Summary Review: Captain Tsubasa: Rise of New Champions (PlayStation 4 / Switch / Windows)

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Olá caríssimos leitores, como estão?

Vira e mexe o pessoal pega no meu pé falando que eu só falo de Sonic, ou que eu só falo de jogos antigos, que isso e aquilo mais.

Para provar que vocês estão enganados (pelo menos por um curto período de tempo), olha aí um jogo mais recente e que não tem nada de Sonic envolvido pra vocês ficarem felizes. Só que ao mesmo tempo, pro desespero de alguns de vocês, é um jogo de futebol. Pra piorar, um bem peculiar, já que ao mesmo tempo ele quase não tem a ver com nenhuma outra franquia de futebol que existe, principalmente por estar relacionado com um anime bastante fantasioso que muita gente aqui no Brasil conheceu lá nos anos 90 pela alcunha de Super Campeões, assistindo na já extinta TV Manchete.

O nome original do anime é Captain Tsubasa, e ele conta a história de Tsubasa Ozora (ou Oliver Tsubasa, na tradução dos anos 90), um pequeno garoto japonês que sonha em se tornar profissional no esporte, jogar pela seleção japonesa, levar ela a conquistar títulos importantes (inclusive a própria Copa do Mundo) e de quebra ainda levar o título de melhor jogador de todo planeta. Será que ele sonha alto? Muito, e ele está absolutamente certo em pensar desta forma.

Fazendo um resumo da história, no meio do caminho ele acaba sendo desafiado por outros jogadores com grandes habilidades e acaba derrotando cada um deles, ainda durante a fase do colégio. No primeiro ano ele e seus colegas de escola e companheiros de equipe levam o colégio Nankatsu ao título nacional.

Durante este ano surge outro personagem importante: Roberto Hongo (ou Roberto Maravilha, na versão dos Super Campeões). Ele era o principal artilheiro da seleção brasileira de futebol e teve que largar o esporte por uma contusão séria em um dos olhos. Então ele vai para o Japão buscar tratamento para o problema e acaba conhecendo o pequeno Tsubasa, treinando o garoto e prometendo levá-lo ao Brasil.

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Só que ele vai embora no fim do campeonato e não cumpre sua promessa. Tsubasa então fica mais dois anos jogando o campeonato de colégios, sendo que a história de um dos modos principais deste jogo se inicia justamente no terceiro e último ano.

Como dito, Captain Tsubasa: Rise of New Champions definitivamente não é um jogo tradicional do esporte. Não dá para jogar este jogo esperando algo parecido com os consagrados FIFA e PES (mesmo que este último esteja mal visto ultimamente).

Ele foi lançado em Agosto de 2020 para PlayStation 4, Switch e PCs com Windows. O desenvolvimento foi feito pela Tamsoft e a responsável pela publicação foi a Bandai Namco Entertainment. O jogo é baseado na versão de 2018 do anime (não vou entrar no detalhe, mas ele já foi feito e refeito algumas vezes).

O anime em si é extremamente fantasioso, com os jogadores possuindo habilidades especiais bem exageradas. Como se fossem super poderes. Bem, é algo esperado de um anime mais voltado pra ação, não importa a temática. São coisas bem exageradas mesmo, que desafiam quaisquer lógicas que vocês possam imaginar. E a graça está exatamente nisso!

Então temos aí jogadores com potenciais chutes que quebram a parede, rasgam luvas de goleiro, voam pelos céus e descem que nem um foguete na direção do gol, além de jogadores que saltam alturas absurdas fazendo acrobacias, goleiro que pega impulso na trave pra defender do outro lado, entre outras coisas que só as mentes malucas e criativas dos japoneses podem nos proporcionar. Diversão garantida!

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Lá vem o Super Chute do apelão do Kojiro Hyuga!

Falando um pouco sobre as partidas em si, em CT:RoNC (vou abreviar assim a partir de agora) todos os jogadores possuem uma barra que é chamada barra de garra, que basicamente serve como estamina que dá capacidade para os jogadores executarem os tais movimentos especiais que eles possuem. Ou mesmo movimentos básicos como carregar a bola, divididas, etc.

Não há faltas no jogo. Seus defensores podem chegar naquela voadora no joelho do adversário e retomar a posse de bola que tá tudo certo. Fico imaginando os jogadores brasileiros do mundo real numa situação dessas. Ou sul americanos no geral. Enfim, deixa eu evitar de começar a sacanagem com os desportistas profissionais.

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O quê? Falta? Mas nem saiu sangue…

A grande meta da partida é vencer o goleiro, que basicamente é o chefão da partida. Ele também tem a barra de garra, mas diferentemente dos demais jogadores que possuem recuperação automática desta barra ao longo da partida, a do goleiro vai se desgastando até que ele não tenha mais forças para segurar um chute. Então um certo percentual desta barra é recuperada e o jogo recomeça. A barra também é recuperada no intervalo entre os tempos e em alguns momentos específicos para alguns personagens com habilidades especiais.

Ou seja, esse jogo tá muito mais próximo de um jogo tradicional de videogame do que uma partida de futebol. O negócio é ficar dando dano no goleiro até que a bola passe por ele, como se ele tivesse uma “barra de vida”. Não funciona como nos jogos eletrônicos tradicionais do esporte, onde basta um chute bem colocado para vencer o anti-herói do esporte.

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Vida de goleiro não é fácil em nenhum lugar.

E antes que algum goleiro se sinta ofendido por eu ter usado o termo “anti-herói”, saibam que eu fui goleiro a vida toda. E sempre adorei ser visto como o cara que tá ali pra estragar os sonhos do time adversário. Se bem que no meu caso eram os sonhos do meu próprio time. Cada frango que eu tomei na vida que tá louco, nem vale a pena ficar contando aqui.

Inclusive por muitos anos eu joguei sempre com um boné na cabeça, fazendo uma homenagem a um dos personagens principais do anime/mangá: Genzo Wakabayashi (ou Benji Wakabayashi, no Super Campeões). Sempre fui fã do goleiro prodígio do Japão.

Ver os goleiros como os chefões da partida fez com que eu gostasse ainda mais de CT:RoNC. Claro, me senti valorizado. Ou melhor, não muito, já que o jogo tem um lance de criação de personagem pra entrar na história do anime e não permite a criação de goleiros. Mais pra frente eu falo sobre isso.

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Trago verdades pra vocês que não sabem o que é ser goleiro nessa vida dura.

Os demais jogadores, coitados, meros coadjuvantes. Precisam ficar ali chutando feito uns loucos pra tentar vencer os incríveis protagonistas de luvas.

Cada jogador conta com uma série de movimentos que podem ou não ser especiais. Entre eles estão chute, passe, jogada aérea (cabeçada, peixinho, bicicleta, voleio, etc), drible (sempre duas opções) e mais jogadas defensivas, como desarme (duas opções) e bloqueio de chutes. Inclusive os próprios goleiros podem contar com estes movimentos “equipados” também.

Além deles ainda há uma série de jogadas que sempre são especiais, como super chutes, chutes em dupla, jogadas em dupla (chamado de Dupla de Ouro), entre outras coisas que podem mudar drasticamente o ritmo das partidas.

Cada movimento, seja especial ou não, tem um custo de garra durante a partida. Executar eles gasta garra e dependendo de como o oponente se comportar contra este movimento também gera um custo de garra para ele.

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Neste jogo foram apenas oito gols, pois eu não estava muito inspirado neste dia.

Todos os jogadores possuem também um conjunto de números que representam suas forças, sendo Ataque, Defesa, Força, Velocidade e Técnica. São atributos que lembram mais personagens de jogos de RPG do que futebolistas virtuais com aquelas trocentas características diferentes dentro de um FIFA ou PES da vida. Sem desmerecer qualquer um dos três jogos, apenas pra tentar explicar que o jogo deste review é bem diferente dos tradicionais até neste quesito.

Dando aí como exemplo o próprio Tsubasa, ele é um jogador com números altos (por razões óbvias) e com jogadas especiais, como o Chute de Trivela (chute base), o Novo Chute de Trivela (Super Chute), Passe de Trivela, Drible Sul Americano, entre outras habilidades importantes.

Para executar um chute poderoso é necessário segurar o botão de chute até que a barra que surge acima do jogador fique totalmente preenchida. Se nenhum jogador adversário com habilidade de bloqueio estiver no caminho e for um chute especial, o chute automaticamente vai na direção do gol e vai dar dano no goleiro. Para executar um Super Chute, com um dos poucos jogadores que possuem tal habilidade, é necessário encher esta barra duas vezes. Se alguém roubar a bola no meio do processo, perdeu a chance.

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Izawa carregando o “Chute Banana” dele na entrada da área.

Para tomar a bola do adversário existem as ações de desarme já mencionadas. São duas opções: uma é executada com R1 e a outra com R2. Considerando aqui os controles do PlayStation 4. Cada botão vai executar a ação de desarme correspondente equipada pelo jogador e o sucesso depende de um fator importante: se o adversário está executando um movimento de drible ou não.

Os movimentos de drible também são executados pelos mesmos dois botões. Sendo assim, tem aí um lance de adivinhar o que o adversário vai tentar para ter sucesso no drible/desarme. Se os dois usarem o mesmo botão, faz com que o drible tenha sucesso. Caso contrário, o desarme tem sucesso. Se o drible for executado contra um jogador que não pressionou nada, é sucesso automático. Mesma coisa vale para o desarme contra um jogador que só está carregando ou segurando a bola.

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Driblando a galera toda!

Vou interromper aqui a análise mais técnica do jogo, até porque ele tem alguns graus de profundidade que se eu parar pra explicar aqui vai gerar um texto muito grande.

Tudo que tentei explicar até agora foi mais para mostrar para o leitor que o jogo realmente não é convencional. Claro que achar tudo isso divertido vai muito de jogador pra jogador, já que o game em questão é bastante peculiar. Eu que gosto do anime e adorei os controles e mecânicas me diverti a beça durante dois bons meses jogando.

Pelas maluquices dele, é muito mais provável que ele agrade mais um fã de videogames de forma geral (e que não odeie futebol, evidentemente) do que um jogador que gasta mais tempo da sua jogatina em algum dos jogos tradicionais do esporte.

Considerando aí os lances de saber o botão certo na hora certa, goleiro que tem “barra de vida” e que precisa levar dano, além de montar estratégias baseadas nisso tudo e não em formações e outras táticas convencionais (ou não) do esporte. É muito provável que essas ideias diferentes não vão chamar a atenção de quem quer escolher um clube existente (ou não) e levar ele à glória suprema dentro do cenário futebolístico virtual.

E eu não falo tudo isso querendo desmerecer os tradicionais, quem me conhece sabe que vira e mexe eu gasto um tempão jogando as campanhas de modo Carreira ou Master League dentro de um deles. O ponto é que não dá pra recomendar CT:RoNC para qualquer tipo de jogador.

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Obrigado, Morisaki. Estou me esforçando contando os detalhes pra galera não ficar brava comigo depois.

Por falar em modo Carreira, além dos menus que são esperados em basicamente qualquer jogo do esporte (como partida única, campeonato, disputas de pênaltis, personalização de times e outras coisas), CT:RoNC conta com dois episódios que servem como uma espécie de modo carreira dentro do game. São eles o Episódio Tsubasa e o Novo Herói.

E aí, meus caros, se o jogo já estava longe do tradicional, ele fica ainda mais. Além das partidas que já foram mais ou menos explicadas no texto até então, contamos com uma porção de diálogos que contam duas histórias para o jogador no tradicional estilo Visual Novel. Sim, um montão de diálogos, inclusive com algumas opções de respostas.

Você passa mais tempo acompanhando a história do que jogando de fato, algo que é outro detalhe que pode afastar muita gente do título. Ou seja, é importante deixar claro a existência disso.

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Tô ligado, Oda. Por isso estou detalhando tudo que posso aqui, vai que alguém fica bravo comigo, né?

Uma coisa importante precisa ser dita aqui: todo o jogo tem legendas em português brasileiro, então a língua não deveria ser um problema para os jogadores do nosso país. Vale dizer também que o áudio é todo em japonês, então temos que prestar atenção nas conversas em texto mesmo. A não ser que você conheça a língua do país do sol nascente, mas acredito que o percentual de pessoas com este conhecimento em terras tupiniquins seja bem baixo.

Ou seja, definitivamente o jogo chegou no ápice de ser peculiar. Ele é uma mistura louca de futebol, super poderes e drama, muito drama. Aqueles diálogos enormes de jogadores que deveriam estar focados numa partida acontecem aos montes, parece até que o árbitro interrompe a partida por diversas vezes para que eles possam trocar ideia ou se impressionar com este ou aquele lance.

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Mais um capítulo da novela Brasil X Itália.

O Episódio Tsubasa conta a história do terceiro campeonato de colégios exatamente como acontece no anime/mangá. Inclusive durante as partidas é possível dispararmos eventos que podem resultar em diversas situações, inclusive gols automáticos feitos pelo seu time ou mesmo sofridos. Todos estes eventos estão totalmente relacionados com a forma como as coisas se resolvem na história original. Tanto é que a final deste modo pode resultar em diversos gols automáticos se o jogador cumprir com os gatilhos dos eventos corretamente.

Sendo assim, a história no geral é fixa, e mesmo as escolhas do jogador para alguns diálogos não afetam ela em nada. Sempre que for jogada, tudo será contado da mesma forma, exceto pelos eventos que podem acontecer ou não. Como dito, depende do jogador cumprir com algumas tarefas dentro de campo que servem como gatilho para que eles aconteçam.

Na história do anime, logo depois deste campeonato uma série de eventos acontecem até que finalmente o Japão vai disputar o Torneio Internacional de Seleção de Juvenis que ocorre na França. Lá é o local onde a seleção japonesa começa a jornada para mostrar a força de seus novos jogadores. Porém, isso não ocorre dentro do jogo.

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Estou me esforçando pra isso, meu caro Wakashimazu.

O modo Novo Herói conta uma história diferente, dizendo que o tal torneio foi cancelado e deu lugar a outro chamado Desafio Mundial Juvenil, este ocorrido nos Estados Unidos. Por conta do cancelamento e surgimento de um novo campeonato que tem seu início mais tarde do que seria o campeonato anterior, a organização de futebol juvenil do Japão resolve fazer um novo torneio interno chamado Liga do Herói Juvenil, escolhendo alguns colégios para se enfrentarem para que a federação possa selecionar 23 jogadores para representar o país no torneio mundial em solo norte americano.

Em efeitos práticos, podemos criar um novo personagem dentro da história, que pode ser personalizado em diversos pontos. Não só na aparência, altura e etc, mas também quais habilidades este novo herói possuirá. Mas para que ele aprenda habilidades, é necessário que ele faça amizades com outros jogadores tanto do seu colégio quanto de rivais (e de outros países, mais tarde). Inclusive o primeiro passo é escolher a posição (Defesa, Meio Campo ou Ataque) e o colégio em que este novo herói vai surgir.

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Dá até pra se inspirar em uns jogadores reais.

O novo camisa 23 do colégio então vai precisar provar o seu valor a cada partida. Dependendo do colégio escolhido, é apresentada uma missão que ao ser concluída aumenta os pontos de experiência que o personagem ganha ao final de cada jogo, e que pode ser somado nos atributos dos personagens. Então dependendo do desempenho do jogador com o personagem, dá para deixar ele bem forte no fim das contas.

Depois de vencer todas as partidas com o colégio escolhido, o personagem acaba sendo convocado para a seleção do Japão, onde começa a jogar a partir da metade do segundo tempo do segundo amistoso contra a Alemanha, durante uma surra histórica de 6×0 para os germânicos contra os nipônicos (pensaram que era só com a gente que acontecia este tipo de humilhação?).

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Aqui a gente desconta na Argentina, claro.

Para fazer as amizades é necessário escolher alguns cards de jogadores com quem você quer que o seu personagem se relacione. Alguns eventos durante as partidas também auxiliam na tarefa, mas basicamente são estes cards que fazem a maior diferença. A amizade com cada um tem um Rank que vai de E até S. A cada aumento de rankeamento algumas habilidades do personagem com quem fizemos amizade são absorvidas. As habilidades também podem ser adquiridas quando cumprimos alguns objetivos desses personagens, que vão desde o desempenho nas partidas quanto até amizades com amigos deles.

Cada vez que cumprimos com um desses eventos ou subimos um nível de ranking de amizade, um ou mais eventos com o jogador é mostrado. E nessas horas podemos escolher o que vamos responder para estes novos amigos, algo que pode influenciar nas habilidades e, dependendo do jogador, até pode alterar o rumo da história. Isso apenas durante o campeonato com a seleção japonesa.

Os personagens com quem podemos fazer amizade são os jogadores principais dos colégios e seleções, não sendo possível fazer amizade com todo mundo. Durante o campeonato de seleções, se fizermos amizade com um jogador chave que pode mudar a rota do campeonato (dependendo das nossas escolhas de diálogos), ao invés de enfrentarmos uma seleção tal acabamos enfrentando outra no lugar, normalmente na partida final do campeonato.

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Fazendo amiguinhos no campeonato.

Inclusive algumas destas escolhas pode fazer com que algum time de algum desses países acabe sondando nosso novo herói e ele vá jogar o campeonato local como profissional logo após o campeonato internacional de seleções juvenis. Dá, inclusive, para ser sondado por clubes brasileiros. Tanto para jogar contra o Tsubasa como ao lado dele, dependendo das escolhas e eventos executados na final do campeonato. Ser sondado por países vale troféus/conquistas nas versões de Windows e PlayStation 4.

Os cards são colecionáveis dentro do jogo. Sempre que temos uma certa quantidade de moedas do jogo, podemos trocar por pacotes surpresa desses cards. Conforme vamos coletando do mesmo personagem, o nível dele vai aumentando e isso pode desbloquear novas habilidades quando fazemos amizades com ele. Aí cabe a minha opinião pessoal: eu não curti muito isso, mas enfim. Raramente gosto desse tipo de coisa, ainda mais quando envolve sorte.

A cada fim de partida é mostrado outros rankeamentos também referentes ao desempenho. Um ranking é para o jogador, outro para o time. Ambos são medidos em ações dentro do jogo, como a quantidade de chutes, de passes, de roubadas de bola, bloqueios, ativação de Zona V, etc.

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Ranking de um jogador e do time depois de um jogo. Acho que fui bem nesse, não?

Ah, a Zona V! Estava me esquecendo dela. Conforme vamos executando ações com sucesso na partida, uma barra de especial chamada Zona V é preenchida. Quando ela atinge o limite, podemos ativar a Zona V do time que garante uma série de bônus para os jogadores, sempre dependendo do que o capitão do time tem equipado no espaço para Zona V. A barra começa a diminuir e esse bônus dura até o fim dela.

Quando o campeonato acaba, aquele personagem não pode mais ser usado dentro do modo Novo Herói, mas pode ser salvo para ser usado em outros modos, como nos clubes personalizados para jogos single player e até online. E então o modo pode ser reiniciado para que começamos uma nova jornada com outro personagem.

Com isso o velho maluco aqui criou quase um time inteiro de personagens, inspirados pela minha pessoa, filho, cachorro e até outros. Curiosamente, o personagem mais poderoso que criei foi justamente o inspirado pelo cachorro. Superou até o Allejo que eu criei. Enfim, loucuras da minha pessoa. Mas fiz isso porque queria platinar o jogo, inclusive consegui, depois de dois meses jogando.

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Olha a minha platina pipocando aí, só pra vocês acharem que eu sou bom em alguma coisa nessa vida.

Aliás, a platina é relativamente tranquila. Exceto pelo troféu que você só consegue com muita sorte. É justamente um relacionado com os malditos cards, em que o jogo pede para que você coloque pelo menos um card em nível 6 (o máximo possível). Entre tantas possibilidades de sorteio e a quantidade de moedas do jogo ficando escassa a cada gameplay, precisa de muita sorte. Ou, no caso, roubalheira.

Não gosto de me sujeitar a isso, mas troféu baseado em sorte? Que se dane! Eu já tinha conseguido todos os outros me divertindo muito no processo, podia deixar esse pra lá, mas acabei topando brincar de “bingo” com direito a ficar dando load em arquivo de save até conseguir o que queria. História longa demais pra contar aqui, se quiserem eu posso detalhar em outro lugar pra quem quiser saber como fazer. Dá para achar vídeos sobre isso por aí, caso estejam com pressa.

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Obrigado, time! Sabem como é, os fiscais estão sempre vigilantes na Internet.

Inclusive não vou falar de outros troféus, mas posso tentar ajudar quem estiver nessa missão e quiser umas dicas. “Sofri” bastante com alguns erros que cometi, em situações que queria muito saber antes de realizar tentativas que não deram em nada. Apesar que não foi de todo ruim, pude me manter jogando por mais tempo um jogo que tava adorando, no fim das contas. Por isso as aspas.

O jogo não é perfeito, vira e mexe acontecem uns bugs esquisitos. Alguns deles até que resultam em gol. Não esqueço da minha primeira final contra a Alemanha e o goleiro quase invencível deles. Precisei de várias tentativas até conseguir. Em uma delas eu chutei a bola sem super chute, a bola desviou em um dos zagueiros e passou por ele sem mostrar a animação dele tentar defender. Ganhei o jogo por conta desse gol de sorte (ou bug). Infelizmente não foi só ao meu favor isso, perdi algumas partidas pelo mesmo motivo. Entretanto, importante afirmar que estes bugs são relativamente raros de acontecer, eu é que passei muito tempo jogando mesmo.

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Porque meu filho não deixa. Tá difícil…

Uma coisa que eu achei bem bacana é que durante o modo Novo Herói o jogo vai adaptando o nível de dificuldade de acordo com o desempenho do jogador nas partidas. Se ele começa a ir muito bem, fazer uma porção de gols e tirar várias notas altas, a dificuldade vai aumentando e pode chegar em um ponto que o jogador precisa estar bem afiado pra vencer o desafio.

Perder não gera Game Over em caso de derrota, mas sim te dá novas oportunidades e se o jogo perceber que você não está indo bem nas partidas, o nível volta a cair para te dar uma chance. No máximo ele te tira uma pontuação de bônus que o jogo dá para você distribuir nas propriedades do jogador se vencer de primeira.

A primeira vez que eu cheguei na final, levei várias surras da Alemanha até que uma hora eu consegui vencer, com o computador me dando chances de conseguir chutar e não dando chutes absurdos resultando em gol atrás de gol. Eu quase desisti de continuar jogando, mas acabei vendo sobre esse lance da adaptação da dificuldade e segui tentando até passar.

Quando eu já estava mais experiente, lembro que cheguei em um jogo contra a França e nos três primeiros ataques do computador eles fizeram três gols. Eu tava pra desistir e tentar de novo, mas queria a tal pontuação de bônus. Então resolvi insistir e fiz uma virada histórica, terminando com placar de 5X3. Nunca vou esquecer desse jogo. Precisei fazer três super defesas pra manter o placar.

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Esse jogo aqui ó.

Aliás, para ativar a super defesa, você precisa estar com um goleiro com esta habilidade e com a barra de Zona-V cheia. Ele vai queimar toda a barra de uma vez só, mas seu goleiro vai defender o chute de qualquer forma, estando com barra cheia ou não, seja um chute normal ou super chute.

Outro detalhe meio aleatório que eu não consegui encaixar no texto é que durante as partidas sempre toca uma música. Parece até aqueles jogos de futebol antigos que vieram antes de FIFA International Soccer e International Superstar Soccer. Saudades de jogos assim, inclusive. Jogos de futebol com música durante a partida são os melhores.

No modo Novo Herói, dependendo do colégio que você escolher (e consequentemente a missão para ganhar mais experiência), a partida às vezes se torna quase um jogo de um personagem só contra todo time adversário. Pelo lado do futebol em si é meio chato e não faz muito sentido, mas pelo lado do desafio muitas vezes acaba se tornando interessante. Curiosamente, fica muito parecido com o que vemos no anime. O problema é que algumas vezes fica um pouco frustrante, especialmente quando estamos tentando evoluir um defensor. Mas dá para relevar.

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Claro que o Allejo apareceu em alguma das versões da história e ensinou alguma coisa pros perebas da seleção brasileira.

Cumprir com os eventos, principalmente dentro do Episódio Tsubasa, faz com que diversos vídeos sejam liberados. Estes vídeos são sobre os campeonatos juvenis anteriores, que aconteceram antes dos eventos de CT:RoNC. Cenas do anime mesmo.

Existem alguns itens que podem ser usados por partidas, mas eu não vou cobrir isso neste post, junto com uma porção de outras coisas. Por isso eu acabei classificando ele como um Summary Review, inclusive ressuscitando uma seção que estava sem novidades há bastante tempo. Mesmo que o texto tenha ficado grande para a seção, o que mais vale aqui é que eu queria fazer um texto mais livre sobre um jogo que me divertiu muito, mesmo ele sendo bastante peculiar na visão de muita gente.

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Como assim, mano? Tô terminando de editar este post aqui.

Captain Tsubasa: Rise of New Champions é um jogo de nicho, talvez mais voltado para quem curte o anime. Dificilmente vai cativar jogadores que não sabem sobre o que se trata. E é capaz de nem agradar alguns fãs da animação, por ter uma jogabilidade um bocado diferente de qualquer outra coisa já lançada. Eu particularmente vejo isso com bons olhos, pois o que mais quero são experiências bem diferentes das padrões que são lançadas aos montes na indústria de jogos há alguns anos.

Eu joguei com a desculpa de rever a história do Tsubasa e seus amigos e rivais pela enésima vez, além de conhecer uma nova história e imaginar personagens novos sendo adicionados a ela. Uma honra ver meu cachorro jogando pela seleção japonesa, inclusive. Não, espera um pouco, melhor deixar isso pra lá.

Engraçado foi conseguir a platina dia 02/02/2022. Dramático, assim como o jogo. Ou quase, pois seria realmente dramático no nível do jogo e a sua história maluca se acontecesse em 22/02/2022. Quem sabe, sabe.

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Os caras vêm com uns papos estranhos às vezes…

Valeu muito a pena ter conhecido o jogo, foram dois meses bastante divertidos. Até gerou aquela sensação de vazio quando eu vi pipocar o troféu de platina e tirei o disco de dentro do console. Sabia que seria pra colocar na caixinha e nunca mais tirar de lá. Será que nunca mais mesmo? Veremos.

Se recomendo? Bem, você gosta do anime? Gosta de experimentar jogos diferentes? Se a resposta for sim, vai fundo. Talvez você goste. Talvez. Eu curti pra caramba, não canso de repetir.

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Não só isso, Keizinho. Ver a cara de desgosto dos jogadores por não ter marcado é ainda melhor!

Enfim, meus caros, é isso.

Espero que tenham curtido o post. E que não tenham ficado incomodados com a chuva de zoeira nas imagens, mas eu não resisti. Acabei fazendo a minha própria Visual Novel aqui no post.

Obrigado a todos pela leitura.

Abraços e até o próximo!

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Tá, tô indo, calma!

Sobre Gamer Caduco

Apenas mais um cara que nasceu nos anos 80 e que desde que se conhece por gente curte muito videogames, não importa a geração.
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5 respostas a Summary Review: Captain Tsubasa: Rise of New Champions (PlayStation 4 / Switch / Windows)

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  2. Ainda que seja só por ser futebol e pelo anime ser conhecido por aqui é muito interessante ver um jogo japonês de esporte com elementos fantasiosos e foco num modo história sair não só no ocidente como também ser traduzido para o português.

    • Com certeza é um ponto a ser considerado. É um tipo de jogo que não parece chamar muito a atenção do jogador brasileiro de uma forma geral.
      Nem sei se a galera pegou pra jogar. Eu peguei e adorei. Mas eu jogava até jogos do anime em japonês em várias plataformas, então sou muito suspeito! kkkkkkk
      Valeu!

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