RetroReview: Paper Mario: Sticker Star (3DS)

Olá meus caros, tudo bem com vocês?

Mais um RetroReview no ar, desta vez com o repost do texto que entrou no ar no Retroplayers em 29/07/2014, sobre Paper Mario: Sticker Star de 3DS.

Mais uma vez foi mantido o texto original, porém desta as imagens precisaram ser alteradas, pois não consegui recuperar as que foram ao ar na época. Como tinha o nome dos arquivos postados, fiz um esforço para manter o espírito da postagem que foi ao ar em 2014. Encarem como se fosse um remaster.

Espero que gostem, ótima leitura para todos!


Fazia um bom tempo que eu estava querendo jogar algum RPG que se passasse no universo de Super Mario Bros, desde o primeiro Super Mario RPG, aquele game épico que surgiu da parceria entre a Nintendo e a Square, esta ainda na sua fase gloriosa. O pior de tudo que cheguei a tentar duas vezes, mas numa época bem distante, em emuladores que não conseguiam rodar direito o jogo no computador meia boca que eu tinha há mais ou menos 14 anos atrás. Sim, foi isso mesmo que vocês leram, faz um bom tempo, não?

Eis que a oportunidade acabou surgindo quando encontrei o jogo que vou analisar neste texto em uma loja vendendo a um preço camarada (pelo menos comparado aos custos praticados em terras brasileiras). No caso, Paper Mario: Sticker Star.

Essa introdução toda foi mais para alertar a todos de que eu não tinha conhecimento prévio nem da franquia e nem de outros jogos do gênero que se passam no universo do nosso querido encanador bigodudo. Então não esperem grandes comparações com as outras versões, vou avaliar o jogo como uma experiência completamente nova, pois foi exatamente o que aconteceu.

Chega de enrolação, né? Vamos lá!

Paper Mario: Sticker Star, como eu já adiantei, é um RPG desenvolvido pela Intelligent Systems lançado no finalzinho de 2012 para o atual portátil da Nintendo, o 3DS. Apesar de se enquadrar mais neste gênero, também podemos afirmar que ele possui seus momentos de Plataforma, o gênero que consagrou o personagem e que muito mudou na história dos games.

Inclusive o mapa do mundo do game é bem parecido com o que vemos em muitos jogos do encanador, como, entre outros, os clássicos Super Mario Bros. 3 e Super Mario World. Ou seja, o mapa inteiro é dividido em mundos e cada mundo tem uma quantidade de fases. Mal comecei o jogo e logo de cara já comecei a ter meus momentos de nostalgia.

Apesar disso, as batalhas mantém o padrão de RPGs em que a ação deve ser selecionada e é executada automaticamente. Mas, diferentemente do que temos em clássicos como Final Fantasy ou Dragon Quest, ao invés de selecionarmos uma ação propriamente dita (como Atacar, Magia, etc), escolhemos um Sticker (Adesivo).

Cada Sticker possui uma finalidade, como os básicos Jump (que possui o desenho de um sapato) que serve para atacar pulando em cima dos inimigos ou então Hammer, o clássico martelo presente em outros títulos do encanador e que neste serve para dar uma marretada bem dada no inimigo.

Esses Stickers ficam armazenados em um álbum de adesivos que é carregado pelo Mario ao longo do jogo, ou seja, a quantidade que o jogador consegue carregar é limitada. Isso faz com que o jogador se preocupe com quais tipos de stickers ele deve carregar ao longo das fases, já que alguns inimigos são imunes ou mesmo contra-atacam dependendo do Sticker utilizado no combate. Então é sempre bom variar no álbum ou você vai acabar entrando em apuros cedo ou tarde.

Além dos Stickers utilizados em combates, também existem outros adesivos especiais que podem ser extraídos de coisas chamadas… COISAS! Sim, isso mesmo que você leu, o nome é Things! Essas Coisas são encontradas no meio das fases e podem ser transformadas em Stickers, ou para resolver quebra-cabeças ou mesmo em combate. Normalmente elas ocupam mais espaço que os Stickers comuns, então é mais uma… COISA (desculpem, não achei palavra melhor) para o jogador se preocupar, muito embora a capacidade máxima do tal álbum vá aumentando conforme a história vai se desenvolvendo, com novas páginas adicionadas a ele.

Falando um pouco sobre a história, tudo começa na pacata Decalburg, onde todos os Toads da cidade, a Princesa Peach e Mario celebram a passagem do cometa Sticker Comet através do Sticker Festival. Porém, neste ano tudo seria diferente. Adivinha quem aparece para estragar toda a festa? O Bowser, é claro! Ao encostar no Sticker Comet numa tentativa de roubá-lo junto com todo seu poder, o cometa se despedaça dando origem a diversos fragmentos e a coroas chamadas Royal Stickers, que são capazes de aumentar o poder de quem utilizá-las.

A missão do nosso querido herói é justamente recuperar todos estes fragmentos e Royal Stickers, além de salvar, é claro, a princesa que mais uma vez é raptada pelo Bowser. Que novidade, não? Para isto, Mario conta com a ajuda de Kersti, uma pequena coroa que possui diversos poderes sobre os Stickers. E é exatamente ela quem ajuda o encanador a utilizar o poder deles. Inclusive somente quando ela está junto com nosso querido herói ele consegue acessar o modo Paperization. Neste modo, o cenário para completamente (como se tivesse congelado todo espaço tempo) e o Mario sai da tela, fazendo com que ele consiga colar os adesivos no cenário para resolver quebra-cabeças e outras coisas.

Quanto à parte técnica, graficamente o jogo possui uma arte bem bonita, além de usar muito bem o efeito 3D do portátil. Mesmo que eu não consiga jogar com o efeito ligado por muito tempo, posso garantir que este foi o game com o efeito 3D mais bem feito que vi até o momento.


A parte sonora é espetacular também. As músicas, compostas por Yuka Tsujiyoko e sua equipe, foram muito bem trabalhadas e dão todo um clima para o jogo. Entre elas há músicas totalmente originais e músicas que possuem algumas melodias conhecidas ou mesmo remixes inteiros de músicas de outros jogos do mascote da Nintendo.

A maior parte dos efeitos sonoros também segue o mesmo padrão de outros títulos do encanador, embora junto com elas existam outros ótimos efeitos sonoros. Alguns deles bastante hilários, por exemplo quando alguma coisa não dá certo durante uma cutscene ou mesmo durante o combate.

A música do mapa vai mudando conforme vc troca de mundo e isto é muito bem feito! Todas são remixes da mesma música e durante a troca ela continua executando o mesmo trecho, só que no remix referente àquele mundo. É bem bacana, mesmo! O único ponto negativo na parte sonora fica por conta do próprio portátil, que tem um volume muito baixo em fones de ouvido. Imaginem vocês que passei boa parte da jogatina sem ouvir a música, enquanto jogava dentro do metrô barulhento da cidade. Isso é uma coisa que não me conformo com o 3DS, mas paciência. Felizmente pude jogar em lugares menos barulhentos e percebi o excelente trabalho.

Minhas impressões sobre o jogo em si são ótimas. Ele é bastante divertido, mesmo que não seja tão desafiador em boa parte dele. Mas ele possui sim momentos onde a coisa dá uma engrossada, e se você não for atento o suficiente, vai acabar se dando mal. As partes dos quebra-cabeça que precisam ser resolvidos pra dar continuidade na história são bem legais, as animações que aparecem ao resolvê-los quase sempre são bem divertidas/engraçadas. Tudo é bem legal, mesmo quando você fica travado em algum desses quebra-cabeças. Aliás, acho que aí que está boa parte da graça do jogo.

O game por si só é bastante bem humorado e engraçado. Mesmo que o personagem principal não abra a boca para falar nada, as reações dele perante os acontecimentos e a forma como a Kersti participa da história muitas vezes fazem o jogador dar boas risadas.

Muitos podem estar se questionando o que um game tão atual está fazendo aqui no Retroplayers. É simples, meus caros, Paper Mario: Sticker Star é carregado de referências que faz com que o jogador se recorde de outros jogos da franquia Paper Mario e do próprio universo dos jogos do encanador como um todo. São referências musicais, partes relacionadas a títulos anteriores, personagens clássicos, entre outras pequenas referências que dão sim uma alma retrô para o jogo. E caramba, é MARIO, oras bolas!! Quer mais retrô que isso?

Particularmente eu gostei do lance de terem dividido o jogo em mundos e fases, isso funciona muito bem em um jogo desenvolvido para portátil, deixando ele mais dinâmico. Imaginem vocês querendo fazer uma jogada rápida pra progredir na história e de repente precisam atravessar todo um mapa enorme pra chegar onde precisam chegar. Não tem cabimento, né? Para um jogo de console de mesa isso pode ser bacana, mas para portátil não é. Além disso, como já falei anteriormente, escolher fases em um mapa dá muito a sensação de estar mesmo jogando um jogo da clássica franquia.

Gostei também do esquema dos Stickers, isso deixa o jogo um pouco mais estratégico (dentro e fora das batalhas) e faz com que você tenha que se virar em algumas situações. Só acho que poderiam ter aumentado um pouco a dificuldade das batalhas em si, deixando alguns inimigos mais fortes ou algo do gênero. Mas talvez isso não seja a proposta dos produtores e desenvolvedores.

Recomendo a todos este jogo, é uma ótima experiência pra quem possui o consolezinho 3D da Nintendo. Mas, antes de comprar o jogo, aproveitem que a demo dele está disponível no eShop, e a partir dela já dá pra ter uma boa noção pelo menos da mecânica e outras coisas. Pelo menos comigo deu certo!

Espero que tenham gostado, é a primeira vez que faço um review de um jogo da Big-N. Mas no próximo volto a falar de SEGA, não se preocupem!

É isso! Obrigado a todos pela leitura e até o próximo texto!

Grande abraço!

Sobre Gamer Caduco

Apenas mais um cara que nasceu nos anos 80 e que desde que se conhece por gente curte muito videogames, não importa a geração.
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