescência me dou de cara com um jogo sensacional daqueles, não tinha como continuar olhando para o console da SEGA (nem mesmo para Sonic, desculpa aí, caro ouriço). A experiência foi marcante demais, durou meses, anos. O engraçado é que joguei o jogo todo sem trilha sonora, por alguma razão eu achava que ela atrapalhava a minha imersão e concentração, não escutava os demônios se manifestando.

Bom, contei bastante coisa no post da seção Memórias que fiz em homenagem sobre o game, convido vocês a lerem em algum momento, conta algumas histórias interessantes minhas e do meu pai durante nossas jogatinas.

Outro jogo que passei muito tempo jogando, mas acho que nunca com som foi Grand Prix Unlimited, ou simplesmente GPU. Era um jogo de Fórmula 1 um tanto quanto diferente dos jogos de corrida de console que eu estava acostumado. Primeiro por ter todos os carros e pilotos oficiais da época. Era incrível poder pilotar carros de Fórmula 1 que existiam de verdade. Lembram que Super Monaco GP tinha equipes imaginárias? Pois é. Isso é ainda mais impressionante naquela época em que o esporte era tão forte aqui no Brasil por causa do lendário Ayrton Senna, mesmo após sua trágica morte. Poder colocar meu nome lá no meio dos pilotos e disputar com eles era incrível, a minha imaginação ia longe.

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O jogo tinha campeonatos das temporadas de 1990 e 1991, gráficos poligonais, ajustes de carro, etc. Pra quem estava acostumado com os jogos de corrida dos 16 Bits, por mais incríveis que eles sejam, isso tudo era uma novidade absurda. Especialmente a questão do “3D de verdade”. Era legal poder virar para qualquer lado, muito embora o jogo te desclassificasse rapidamente se você tentasse correr na contra mão. Inclusive o jogo também te desclassificava se você ficasse muito tempo fora da pista, seguindo as regras que se aplicavam à categoria (pelo menos na época, confesso que não sei como é hoje).

GPU era basicamente um simulador do esporte e, para a época em que foi lançado (1992), era bastante convincente. Passei horas neste jogo, ou jogando as pistas já existentes, ou criando minhas próprias pistas e testando, já que havia também esta possibilidade e isto seja incomum em jogos de corrida até nos dias de hoje. Cara, que saudades desse jogo.

Ainda dentro do gênero de jogos de corrida, tem outro que eu achava incrível que era o Formula One Grand Prix da MicroProse. No começo eu não sabia como jogá-lo, só conseguia acelerar e brecar. Tentava virar o carro usando as setas do teclado, mas não dava certo. Só que eu descobri que podia editar os pilotos e carros e assistir as corridas, então saí trocando os nomes de todos pilotos para os de várias pessoas que conhecia e rodei um campeonato inteiro assistindo pra ver quem iria ganhar. Ainda dei um jeito de imprimir o resultado final do campeonato, afinal de contas a impressora também era uma grande novidade pra mim. A matricial, claro.

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Depois de muito tempo (muito tempo mesmo) descobri como jogar. Ao invés dos direcionais, devemos pressionar as teclas “<“ e “>” para mover o carro para os lados. Um tanto quanto peculiar, mas lembro que tinha outros jogos que usavam estas teclas também. Feita a descoberta, aí foi só alegria. Joguei um campeonato todo, demorei pacas pra aprender a correr certinho e fiquei lá horas e horas jogando até ganhar alguns campeonatos, com os pilotos ainda editados. Inclusive eu controlando eu mesmo, claro. Imaginação de criança é uma delícia, só digo isso. Pena que a gente cresce e vira esses seres sem criatividade e imaginação. Culpa de todas as imposições, regras e julgamento da sociedade.

Saindo dos carros e indo para aviões nos modelos mais antigos, outro jogo da época do MS-DOS que eu joguei por muitas e muitas horas foi Red Baron, o “simulador” de Primeira Guerra Mundial onde temos um modo carreira e podemos inclusive escolher o lado da guerra que pretendemos lutar. Eu até hoje penso nele como um jogo bem a frente de seu tempo, sem falar que ele é “a cara” de jogos de PC da época. O formato dele é bem diferente dos jogos de console dos anos 90, com o próprio modo carreira, morte permanente, condecorações dependendo do seu desempenho nas batalhas, o lance de você ser obrigado a seguir as ordens de um líder de esquadra para depois passar a ser este líder e dar as ordens para atacar, entre tantas outras coisas que pra quem estava saindo dos consoles era algo surreal. E olha que este é um jogo lançado em 1990, veio antes do meu querido Sonic nascer. Já falei dele na série de posts que fiz em homenagem aos 40 anos deste que vos escreve, é um game que eu recomendo conhecerem quando puderem, talvez seja surpreendente até nos dias de hoje.

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Um grande conhecido dos jogadores que teve um port para PC e eu tive a felicidade de jogar e terminar antes mesmo da versão de Arcade foi o famoso jogo dos Simpsons. Sim, aquele beat’em up da Konami super clássico também deu as caras no MS-DOS e eu tive ele instalado. Não consigo me lembrar se ele era exatamente igual ao de Arcade em jogabilidade, fases, etc, mas lembro que os gráficos não eram a mesma coisa. E o som eu nem sei como era, pois eu jogava com os speakers do gabinete, aquela coisa horrorosa. Pior que ele tentava até tocar a música de abertura dos Simpsons e era um horror. Mesmo assim ele era divertido pacas e eu joguei um bocado, menos que os anteriores é verdade, mas o suficiente pra relembrar nesta lista.

Outro jogo de Arcade que dispensa quaisquer apresentações e que eu tive o port instalado no PC foi Street Fighter 2. Eu lembro que a versão era bem legal, mas era um pouco ruim jogar no teclado. Usando o termo conhecidíssimo da comunidade de jogos de luta, eu que sou “farofeiro” até hoje tentava jogar fazendo as maiores “farofadas” da humanidade e o computador começava a apitar de dar umas leves travadas tamanha era a quantidade de teclas que eu apertava ao mesmo tempo. O sistema operacional simplesmente não dava conta de tantas interrupções de teclado simultâneas. Nessas eu desesperado tentando lançar Hadouken e não conseguindo porque o computador ficava apitando, cedo ou tarde acabei largando o jogo. Preferia jogar ele no Mega Drive (sim, com sons abafados e o que mais quiserem criticar, na época eu achava incrível).

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Ainda pensando nos grandes clássicos da época, eu presumo que um grande percentual das pessoas que tiveram um PC com MS-DOS algum dia jogou Where in World is Carmen Sandiego?, que é outro jogo que dispensa quaisquer apresentações. Lembro de jogar ele com o dicionário nas mãos, aprendendo um pouco de inglês e um pouco sobre o mundo e outras curiosidades que o game apresenta. Lembro até hoje o dia que finalmente prendi a Carmen Sandiego e o finalizei, fiquei me achando “O” detetive, o cara mais inteligente do mundo. Prendi a criminosa número um, eu era o máximo. Na verdade eu era só uma criança que decorou um monte de coisa, o que é quase a definição de “adulto” segundo a minha cabeça maluca.

De qualquer forma, este jogo é sim um baita clássico. Incrível como um algo tão simples em imagens e até mecânicas por ser basicamente todo baseado em texto e comandos conseguia ser tão bom na época. Ainda mais comparado aos tempos atuais, onde meio polígono aparecendo meio quadrado na tela já gera comentários como “ain paréssi jogu di plei doiz” (gramática incorreta proposital). É decepcionante ouvir ou ler um negócio desses, mas fazer o que, né? Povo vive de gráficos, não de diversão.

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Mais um grande clássico da lista é Prince of Persia, que eu tinha no PC e não sabia como fazia para jogar. Assim que chegava no primeiro inimigo eu morria, pois não sabia como sacar a espada e lutar, demorei muito pra aprender e quando aprendi não tinha vontade de jogar não sei dizer bem o porquê. Acho que tem a ver com o lance de que temos um tempo real para terminar o jogo ou não salvamos a princesa, isso me deu uma certa preguiça. Não culpando o jogo, claro, culpo eu e a minha falta de paciência com essas coisas.

Por acaso acabei me lembrando de uma história que pode ou não estar relacionada com o assunto, mas gostaria de contar.

Não consigo me lembrar qual era o jogo onde isso acontecia, por alguma razão eu associo com Prince of Persia, mas acho que não era ele. Enfim, um dos que eu tinha no meu PC pedia uma senha sempre que abria o jogo, meio que num esquema de fazer uma pergunta que exigia uma certa resposta, e esta pergunta sempre mudava cada vez que carregava o jogo. Algum tempo depois eu vi que tinha um arquivo no diretório com algumas das respostas, enquanto fuçava nos diretórios dos jogos via Windows 3.1.

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Então anotei todas elas e consegui acessar o tal jogo. Queria muito lembrar qual deles foi, mas a única coisa que eu lembro bem é que no dia que descobri isso me senti naquelas situações de cabeça explodindo. Comecei a me sentir o gênio dos computadores. Criança é fogo, né? Mas não, eu era só um moleque desatento que por acaso tinha descoberto um arquivo que foi deixado lá justamente para trapacear uma trava de cópia que tentaram implementar no jogo. O desenvolvedor pensou em fazer isso por saber o quanto era fácil copiar jogos de um computador pro outro. Só precisava de uma caixa de disquetes, tempo, paciência e os comandos certos para compactar usando ARJ (lembram dele?). Estas perguntas e respostas provavelmente estavam no manual ou algo assim, ele só não pensou que a solução não é lá muito eficaz.

Voltando aos jogos, um talvez não tão conhecido que eu joguei pra caramba foi o 4D Sports Boxing, que eu conhecia como 4-D Boxing. Lembro que era outro jogo que explodiu minha cabeça em conceitos, também via ele como bastante diferente dos jogos de console. Como assim eu podia criar meu próprio lutador, colocar o nome e o rosto que eu quisesse e ainda mexer na estrutura corporal dele, tanto em altura quanto peso? Aquilo era de outro mundo, lembro que criei vários lutadores, jogava um pouco e criava outro.

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Era basicamente um modo carreira e você precisava subir no ranking até chegar no número um do mundo, o tal do The Champ. No fim nunca cheguei nele, o máximo que cheguei lembro que foi número 4 do mundo e criando um personagem super apelão com o máximo de altura possível pros braços alcançarem. E lembro que tinha um esquema de evoluir os atributos do lutador também (força, destreza, etc), por alguma razão na minha cabeça a altura e peso influenciavam nestes atributos também. Pior que não lembro se isso é verdade e para não quebrar a magia da minha cabeça de que este jogo era fantástico eu prefiro não ver e nem pesquisar nada a respeito. Deixa ele continuar sendo super inovador e um dos melhores jogos que joguei na época, mesmo sendo totalmente poligonal e até meio esquisito. Caraca que saudades de ter tempo pra ficar criando personagem e praticamente só brincando dentro do jogo.

Por falar em tempo e jogos de esportes, também joguei no MS-DOS um jogo de esportes olímpicos lançado em 1992 que chamado Summer Challenge. Confesso que precisei procurar pelo nome dele, não lembrava mesmo. O que lembro é que muitos dos esportes de velocidade precisavam bater o Enter o mais depressa possível. Até aí nada de mais, pressionar botão alucinadamente era um padrão de jogos do gênero (Olympic Gold Barcelona’92 que o diga). Mas aí surge uma história um pouco cômica.

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Teve um dia minha irmã quis me ajudar na tarefa de conquistar medalhas, então fiquei com a responsabilidade de pressionar o Enter maior do centro do teclado enquanto ela ficava no menor no lado direito socando o mais rápido que a gente conseguia. Começou a fazer um barulho enorme, teclado na época era mecânico e tal. Eis que minha mãe entra no quarto e vê a cena: os dois curvados socando o teclado de qualquer jeito pra ganhar as disputas. Ela deu um berro, mandou a gente fechar o jogo e nos proibiu de jogar ele novamente. É claro que nós respeitamos, pelo menos nos momentos em que ela estava em casa. Hoje eu chego a ficar com sorriso bobo no rosto de lembrar da cena, mas lembro que no dia fiquei assustado com a bronca e ao mesmo tempo bravo porque nunca mais poderia jogar aquele jogo legal de Olimpíadas. Sacanagem.

Ainda nos esportes, acabei me lembrando de outro jogo que eu fui até o fim e eu nem lembrava disso, tanto que não estava na minha lista de jogos terminados e eu fiz questão de colocar. Era um jogo de vôlei de praia chamado Kings of the Beach, lançado pela EA em 1988. Eu anotava senha desse jogo pra continuar a campanha em um momento seguinte quando cansava, fiquei muitos dias até conseguir chegar no fim dele. Lembro que eram vários campeonatos e você não podia perder de jeito nenhum, tarefa que não era nada fácil. Mas eu gostava tanto do jogo que não sosseguei enquanto não ganhei tudo. Hoje eu descobri que existe uma versão do jogo para o NES feito pela Konami. Até dá uma certa vontade de conhecer. Quem sabe um dia?

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Outro detalhe interessante de lembrar é que era comum a gente ter várias demos e os chamados Shareware, que eram bem similares aos demos. A diferença entre eles é que os Shareware costumavam ter um trecho um pouco maior para o jogador experimentar. Normalmente tinham somente o começo de um jogo, como o primeiro capítulo, primeiras fases, algo assim. Em efeitos práticos eram praticamente a mesma coisa.

Os que joguei nessa época foram o primeiro Heretic e mais outro jogo de tiro em primeira pessoa que era meio esquisito mas não consigo me lembrar porque. Depois de alguma pesquisa eu acabei encontrando o nome: Blake Stone: Aliens of Gold. Era legalzinho, mas nada de mais. Já Heretic era incrível, não sei porque nunca joguei ele pra valer. Mais um para eu considerar botar no backlog. Essa lista nunca vai ter fim.

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De demo eu lembro que tive os dois primeiros jogos da série Warcraft, que se não me engano tinha uma quantidade pequena das primeiras missões dos jogos. Lembro que por alguma razão eu gostava mais do primeiro, talvez por parecer mais simples, não sei. Engraçado que hoje em dia eu detesto todo tipo de RTS, muito por culpa de Starcraft, mas eu vou guardar essa história para outro post. Digamos que peguei trauma.

Deixa eu ver que mais. Ah, verdade, meu PC tinha um ou mais jogos chamados Strip Poker. Acho que o nome deixa claro do que se trata, não? Se não entenderam, bem, você pode apostar no Poker contra alguém e ir tirando ou perdendo peças de roupa conforme os resultados. Eu que não sei jogar poker até hoje me esforçava horrores para conseguir deixar a minha oponente completamente nua. Eu não vou entrar nos detalhes social e moral deste jogo, na época eu era só um adolescente sem noção nenhuma tentando ver mulher sem roupa, não me julguem por isso. Pior que eu tinha que fazer isso escondido do meu pai, não sei porque diachos ele simplesmente não deletou o(s) jogo(s). Será que ele jogava escondido também? Será que ele não sabia excluir? Bom, fica aí o mistério.

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Além de tudo isso, ainda tinha uns jogos que eu não lembro direito ou não sei dizer quais eram, fora que não encontrei o nome deles em lugar nenhum. O que consigo descrever melhor é um jogo de carro que tinha os gráficos todos meio que puxados pra rosa, nem isso lembro direito, mas você tinha a visão do painel do carro e tinha uma bolinha no volante que indicava para onde ele estava virando. Inclusive era necessário apertar de volta para centralizar ele de novo (se não estou enganado).

No caminho tinha uns radares e o carro ficava apitando loucamente quando estava próximo deles, forçando o jogador a baixar a velocidade senão a polícia parava e dava uma multa. Ou algo assim, realmente não me lembro bem. Pode ser que algumas coisas aí não sejam bem assim e sejam invenções malucas da minha cabeça, não sei ao certo. Mas o fato é o mais próximo que encontrei nas minhas rápidas pesquisas foi Test Drive, só que eu não vi gráficos puxados pra rosa nem nada parecido com isso. Só se o problema era o meu PC que não aguentava rodar o jogo e as cores eram renderizadas de forma errada, vai saber. De qualquer forma eu não achava esse jogo tão legal assim, então nem vale a pena pesquisas mais intensas. Se alguém lembra de algo parecido e souber o nome, fala que ainda tenho alguma curiosidade pra ver o quanto minha memória está me enganando.

Provavelmente tinha outros jogos que por alguma razão eu não me lembrei enquanto listava, talvez um dia se eu lembrar de mais coisas eu coloco em posts futuros. Acredito que este texto contém pelo menos os mais memoráveis que joguei na época, independentemente do sucesso que fizeram e da qualidade que tinham.

Lembrando que eu listei aqui apenas as coisas da época do MS-DOS. Tudo que joguei nas versões 3.1 e 3.11 do Windows vão para um post separado, e ainda pretendo fazer mais um listando jogos da época do Windows 95 pra frente.

Acho que é isso, meus caros.

E vocês? Vivenciaram esta época também? Contem a experiência de vocês com o primeiro PC, quando ganharam, que jogos de MS-DOS jogaram e o que mais acharem interessante compartilhar.

Obrigado a todos pela leitura de mais um texto!

Abraços e até o próximo post!

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Sobre Gamer Caduco

Apenas mais um cara que nasceu nos anos 80 e que desde que se conhece por gente curte muito videogames, não importa a geração.
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13 respostas a Meu Primeiro PC com MS-DOS

  1. Pingback: Thunderflash | Tiro, porrada e bomba, mas sem porrada | Arquivos do Woo

  2. Elton Manoel diz:

    Fala meu Brother, Show de bola! Nunca deixe esse blog morrer! Muita nostalgia e amor envolvido em cada foto e palavra sua! Tamo junto! Acompanho seu bloginho e acho muito legal, faz lembrar minha época de infância mágica. Um abraço! Já está nos meus favoritos! D
    eus abençoe.

    • Fala Elton, beleza?
      Muito obrigado pelo comentário e pelos elogios! Pode ter certeza que este blog não vai perecer tão cedo… rs.
      Uma das ideias é justamente essa, de trazer memórias do pessoal que fizer a leitura. Que bom que consegui cumprir com o objetivo!
      Depois coloca suas experiências do passado também nos comentários, é sempre legal conhecer a história dos leitores!
      Valeu Elton!

  3. Giovani Dactar diz:

    Eu conheci computador na casa de amigos e um parente distante. Como na época eu não fazia ideia de nomes, marcas ou configurações, acredito que meu primeiro contato foi com um 386 com gabinete horizontal. Daqueles onde o botão de ligar era um puta interruptor imenso que ficava na parte de trás do aparelho. Era só literalmente empurrar ele e… PÁÁÁÁÁ! Ligava! O primeiro jogo da minha vida eu lembro ser em monitor de fósforo verde. Lembro de ser na casa do meu vizinho e lembro que era carregado por um diskete grande de 8 polegadas mesmo. Foi uma jogatina rápida. O PC era do pai dele. Era de trabalho. Aquilo foi mais uma exibição do que um momento real de lazer. Mas só de poder tocar naquele teclado e mexer naquilo… putz foi demais! Não sei qual jogo foi. Era tipo um Enduro de Atari mas com high score no final. Tudo em tela verde. Isso lembro bem. É como vc descreveu no texto. É difícil resgatar os detalhes destas coisas. Infelizmente. Depois ganhei um Pentium já com W95 mas aí são outros 500. Nesta fase o PC já veio com um CD recheado de joguinhos simples em DOS sendo o mais famoso: Jetpack. Joguinho viciante! Só um destaque aí para o jogo de vôlei do NES. Ele era bem famoso. Tinha em várias locadoras por aqui e eu joguei umas 2 vezes. Mas acho que não era muito bom porque não lembro se zerei ou não.
    Esse texto foi uma máquina do tempo!!!

    • Curioso, busquei imagens do Jetpack e realmente eu lembro de ter visto este jogo antes. Mas não sei se tive pra jogar ou se joguei na casa de alguém. Já o de corrida eu não faço ideia, no máximo consigo pensar em Pole Position, mas pode não ser ele.
      Pra vc ver como são as coisas, eu não tive tanto contato com NES na infância então nem sabia que o Kings of the Beach era de certa forma famoso, só soube que o jogo existe porque fui procurar sobre ele pra fazer o post.
      É bem difícil resgatar isso tudo, adoraria conseguir pegar um HD antigo e dissecar ele procurando por arquivos, mas tudo isso se perdeu com o tempo.
      Já o computador horizontal com aquele interruptor gigante eu me lembro muito bem! hahahaha… normalmente era um botão super duro mesmo, não a toa vc lembra do PÁÁÁÁ… kkkkkkk
      Valeu Giovani!

  4. Marvox diz:

    Tá muito bonito esse texto, muito bom Cadu, e cara você puxou um detalhe muito da época, os livros que acompanhavam os jogos e neles tinha senha/palavra-chave pra pessoa conseguir acessar o jogo, se a pessoa errasse entraria a versão demo e não a versão completa. Prince of Persia, Indy 500, Test Drive, Simpsons, Speed Racer, dos que lembro eles tinham isso do livro que vinha junto com o jogo original. E a gente sabe que muitos desses jogos já vinham instalados na máquina e a pessoa não tinha o livro, ou acontecia como seu caso de ter um arquivo com os códigos escritos. Lembro que no Simpsons, meu pai tinha a página dos códigos impressa e aparecia um personagem aleatório do desenho e você tinha que procurar no papel o número que correspondia esse personagem, era de 01 a 99, alguma coisa assim. Guardo com muita saudade essa época do primeiro PC com Windows 3.1/3.11 que foi onde aprendi muita coisa com MS-DOS. Muita coisa que você colocou no texto aconteceu comigo também como jogar o Doom sem som porque eu não sabia configurar a placa de som no Setup que era justamente no MS-DOS, e é doido porque sem som você não sabe onde o inimigo está vindo e do nada ele tá do seu lado te atacando kkk era muito legal. Joguei o Prince com som saindo pelo Speaker, depois quando já tinha o kit multimídia ouvia aquela música de abertura e achava o máximo. Agora o que eu sinto falta mesmo são os joguinhos de Windows dessa época, tem alguns que nunca saíram da minha cabeça. Quero ver quais foram seus jogos de Windows 95 em diante. Grande abraço!

    • O Simpsons tinha este livro? Engraçado que eu não me recordo de colocar senha enquanto jogava ele, mas a minha memória pode estar me traindo. Ou pode ser que o próprio jogo resolvia, eu lembro vagamente de algum jogo que abria este tipo de tela e ele mesmo preenchia sozinho, provavelmente alguém programou pra ler do arquivo direto. Muito louco, né?
      O Prince of Persia tinha mesmo então? Acho que tá respondida minha dúvida sobre qual jogo eu precisava deste arquivo.
      O DOOM sem som era tenso, só ouvir um “péééé” quando vc tá sendo atacado rendia uns sustos… kkkkkk
      Antes do post de Win95 eu vou tentar fazer um de Win 3.1 ou 3.11, também tenho uns jogos em mente. Espero lembrar de todos. Lembro que do 3.1 pro 3.11 foi um salto gigantesco da quantidade de jogos no meu PC, eu fiquei muito tempo na frente dele fuçando em cada um deles. Vou ficar esperando seu comentário no post para complementar a lista, certeza que vc vai lembrar de um monte de coisa legal também! haha
      Valeu Marvox!

      • Marvox diz:

        Fala Cadu, acabei de ver sua resposta e fiquei relembrando uns jogos e separei pra ver se você chegou a jogar algum desses do Windows 3.1/3.11: BangBang (dos canhões), Ski Free/WinSki, Chip’s Challenge, Pipe Dream, Rodent’s Revenge, Rattler Race, Campo Minado, Lunar Lander (esse era batido demais e muito legal), Symantec Memory Blocks, BreakTrhu!, Wordzap, Sea Terror, Dominate. Dos que lembro são esses, aí tinha outros na Revista CDROM também, mas aí acho que já pega Win95 em diante. Falow mano, grande abraço!

        • Opa, valeu pela lista, Marvox!
          Na minha lista aqui tem alguns desses que vc passou, como BangBang (eu conhecia como BANG!), Ski Free, Pipe Dream, Campo Minado, Wordzap (eu jogava esse alucinado), Rattler Race.
          Outros não conheço, como Chip’s Challenge, BreakThru!, Sea Terror e Dominate.
          E tem uns que eu não lembrava, como Rodent’s Revenge, Lunar Lander e Memory Blocks. Esses eu até abri um sorriso aqui quando vi as imagens e lembrei quais jogos eram, vou colocar na lista também pra falar deles, com toda certeza!
          Engraçado como a gente esquece das coisas às vezes, né?
          Valeu demais pelas dicas!

  5. aki é rock diz:

    Belo post Caduco eu cheguei a vivenciar essa época de jogos de PC mas eu só via na casas de amigos de escola fui ter um bem mas tarde se não me engano era um PC com Win95 ou 98 mas quase não jogava. Via muito meu irmão jogar jogos de Mame nele pois um amigo dele tinha instalado o emulador e dado alguns cds com jogos.

    • Que bacana, lembro que muita gente era fissurada em pegar jogos de Arcade pra jogar no Mame. Imagino que muita gente tenha ficado passando vontade de jogar nos Fliperamas poucos anos antes, nada melhor do que poder jogar sem gastar fichas no conforto de casa, né? rs
      Valeu Rock!

  6. Esse post me incentivou a criar um texto falando sobre os primeiros jogos de PC que joguei na vida. Tirando o jogo da memória do Windows 3.11 ou primeiro jogo que realmente joguei de PC foi na casa de um colega chamado Screamer de 1995 de corrida.

    O meu primeiro jogo de PC foi em um Pentium 100 em 1996. Esse PC era uma lixeira só! Mas joguei muito emulador de NES e Master System nele (comandos eram via DOS para tu ter ideia). Mas o primeiro jogo de PC realmente de PC que joguei foi Daytona USA regravado de um amigo (que tinha 1997 uma copiadora de CD hahahahahaha) e ele gravou e joguei esse jogo.

    Depois eu comprei um lixo de jogo dos Homens de Preto ao melhor estilo RE e detestei. Mas aluguei na locadora jogos de PC (a locadora alugava isso .. era shows) e joguei Full Throttle, The DiG, Alone in The Dark.

    Ahhh! Eu joguei muito também jogos daquela revista antiga chamada CD-ROM que tinha vários demos. Eu sempre instalava tudo no PC… alias Diablo eu joguei a primeira lá!

    Boa lembranças, Cadu!
    Valeu! Adorei o texto!

    • Rapaz, fui ver o tal do Screamer, pois não reconheci pelo nome. Não conhecia, parece bem bacana, ainda mais pra época!
      Eu mais do que incentivo vc a fazer o texto com os jogos de PC, vc que tem boa memória e gosta de contar história com certeza vai trazer bastante coisa legal pra gente ler! Então faz sim que eu já tô querendo ver!
      Cheguei a rodar emulador em linha de comandos, mas só pela curiosidade. Tinha um de Mega que rodava uns jogos que o emulador “gráfico” não conseguia, mas não consigo lembrar ao certo quais jogos eram e nem quais eram os emuladores. Foi bem nessa época, o tal do 586 que eu tive era concorrente do Pentium 100, embora fosse equivalente a um Pentium 75. Vou contar essa história quando chegar a época! rs
      Nunca vi jogo de PC na locadora, que da hora! Só que os caras tavam correndo risco forte de alugarem uma única vez, copiarem o jogo e nunca mais alugarem… hahaha! Pirataria sempre foi forte no PC, isso é um fato.
      Também quero falar das revistas CD-ROM, tem até um jogo que conheci em uma delas que eu queria muito fazer um review, cheguei a esboçar algo e nunca saiu. Vou contar mais pra frente, não quero dar spoiler… rs!
      Valeu Ivo e faça sim seu texto, tô esperando ele já!

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